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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

HCor adota ondas de choque para tratamento de dores crônicas

Tratamento não invasivo busca eliminar dores de lesões e inflamações crônicas ao estimular regeneração de tecidos
 
Tratamentos não-invasivos, que acelerem a recuperação do paciente e utilizam ondas de choque para combater dores crônicas: essa é a aposta do Hospital do Coração (Hcor), que adotou um sistema baseado em dois tipos de onda, as focais e as radiais.
 
As primeiras possuem maior energia, atingem tecidos mais profundos e são utilizadas para tratar problemas como tendinites com calcificações, fascites, inflamações nas inserções tendíneas (entesites), pontos-gatilho de dor miofascial mais profundos, além de retardo de consolidação em fraturas. O sistema gerador de ondas focais utilizado é o eletromagnético, que permite uma delicada graduação de energia. Já as ondas de choque radiais são geradas por mecanismo pneumático, e mais efetivas em áreas superficiais, como a pele, as inserções de tendões e tecidos musculares de menor profundidade.
 
Segundo o fisiatra do HCor, Gilson Shinzato, as ondas de choque normalizam a circulação sanguínea e estimulam as células presentes em regiões debilitadas do organismo, fazendo com que elas voltem a se reproduzir. Isso inicia um processo de revitalização e regeneração dos tecidos tratados, evitando o uso de medicamentos e procedimentos invasivos.
 
O tratamento é realizado com um equipamento de pequenas dimensões (similar a um ultrassom), e a aplicação é feita através da pele, utilizando-se gel comum. A intensidade das ondas é aumentada gradualmente, de acordo com a tolerância do paciente. O paciente é liberado com recomendação de repouso nos primeiros dias para aproveitar o efeito anti-inflamatório e regenerativo nas primeiras 48 horas. As sessões se repetem com intervalos semanais ou quinzenais.
 
Funcionamento
Ondas de choque são ondas sonoras (também denominadas acústicas) de alta energia, velocidade e pressão, geradas por fenômenos naturais (como os trovões) ou por explosões e máquinas. Seus efeitos sobre o corpo humano foram observados na Segunda Guerra Mundial, porém sua primeira aplicação médica ocorreu em 1980, com a fragmentação de pedras renais.
 
Observou-se que estas ondas podiam curar dores e inflamações crônicas nos tendões, bolsas sinoviais e músculos, além de estimular a consolidação de fraturas. Os efeitos são baseados na produção do óxido nítrico, que é uma substância que estimula o surgimento de vasos sanguíneos, e também no estímulo das células-tronco e outras células que regeneram os tecidos.
 
Estudos recentes em outros países levaram ao uso destas ondas para a cicatrização de feridas de pele e surpreendentemente para o aumento de irrigação do miocárdio nos pacientes que esgotaram as possibilidades de revascularização. Estas aplicações ainda estão em fase de pesquisa no Brasil.
 
SaudeWeb

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