Getty Images TPM D: o foco são sintomas depressivos |
Inchaço, dor abdominal, mau humor, dor de cabeça... Esses são apenas alguns dos sintomas que podem acometer as mulheres antes ou durante a menstruação. A TPM, ou Síndrome Pré-Menstrual (SPM), se caracteriza pelo conjunto de sensações que ocorrem cerca de 10 dias antes do início do ciclo menstrual, e atinge cerca de 70% das mulheres brasileiras, segundo dados do Ministério da Saúde.
Durante aproximadamente 28 dias, o corpo da mulher sofre diversas alterações que preparam o útero para receber um bebê. Nos primeiros 14 dias ocorre o período de ovulação, e junto com ele a elevação dos níveis de estrógeno. Esse hormônio é um dos responsáveis por controlar o nosso bem-estar. Nos 14 dias seguintes, a parede do útero começa a engrossar, como se estivesse preparando uma "cama" para o possível bebê. Nessa fase ocorre uma queda nos níveis de estrógeno e elevação nas taxas de progesterona.
"Essa alteração, quando muito brusca, já pode causar uma série de sintomas, como ansiedade, alterações do humor, dores nos seios e outros tantos conhecidos das mulheres", explica a endocrinologista Andressa Heimbecher, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia. Passados esses 14 dias, o endométrio - parede que recobre o útero - começa a descamar e ser eliminado na forma de menstruação, gerando com ela uma outra queda hormonal, dessa vez na progesterona e no estrógeno. Por isso em algumas mulheres os sintomas podem ser ainda mais intensos durante a menstruação.
Mas você sabia que nem todas as mulheres sentem os mesmos sintomas durante a TPM? São tantas sensações que a medicina separou a tensão pré-menstrual em cinco tipos diferentes, que podem acontecer separadamente ou ao mesmo tempo nas mulheres. E para cada tipo existe um tratamento mais eficaz.
Durante aproximadamente 28 dias, o corpo da mulher sofre diversas alterações que preparam o útero para receber um bebê. Nos primeiros 14 dias ocorre o período de ovulação, e junto com ele a elevação dos níveis de estrógeno. Esse hormônio é um dos responsáveis por controlar o nosso bem-estar. Nos 14 dias seguintes, a parede do útero começa a engrossar, como se estivesse preparando uma "cama" para o possível bebê. Nessa fase ocorre uma queda nos níveis de estrógeno e elevação nas taxas de progesterona.
"Essa alteração, quando muito brusca, já pode causar uma série de sintomas, como ansiedade, alterações do humor, dores nos seios e outros tantos conhecidos das mulheres", explica a endocrinologista Andressa Heimbecher, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia. Passados esses 14 dias, o endométrio - parede que recobre o útero - começa a descamar e ser eliminado na forma de menstruação, gerando com ela uma outra queda hormonal, dessa vez na progesterona e no estrógeno. Por isso em algumas mulheres os sintomas podem ser ainda mais intensos durante a menstruação.
Mas você sabia que nem todas as mulheres sentem os mesmos sintomas durante a TPM? São tantas sensações que a medicina separou a tensão pré-menstrual em cinco tipos diferentes, que podem acontecer separadamente ou ao mesmo tempo nas mulheres. E para cada tipo existe um tratamento mais eficaz.
Conheça todos eles:
TPM A: foco é a ansiedade
A TPM tipo A está relacionada com a ansiedade. A queda do hormônio estrogênio, que ajuda a baixar o estresse, e maior liberação de adrenalina e cortisol, dupla que contribui para o estresse.
Os principais sintomas são:
Os principais sintomas são:
- Ansiedade
- Tensão
- Dificuldade para dormir
- Irritabilidade
- Alterações de humor
"Em alguns casos a mulher também pode se sentir mais desatenta e atrapalhada, derrubando coisas, batendo em objetos", explica a endocrinologista Andressa Heimbecher, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia.
Segundo a ginecologista Carolina Carvalho Ambrogini, coordenadora do Ambulatório de Sexualidade Feminina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a melhor maneira de amenizar esses sintomas é praticando exercícios físicos, além de manter uma dieta adequada. "A atividade física ajuda a liberar endorfinas, hormônios que dão sensação de prazer", afirma. Para casos mais graves, existem alguns medicamentos, como os ansiolíticos, que podem ser usados para amenizar os sintomas. Mas só um médico, que pode ser o ginecologista, o endocrinologista ou um psiquiatra, poderá passar o melhor tratamento para o paciente.
TPM C: o foco é a compulsão alimentar
A TPM tipo C está relacionando principalmente a compulsão alimentar. Ela recebe a classificação C porque vem do inglês craving, que significa desejo. Se durante a menstruação ou antes dela você prefere os restaurantes mais gordurosos ou ataca o chocolate que está no armário, esse é o seu tipo de TPM.
Os sintomas que se encaixam na TPM C são:
- Compulsão por doces ou salgados
Os sintomas que se encaixam na TPM C são:
- Compulsão por doces ou salgados
- Vontade de comer guloseimas ou comidas diferentes
- Dores de cabeça
Essa TPM está relacionada com os mecanismos de recompensa que temos no cérebro. Quando você come um alimento rico em açúcar ou gordura, algumas áreas no seu cérebro são ativadas, dando a sensação de prazer. Como durante a TPM os hormônios estão alterados, esse mecanismo pode gerar uma reação exagerada, causando uma sensação de prazer ainda maior.
Para amenizar esse tipo de sintoma, primeiramente deve-se tentar fazer escolhas alimentares mais saudáveis ou então praticar atividade física - que também pode ajudar a amenizar a dor de cabeça.
Manter uma dieta equilibrada e rica em ômega 3, presente nos peixes e frutos do mar, pode ajudar a controlar essa compulsão. "O uso de ansiolíticos e alguns medicamentos para compulsão em casos específicos também pode ser receitado", diz a endocrinologista Andressa. De acordo com a especialista, algumas mulheres relataram que suplementos como ômega 3 e óleo de prímula ajudam na redução dos sintomas de desejo.
"A enxaqueca e dor de cabeça pode ser prevenida com o uso de medicamentos, como o topiramato", diz Andressa. "Mas só um médico poderá receitá-lo", acrescenta. Além disso, o uso de anticoncepcional de baixa dose também pode ser utilizado, ou mesmo analgésicos comuns focados para o alívio da dor.
TPM D: o foco são sintomas depressivos
A tensão pré-menstrual do tipo D está relacionada com os sintomas depressivos.
Os principais sintomas dessa TPM são:
- Raiva sem razão
- Sentimentos perturbadores
- Pouca concentração
- Lapsos de memória
- Baixa autoestima
- Sentimentos violentos
"Essas sensações são causadas geralmente pela redução de serotonina e à resposta exagerada que corpo pode dar diante às oscilações hormonais normais do período", afirma a endocrinologista Andressa. A ginecologista Carolina recomenda o uso de antidepressivos se os sintomas forem graves, mas que no geral podem ser controlados com uma dieta equilibrada, prática de atividade física e cessação de vícios, como álcool e tabaco.
TPM H: o foco é inchaço
A TPM tipo H tem esse nome porque está relacionada à palavra "hidratação".
Pessoas que tem a TPM do tipo H sentem:
- Retenção de líquidos (inchaço)
Pessoas que tem a TPM do tipo H sentem:
- Retenção de líquidos (inchaço)
- Ganho de peso (por conta da retenção de líquido)
- Inchaço abdominal
- Sensibilidade e inchaço em mamas
- Inchaço nas extremidades do corpo, como mãos e pés
"Em alguns casos o uso de diuréticos pode ser necessário", explica a endocrinologista Andressa. No entanto, as especialistas afirmam que o principal é reduzir o consumo de alimentos que promovem a retenção de líquidos, como sal e cafeína. Isso ajuda a reduzir o inchaço e sensibilidade.
TPM O: outros sintomas
Existem outros sintomas menos comuns que também podem estar relacionados à TPM, entre eles estão:
- Alteração nos hábitos intestinais
- Aumento da frequência urinar
- Fogachos ou sudorese fria
- Dores generalizadas, incluindo cólicas
- Náuseas
- Acne
- Reações alérgicas
- Infecções do trato respiratório.
"A liberação de agentes inflamatórios relacionados com o fluxo menstrual podem interferir no fluxo intestinal e causar dores, como cólicas", declara a endocrinologista Andressa. O uso de anti-inflamatórios nos dias que precedem o fluxo menstrual e nos primeiros dias pode ajudar a regularizar.
Devido à retenção hídrica o organismo pode tentar se autorregular, levando ao aumento na frequência do urinar na sequência. "Reduzir o consumo de sódio é a principal medida", declara a ginecologista Carolina. Já os fogachos e sudorese fria, se forem realmente incômodos, podem ser tratados com o uso dos anticoncepcionais de baixa dosagem. "Isso evita as oscilações hormonais maiores e com isso previne as queixas relacionadas aos fogachos", explica Andressa.
A acne terá tratamento local para redução da oleosidade e uso de anticoncepcional com ação antiandrogênica, ou seja, bloquear a ação hormonal masculina sobre a pele. "A náuseas e infecções do trato respiratório tem um tratamento preventivo mais global, com prática exercícios, redução de sal, cafeína, álcool, açúcar e cigarro."
Quando a TPM é uma doença
Algumas mulheres sofrem com sintomas tão fortes durante a TPM que podem ser incapacitantes, nesse caso é classificada como uma doença chamada de desordem disfórica pré-menstrual. "Em alguns casos pode ser que ela nem consiga levantar da cama, de tanta dor", diz a ginecologista Carolina. Nesse caso, o tratamento médico deve ser feito de perto, com medicamentos para controle dos sintomas específicos. Não existe, portanto, um único remédio para toda mulher que sofre com TPM, mas sim tratamentos tópicos, conforme o que ela está sentindo.
Anticoncepcionais x TPM
Mulheres que tem sintomas leves podem se beneficiar do uso de anticoncepcionais para eliminar a TPM. "Isso porque os medicamentos mantem os níveis de estrógeno sempre elevados, evitando a queda brusca que ocorre antes da menstruação e causa dos sintomas", afirma Andressa Heimbecher.
Os anticoncepcionais sem pausa são os que mais beneficiam nesse quesito. No entanto, é preciso ficar atenta: anticoncepcionais com altas taxas de hormônio podem ter efeito contrário, pois quando a mulher faz a pausa os níveis de estrógeno sofrem uma queda brusca, podendo causar e agravar a TPM. "O melhor a fazer é conversar com seu ginecologista", diz a ginecologista Carolina.
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