Foto: stock.xchng / Divulgação Proteínas são encontradas em cereais como trigo, cevada, centeio e aveia |
Comer aquela macarronada ou lasanha no domingo com a família pode não cair tão bem para quem sofre com intolerância ao glúten. A doença celíaca é um problema mais comum do que se imagina. Estima-se que há cerca de 300 mil celíacos no país, de acordo com dados da Associação de Celíacos no Brasil (Acelbra).
Segundo a nutricionista Ana Huggler, o glúten confere umidade, elasticidade e maciez na massa de diferentes alimentos. Ele é composto a partir da mistura das proteínas giliadina e glutenina e é encontrado nas sementes de diversos cereais como o trigo, a cevada, o centeio e a aveia.
_ Ele está presente na composição de diversos produtos industrializados como biscoitos, torradas, pães, bolos, massas, salgadinhos e até mesmo na cerveja e no sorvete. Porém, para quem sofre com a doença, a ingestão da proteína provoca uma irritação na parede do intestino delgado, causando lesões e prejudicando a absorção de nutrientes_ explica a especialista.
Sintomas da intolerância ao glúten
É importante esclarecer que os sintomas se apresentam de maneiras diferentes no organismo de cada pessoa. No entanto, em alguns casos, o indivíduo pode ter baixa imunidade, doenças de pele como dermatite, eczema, enxaquecas, cansaço excessivo e até sintomas depressivos, como ansiedade.
— Os sintomas podem ser leves ou pouco específicos. Sendo assim, para identificar a doença é necessário primeiro observar quais as reações do seu organismo ao ingerir determinados alimentos. Na constatação de algum dos sintomas, o ideal é buscar ajuda de um médico— informa a nutricionista.
Os principais sintomas são diarreia ou prisão de ventre, vômitos persistentes, inchaço e dor abdominal, flatulências, má digestão e perda de peso.
Substituindo os alimentos
A opção é trocar o glúten por produtos derivados do milho, arroz, como farinha de arroz e quinoa. Além disso, optar pelo macarrão de quinoa ou de arroz. Já no lugar dos molhos e sopas prontas, o ideal é que o mesmo seja produzido em casa, pois não é utilizado trigo para engrossar.
— Antes de fazer a substituição, é importante buscar orientação de um médico para que ele oriente sobre o que é ou não permitido. A mudança alimentar deve ser de maneira lenta e progressiva— explica Ana
Todavia, atualmente uma dieta que tem ajudado a controlar a doença celíaca é a dieta do genótipo.
Consiste numa forma de se alimentar baseada em informações do tipo sanguíneo e medições corporais específicas de cada pessoa. Através dessas informações, é identificado o tipo de genótipo que a pessoa se encaixa.
Zero Hora
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