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quinta-feira, 6 de março de 2014

Enxaqueca é uma dor latejante que atinge mais ou só um lado da cabeça

Bem Estar desta quarta explicou como diferenciar enxaqueca e cefaleia. Programa também deu dicas de como agir em caso de crise de epilepsia
 
Você costuma sentir dor de cabeça? A dor envolve toda a cabeça ou apenas um lado? O Bem Estar desta quarta-feira (5) recebeu a otorrinolaringologista Tanit Sanchez e o neurologista Luís Otávio Caboclo para explicar a diferença entre uma simples dor, a cefaleia, e a enxaqueca.
 
Segundo o neurologista, a dor de cabeça comum acontece quando há uma sensação de peso na cabeça inteira, sendo mais comum no fim da tarde, a chamada cefaleia tensional. Essa dor geralmente passa com o uso de analgésicos, ao contrário da enxaqueca, que pode não melhorar com esses medicamentos e exigir o uso de anti-inflamatórios ou remédios específicos.
 
O médico explicou que a enxaqueca é um tipo de cefaleia que atinge apenas um lado da cabeça ou é mais forte apenas de um lado da cabeça, sendo uma dor pulsante e latejante. Além disso, a enxaqueca pode vir associada a outros sintomas e a pessoa pode sentir ainda um incômodo com luzes, barulhos ou cheiros fortes. A otorrinolaringologista Tanit Sanchez explica ainda que há casos de pacientes que têm uma sensibilidade maior a cheiros, como perfumes, por exemplo. Ou seja, ao sentir um odor mais forte, essas pessoas já podem ter uma dor de cabeça mais forte.
 
A enxaqueca pode vir acompanhada também de aura, um fenômeno neurológico que precede a dor e pode durar de 4 a 30 minutos. A mais comum é a visual, quando a pessoa enxerga luzes piscando, mas podem ocorrer ainda a sensitiva (formigamento de um lado do corpo), a motora (dificuldade de fala) e a com hemiparesia (paralisa um lado do corpo, semelhante ao AVC), como explicou o neurologista Luís Otávio Caboclo. Nesses casos, o paciente já sabe que vai ter dor de cabeça por causa da aura e, por isso, toma o medicamento na hora certa, evitando o surgimento do problema.
 
No entanto, se a enxaqueca for crônica, é preciso fazer um tratamento de prevenção da dor.
 
Na maioria das vezes, são usados remédios analgésicos ou anti-inflamatórios, mas se a enxaqueca for muito frequente, é melhor procurar um médico já que o uso excessivo de medicamentos pode levar a uma dor rebote, que ocorre logo após o efeito do remédio e é mais intensa.
 
De acordo com o neurologista, existem ainda medidas não farmacológicas que podem ajudar no alívio da dor, como exercício físico e atividades relaxantes, como massagem, ioga e ofurô, por exemplo.
 
Tontura ou vertigem?
A dor de cabeça também pode estar associada a tontura e vertigem. Mas como identificá-los e diferenciá-los? A repórter Daiana Garbin foi às ruas ouvir como as pessoas descrevem a falta de equilíbrio e descobriu que muitas delas não sabem a diferença entre esses problemas .
 
Porém, é simples entender: se houver um mal-estar, perda de equilíbrio ou escurecimento da visão, é tontura. Se tudo ao redor começar a girar, também é um tipo de tontura, mas nesse caso os médicos caracterizam como vertigem, que pode até levar a um desmaio.
 
Como mostrou a reportagem, a tontura aparece também quando o nível de açúcar no sangue fica muito baixo, a chamada hipoglicemia, que acontece geralmente quando a pessoa passa muitas horas do dia sem comer.
 
A otorrinolaringologista Tanit Sanchez alerta ainda que a vertigem é um sintoma relacionado geralmente a algum problema no labirinto, como a labirintite, mas pode ser causada ainda por alterações nos vasos do pescoço ou por alguma sensibilidade visual. De qualquer maneira, é importante se proteger na hora da tontura, aproximando-se de algum apoio e sentando no chão para evitar quedas.
 
Equilíbrio (Foto: Arte/G1)
 
Epilepsia
O Bem Estar desta quarta-feira (5) falou também sobre epilepsia, um problema que ocorre quando um grupo de células cerebrais se descarregam de forma excessiva e anormal.
 
Em geral, essas descargas no cérebro provocam crises, que podem variar de pessoa para pessoa e vão desde uma ausência a uma crise convulsiva completa. Por isso, é importante saber como agir nessas situações, como alertaram os médicos.
 
Na crise parcial, apenas um lado do corpo se mexe e não há perda de consciência; na crise generalizada, o corpo todo se debate e há perda de consciência, quando a pessoa pode cair, morder a língua, sangrar pela boca ou vomitar. Geralmente essas crises duram menos de 5 minutos, mas podem durar mais - se isso acontecer, é fundamental levar o paciente para um hospital, como explicou a reportagem da Natália Ariede.
 
Nas crianças, existem alguns fatores desencadeantes de crises, como a privação do sono, a respiração rápida, a estimulação visual ou estresse. Já nos adultos, a privação do sono também é um fator que pode levar a crises, assim como a bebida alcoólica, a chegada da menstruação e o estresse emocional.
Vale ressaltar, no entanto, que não são todas as epilepsias que geram convulsão, da mesma maneira que nem toda convulsão significa epilepsia. Outros problemas como hipoglicemia grave, queda de sódio, queda de potássio ou trauma de cabeça também podem provocar crises convulsivas. Pode ocorrer ainda uma síncope convulsiva, um desmaio acompanhado de abalos musculares, mas que não é necessariamente uma convulsão.
 
Em caso de crise, é fundamental segurar a pessoa de lado, proteger a cabeça, colocar uma toalha embaixo e esperar a crise passar. Muita gente acha que é preciso colocar a mão na boca do paciente e segurar a língua, mas o neurologista alerta que isso não é indicado e pode ainda machucar o dedo de quem está segurando. Depois da crise, é fundamental ainda confortar o paciente.
 
Zumbido
A otorrinolaringologista Tanit Sanchez falou também sobre o zumbido, um problema que pode ser sintoma de diversas doenças.
 
Na maioria das vezes, ele dura apenas algumas horas, o que faz a pessoa acreditar que é normal, mas na verdade, o zumbido é sinal de fragilidade auditiva e deve ser levado a sério.
 
Caso permaneça por mais tempo, é fundamental procurar um médico o quanto antes porque a reversão desse quadro é mais provável no período de até 48 horas – se não tratado corretamente, pode ficar para sempre. Dependendo da causa, o zumbido tem tratamento ou pode melhorar muito, como explicou a médica no programa.
 
Existem casos de pacientes que o escutam apenas no silêncio ou quando prestam atenção em seus ouvidos, mas nem todos se incomodam.
 
Arte Zumbido Bem Estar Dicas (Foto: Arte/G1)
 
Há ainda casos de pessoas que têm uma maior sensibilidade auditiva, como o estudante Pedro, de 13 anos, que também tem zumbido, como mostrou a reportagem da Natália Ariede. Depois de se tratar com remédios, a qualidade de vida do garoto melhorou muito.
 
G1

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