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sexta-feira, 28 de março de 2014

Reforma no Hospital do Servidor é insuficiente para acabar com superlotação

Wanderley Preite Sobrinho
Hospital do Servidor
Mesmo com investimento de R$ 146 milhões, especialista recomenda descentralização do atendimento e até a construção de novas unidades pelo governo do Estado

Conhecido pelo congestionamento de idosos em seus corredores, o Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe) promete reduzir as filas com uma grande reforma, prevista para terminar em maio do ano que vem. Com R$ 146,7 milhões desembolsados pelo governo do Estado, a promessa é que, pelo menos, novos laboratórios, pronto-socorro e setores de especialidade, como Ortopedia, ganhem novas instalações. A medida, no entanto, não será suficiente para acabar com a superlotação do hospital.
 
A previsão é do presidente da Comissão Consultiva Mista (CCM) do Iamspe, Sylvio Micelli. “A entrega do novo pronto-socorro será feita em abril, mas ainda sim vai ser difícil dar conta da demanda porque ela só aumentou nos últimos anos.”
 
De acordo com a CCM, havia 450 mil servidores que utilizavam o hospital em 2007. Hoje, esse número está em 800 mil. “Estimo em 500 mil pessoas a demanda reprimida”, diz Micelli. De acordo com suas contas, o Iamspe vai atender 1,3 milhão de pacientes até o final da década, apesar de ainda contar com a mesma quantidade de leitos de sua inauguração, em 1961: mil vagas.
 
Para resolver o problema, diz ele, a alternativa é descentralizar o serviço ao assinar convênio com laboratórios e hospitais em outras cidades do Estado. “Com uma contribuição maior do governo, daria para fazer convênio com Santas Casas, por exemplo.”
 
Micelli explica que a descentralização começou em 2008, mas ainda é insuficiente. “Esse processo precisa se intensificar com a assinatura de convênios com unidades de saúde que fiquem perto da casa do servidor. Hoje chega paciente de todos os cantos do Estado.”
 
O presidente acredita que os convênios são a tendência natural porque a própria reforma vai atrair outros servidores que contribuem, mas não usam o hospital. “Em cinco anos o público vai ser ainda maior. Como vamos equacionar essa conta? Fazendo credenciamento e descentralizando.”
 
Sonho
A primeira parte da reforma será concluída no ano que vem, enquanto a segunda parte será tocada entre 2015 a 2017. “Haverá uma estação de Metrô em frente ao hospital, o que certamente vai facilitar o acesso ao atendimento e atrair mais usuários.”
 
Micelli afirma que, “em um mundo ideal”, além dos convênios, o governo precisaria construir hospitais de médio porte nas principais regiões do Estado. “Um no norte, em São José do Rio Preto, por exemplo, outro no Oeste (Presidente Prudente), outro no Vale do Paraíba, algum no Centro do Estado (em Bauru ou Marília) e mais um no litoral.”
 
iG

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