Foto: Rafaela Redin / Agencia RBS Durante a marcha, que percorreu ruas da Capital, foram distribuídos folders sobre a doença |
Foi realizada na manhã desta quinta-feira, em Porto Alegre, a Marcha Mundial contra a Endometriose. O evento, que ocorreu simultaneamente em outros países, teve como objetivo a divulgação dos sintomas da doença, a melhora no atendimento médico e o alerta para que o tratamento possa ser feito através do Sistema Único de Saúde (SUS).
Durante a caminhada, que começou às 10h em frente ao Hospital Fêmina, e seguiu pelas avenidas Independência e Mostardeiro em direção ao Parcão, foram distribuídos folders explicativos sobre a endometriose.
Segundo a coordenadora da marcha no Rio Grande do Sul, Giselle Victoria Del Sent, de apenas 19 anos, o intuito é fazer com que as pessoas conheçam o problema.
— Muitas de nós só descobriram a doença quando tentaram engravidar — disse Giselle, que soube ter endometriose aos 17 anos.
Para o médico ginecologista Sergio Galbinski, a caminhada e outras ações são importantes, pois a divulgação dos sinais e sintomas da doença ajuda no diagnóstico precoce e previne a infertilidade, entre outras sequelas.
— Além disso, um tratamento adequado melhora a qualidade de vida da população, já que muitas mulheres com este problema faltam ao trabalho e à escola devido as dores que sentem no período menstrual.
O que é a endometriose:
A doença, que atinge 10% das brasileiras na idade reprodutiva, é ocasionada por uma afecção inflamatória provocada pelas células do endométrio, a mucosa que reveste a cavidade uterina a cada mês durante o período fértil para abrigar o embrião. Quando a fecundação não ocorre, essas células são expelidas durante a menstruação.
Porém, algumas dessas células não são expelidas corretamente, pois mudam seu percurso e caem nos ovários, chegando à cavidade abdominal. Com isso, elas se grudam em órgãos como bexiga, ovário, intestino e vagina, e ao ficarem instaladas em outros órgãos, desencadeiam um processo inflamatório dentro do organismo.
Os sintomas são:
- Cólicas menstruais fortes que impedem as atividades do dia a dia.
- Inchaço e dores abdominais.
- Alterações intestinais.
- Dores ao evacuar ou urinar.
- Dor durante as relações sexuais.
- Ciclo menstrual irregular.
- Dificuldades para engravidar.
O diagnóstico se dá através:
- Do histórico de cólicas.
- De exames CA125 pelo sangue.
- De ecografia pélvica transvaginal (com preparo intestinal).
- De ressonância intestinal.
Os tratamentos são:
- Através de tratamento cirúrgico por videolaparoscopia, para a retirada e destruição dos focos de endometriose.
- Com medicamentos que bloqueiam a menstruação, como anticoncepcionais, até medicamentos que criam uma pseudomenopausa.
Zero Hora
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