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sábado, 10 de maio de 2014

Mal da vaca louca: teste indica que caso brasileiro é menos perigoso

Agência Brasil
Caso é considerado isolado pelo governo
Resultado não é conclusivo, mas foi comemorado pelo governo
 
Resultados de um teste internacional divulgados nesta sexta-feira (9) indicam que caso  o caso de mal da vaca louca ocorrido em Mato Grosso é atípico – no qual a doença não é causada por ingestão de alimentos contaminados que escaparam à fiscalização.
 
O dado, embora não seja conclusivo, foi comemorado pelo ministério da Agricultura. Em nota, a pasta afirma que casos atípicos podem ser detectados em "em qualquer país do mundo que tenha um sistema de vigilância robusto e transparente como o do Brasil". 
 
O teste foi feito pelo laboratório de referência da Organização Internacional da Saúde Animal (OIE), órgão ligado à Organização Mundial do Comércio e cujas recomendações balizam o comércio internacional de produtos animais.
 
Segundo a responsável técnica pelo Laboratório de Viroses de Bovídeos do Instituto Biológico de São Paulo, Maristela Pituco, o mal da vaca louca atípico decorre de uma mutação do príon celular, um agente que é comum em qualquer mamífero, em um príon infeccioso. 
 
Nos casos clássicos – nunca identificados no Brasil –, o animal fica doente por ser alimentado com rações infectadas com o agente do mal da vaca louca.
 
"Os fatores que contribuem para que o Brasil só tenha registrado casos atípicos são devido ao tipo de criação em sistema extensivo, alimentados com pastagem, às medidas de mitigação de risco adotadas desde surgimento da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) na Inglaterra", disse Maristela, que acredita ter sido esse o caso de Mato Grosso.
 
Em nota, o ministro da Agricultura, Neri Gheller, lembrou que nenhum dos 49 bovinos que nasceram à época do animal doente apresentaram sinais de infecção. 
 
"Isso demonstra a capacidade de resposta rápida do serviço veterinário oficial brasileiro, corroborando os elogios internacionais que o país vem recebendo em relação ao tratamento do caso e demonstrando o compromisso brasileiro ao consumidor nacional e internacional”, afirmou o titular da pasta.
 
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) também comemorou o resultado do exame do laboratório, e informou que o dono dos animais sacrificados será indenizado pelo Fundo Emergencial de Saúde Animal (Fesa).

Esse é o segundo caso de mal da vaca louca identificado no Brasil. O primeiro ocorreu no Paraná, em 2012.
 
Egito e Peru anunciaram embargos à carne brasileira
O caso de Mato Grosso foi identificado em março, numa vaca adquirida pela JBS-Friboi. O animal foi sacrificado e, no início deste mês, o laboratório de referência da OIE confirmou que ele sofria da doença. 
 
A confirmação prejudicou as exportações brasileiras. O Egito, quinto maior importador da carne bovina brasileira, impôs um embargo ao produto com origem em Mato Grosso. O Peru, um cliente bem menor, suspendeu as compras de qualquer Estado do País.
 
Exportadores brasileiros também têm relatado dificuldades no Irã, sétimo maior mercado.
 
iG

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