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sexta-feira, 28 de março de 2014

Treinamento para maratonas contribui para a saúde cardíaca, indica estudo

Treinamento para maratonas contribui para a saúde cardíaca, indica estudo Diego Vara/Agencia RBS
Foto: Diego Vara / Agencia RBS
Preparação para a corrida pode ser uma estratégia eficaz para
reduzir as chances de desenvolver doenças cardíacas
Prática traz melhorias no tamanho, forma, estrutura e função do coração
 
De acordo com uma pesquisa recente, o treinamento realizado para maratonas está associado à melhora nos fatores de risco que causam doenças cardiovasculares entre corredores amadores de meia-idade. Dessa forma, a preparação para a corrida poderia ser uma estratégia eficaz para reduzir as chances de desenvolver doenças cardíacas.
 
Durante a última década, a participação neste tipo de competição tem aumentado constantemente entre as pessoas de meia-idade, as quais buscam o exercício físico regular com o objetivo de alcançar benefícios para a saúde. Alguns estudos têm mostrado que homens mais velhos são significativamente mais propensos a sofrer uma parada cardíaca durante a execução de maratonas. No entanto, pouco se sabe sobre os efeitos do processo de treinamento para a corrida sobre a saúde do coração, especialmente em corredores amadores.
 
Os cientistas observaram 45 corredores amadores, na faia etária dos 35 aos 65 anos, que planejavam participar da Maratona de Boston em 2013. Metade dos voluntários tinha corrido três ou mais maratonas em sua vida, enquanto a outra metade tinha corrido duas ou menos. Todos foram convidados a realizar o programa de treinamento de 18 semanas, que incluiu corridas em grupo, treinamento de resistência e dicas de nutrição. Posteriormente, foram instruídos a correr de 12 a 36 quilômetros por semana, dependendo da fase de treinamento.
 
— Escolhemos trabalhar com amadores porque queríamos focar o tipo de corredor que não é de elite, as pessoas normais que decidem sair de casa e treinar para uma maratona. Eles demonstraram ser mais saudáveis do que pensávamos. Vários já se exercitavam regularmente, mas eles ainda estavam longe dos níveis de corredores de elite — afirma Jodi L. Zilinski do Massachusetts General Hospital.
 
Antes de iniciar o programa de treinamento, os participantes foram submetidos a uma avaliação médica completa, que incluiu teste ergométrico de esforço cardiopulmonar, estudos de imagem cardíaca e exame de colesterol. Pouco mais da metade tinha pelo menos um fator de risco cardiovascular, incluindo colesterol alto, pressão alta ou histórico familiar de doença cardíaca. Todos foram reavaliados no final do programa antes de correr a maratona.
 
As 18 semanas levaram a mudanças significativas nos principais determinantes do risco cardiovascular. A lipoproteína de baixa densidade, ou LDL, conhecido como colesterol "ruim", foi reduzida em 5%, o colesterol total caiu 4% e os triglicérides 15%. Houve também uma redução de 1% no índice de massa corporal e um aumento de 4% no consumo de oxigênio, uma medida da aptidão cardiorrespiratória que é um marcador de prognóstico potente de mortalidade cardiovascular.
 
— No geral, os participantes experimentaram a remodelação cardíaca - melhorias no tamanho, forma, estrutura e função do coração. Mesmo sendo relativamente saudáveis, os voluntários ainda tiveram melhorias gerais nos índices-chave da saúde do coração— explica Zilinski
 
O estudo foi desenhado para se concentrar em corredores amadores de meia-idade, uma população previamente identificada como sendo de maior risco para acidentes cardiovasculares durante as competições. Por isso, a aplicabilidade dos resultados a corredoras amadoras ou atletas de elite pode ser limitado.
 
Zero Hora

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