Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quarta-feira, 9 de julho de 2014

Psicólogos e infectologistas entram em campo para analisar mordida do uruguaio Suárez

http://2.bp.blogspot.com/-miceAyvDPg8/U62C1LKOQUI/AAAAAAAAIUI/PivjgzBg1iU/s1600/95C1248C1363E02664A79A94BECB89FEE57D_suarez.jpg
Foto: Reprodução
Mordida do jogador uruguaio mobiliza psicólogos e infectologistas 

A mordida que o jogador uruguaio Luis Suárez deu no ombro do italiano Giorgio Chielline durante uma partida das oitavas de final, no último dia 24, virou alvo não só da Fifa, mas de análise psicológica. 

A especialista Érika Gonçalves, chefe do Serviço de Psicologia do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), entrou em campo para analisar o comportamento do jogador, que está fora do Mundial após a decisão da Fifa em cortá-lo de nove partidas da seleção e bani-lo por quatro meses de qualquer atividade ligada ao futebol. 

Érika diz não poder afirmar que a atitude do jogador está associada a um caso de fase oral mal resolvida, “só poderíamos chegar a uma conclusão após analisar a história de vida do jogador”. 

Entre crianças, por exemplo, o ato de morder um colega é uma forma de comunicação e de expressão de sentimentos, isso porque, na infância, os pequenos ainda não dominam a linguagem. Por essa razão, o pai da psicanálise, Sigmund Freud, denominou essa etapa de fase oral. Em muitos casos não há intenção de agredir, e sim de obter, de forma rápida, alguma coisa, chamar atenção ou interagir com os outros por meios físicos. 

“Embora não tenhamos uma resposta conclusiva, podemos afirmar, diante da análise dos fatos, que a mordida do jogador em campo foi uma expressão de agressividade exacerbada, gerada pela frustração. E essa atitude é um valioso instrumento de estudo psicológico. Não restam dúvidas de que esse atleta apresenta sintomas que indicam a necessidade de suporte emocional a fim de ajudá-lo a conter sua impulsividade, uma vez que não foi a primeira vez que ele se comportou dessa forma”, enfatizou a psicóloga. 

 Mas não é só o comportamento de Suárez que está em jogo, a saúde dele e do Chielline também requer atenção. Isso porque, ao morder o adversário em campo, o jogador uruguaio correu o risco de passar e também contrair algumas infecções, “como infecções de mucosa, candidíase e até hepatites A e B”, explica o infectologista Alberto Chebabo, do Sérgio Franco Medicina Diagnóstica. 

De acordo com o especialista, a roupa não impede a transmissão de doenças: “A boca tem uma flora bacteriana que pode, muitas vezes, contaminar. Dependendo da profundidade da mordida, são inoculadas bactérias profundamente na pele que podem causar infecções graves no local. Em alguns casos, quando a mordida é profunda e há laceração da pele, é recomendado o uso de antibióticos para evitar infecção”. 

Já a transmissão de hepatite depende da força da mordida, isso porque a doença é transmitida pelo sangue, ou seja, se a mordida tivesse perfurado a ponto de sangrar, ambos os jogadores poderiam ter se contaminado, caso algum deles fosse portador do vírus da hepatite B. Por isso, o ideal é que a pessoa esteja em dia com as vacinas contra a hepatite B. 

Juliana Xavier
Assessoria de Imprensa
juliana@saudeempauta.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário