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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Farmácias hospitalares falham no gerenciamento e aquisição

Foto: Reprodução
Para pesquisadoras da Ensp/Fiocruz, estruturas falham no suporte à assistência e precisam atuar não só nas atividades de provisão de produtos
 
Uma avaliação das farmácias hospitalares de seis hospitais do Rio de Janeiro revelou que apenas uma unidade realizava a contento as atividades de gerenciamento e programação, e quatro executavam inadequadamente a aquisição de medicamentos. Os piores resultados de desempenho nos seis hospitais estudados foram relacionados ao componente armazenamento. Já os melhores se referem à atividades de distribuição.
 
O artigo Avaliação dos serviços de farmácia dos hospitais estaduais do Rio de Janeiro tem como autoras as pesquisadoras do Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Claudia Garcia Serpa Osorio de Castro e Maria Auxiliadora Oliveira. O artigo teve ainda a colaboração dos pesquisadores Mario Jorge Sobreira da Silva, do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e Rachel Magarinos-Torres, da Universidade Federal Fluminense (UFF).
 
Farmácias hospitalares são unidades de caráter clínico e assistencial. Elas têm capacidade administrativa e gerencial, sendo um dos setores mais importantes do hospital, e também são responsáveis pela provisão segura e racional de medicamentos. Para os autores do artigo, é essencial que a estrutura seja adequada e os procedimentos operacionais bem definidos.
 
O estudo foi dividido em três etapas. Para a realização da avaliação normativa foram empregados 62 indicadores de estrutura e processo, que permitiram verificar a adequação das atividades da farmácia hospitalar, descreve o artigo. De acordo com o texto, em seguida, os serviços foram estratificados por nível de complexidade do hospital. Em cada estrato foi aplicado um algoritmo de pontuação escalonada de acordo com as atividades executadas.
 
Depois deste processo, os hospitais foram hierarquizados em cada estrato, sendo escolhidos para o estudo de casos múltiplos o pior e o melhor serviço de cada nível de complexidade, perfazendo, assim, um total de seis unidades a serem avaliadas. Em cada uma das unidades integrantes da avaliação foram aplicados 16 indicadores de resultados. Os dados foram analisados por síntese de casos cruzados.
 
No artigo, os autores defendem que, atualmente, espera-se que o serviço de farmácia contribua diretamente para os resultados da assistência prestada aos pacientes e não atue apenas nas atividades de provisão de produtos e serviços. Para isto, é essencial que a estrutura da farmácia seja adequada e os procedimentos operacionais bem definidos.
 
Segundo o texto, nas unidades avaliadas havia ausência quase completa de planejamento por objetivos e metas, e também, de manual de normas e procedimentos. Os autores asseguram que o desenvolvimento de práticas de gestão da qualidade depende de uma estrutura organizacional que viabilize as ações do serviço e que demandem procedimentos bem definidos, atividades integradas e busquem de maneira permanente a melhoria de processos e resultados.
 
O artigo foi publicado na edição de dezembro da revista Ciência & Saúde Coletiva está disponível em scielosp.org.
 
*com informações da Agência Fiocruz de Notícias
 
SaudeWeb

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