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sábado, 10 de maio de 2014

Funcionários da Santa Casa do Rio completam cinco meses sem salários

Reprodução
Santa Casa de Misericórdia RJ
A situação da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro continua crítica
 
Os servidores dos hospitais e cemitérios da instituição estão há cinco meses sem receber salários. Eles também reclamam das condições de trabalho e do não recolhimento de encargos trabalhistas, como Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e INSS. Na próxima segunda-feira (12), os profissionais administrativos farão uma paralisação, durante a manhã, e um novo protesto em frente à sede da entidade, no centro da capital fluminense.
 
O diretor do Sindicato dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas, Filantrópicas e Organizações não Governamentais do Estado do Rio de Janeiro (Sindfilantrópicas), Marcos Flávio de Mendonça, disse que a gestão da Santa Casa alega não ter dinheiro para fazer os pagamentos e melhorias nas unidades que administra.
 
“Cerca de 200 pessoas já foram demitidas e a única coisa que eles [gestores] mandam é procurar os direitos trabalhistas na Justiça. Virou uma barbárie. O hospital só vai reabrir quando a Vigilância Sanitária der o parecer positivo. A administração do atual provedor Luiz Fernando Mendes faz o que quer. O Dahas Chade Zarur [ex-provedor] foi afastado, mas toda a diretoria ficou”, disse Mendonça.
 
A instituição vem passando por dificuldades financeiras há alguns anos. Em julho de 2013, a Santa Casa enfrentou denúncias de fraude. O provedor Dahas Chade Zarur foi afastado em agosto do mesmo ano pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. O escândalo contribuiu para a piora na crise da entidade. 
 
Além de administrar o centenário Hospital da Santa Casa da Misericórdia, no centro do Rio, a Santa Casa é responsável pelo Hospital Nossa Senhora do Socorro, no bairro do Caju, zona portuária, pelo Hospital Nossa Senhora das Dores, em Cascadura, e por 13 cemitérios da cidade. Atualmente, a unidade vive de doações.
 
Procurada pela Agência Brasil, a Santa Casa da Misericórdia reconheceu que passa por dificuldades financeiras e afirmou que se movimenta para pagar parte das dívidas com os funcionários, até o final da próxima semana. Segundo a instituição, o hospital está sendo reorganizado “na medida do possível”.
 
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro informou, em nota, que a Santa Casa ainda está proibida de fazer internações. De acordo com a secretaria, alguns atendimentos ambulatoriais foram liberados, como oftalmologia, cardiologia, ginecologia, dermatologia, psiquiatria, além do setor de radiologia.
 
Segundo o diretor do sindicato dos empregados, muitos funcionários estão enfrentando dificuldades financeiras, mas continuam indo trabalhar em consideração às pessoas que precisam de atendimento, como no caso do Educandário Romão Duarte, que abriga crianças órfãs e abandonadas.
 
"Quem lida com essas crianças e esses idosos das unidades da instituição que precisam de uma atenção especial tem um carinho imenso e vai trabalhar mesmo devendo aluguel de suas casas e outras contas”, disse.
 
Agência Brasil

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