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A SmartBand chegou ao Brasil muito bem acompanhada: desde seu
lançamento, em maio, a pulseira inteligente da Sony é comercializada com
o smartphone top de linha da marca, o Xperia Z2, por um total de R$
2.499.
Separadamente, o acessório capaz de registrar as
atividades físicas do usuário pode ser encontrado por R$ 399, preço bem
acessível se comparado aos concorrentes importados como FitBit, Jawbone e
NikeFuelBand, e também à pulseira Gear Fit, da Samsung, que custa R$
699.
Em um mercado cada vez mais competitivo e crescente, do qual
devem fazer parte, muito em breve, Apple e Microsoft, como se sai o
dispositivo da Sony? Confira o teste a seguir.
A favor:
- Preço acessível em relação a concorrentes;
- Funciona com aparelhos Android de outras marcas, além da Sony;
- Em conjunto com um aplicativo, registra as atividades em redes sociais no smartphone.
Contra:
- Não tem nenhum painel, logo não mostra as horas ou outras notificações;
- Não tem sensores específicos, como de frequência cardíaca;
- Aplicativo Lifelog não tem versão para web.
Design
Por
fora, a SmartBand da Sony pouco se diferencia dos concorrentes. Uma
pulseira de borracha – disponível em dois tamanhos – é responsável por
envolver e proteger o Core. O Core é o coração do acessório, o hardware
responsável por monitorar as atividades do usuário e que, segundo a Sony
disse na CES 2014, poderá estar não apenas no pulso, mas também nos
tênis em um futuro próximo.
A principal diferença da SmartBand
para produtos similares encontrados no mercado é a inexistência de
qualquer tipo de painel. Não é sequer possível ver as horas no
dispositivo. Por mais que o usuário saiba disso desde o início, por
vezes, vai se pegar olhando para o acessório buscando um relógio ou
procurando alguma informação sobre a notificação do celular que fez a
pulseira tremer.
Fora isso, ela é tão discreta que, em
um mês de uso, dá para contar em uma mão o número de pessoas que
perguntaram o que era aquilo no meu braço. O botão de prata para ajustar
a pulseira no braço mantém a elegância e a simplicidade do acessório.
No Brasil, está disponível apenas a versão com pulseira preta e, por
tempo limitado, uma versão com as cores do País especialmente feita para
a Copa do Mundo.
Hardware
Hardware
O Core é a unidade que
registra as atividades físicas do usuário. Ele possui uma porta microUSB
e que é a prova de poeira e água, conforme as classificações de
Proteção de Entrada IP55 e IP58. Ele tem processador ARM Cortex-M0 32
bit, de 256 KB de memória de armazenamento e 16 KB de memória RAM. Por
isso, é capaz de guardar os dados do usuário por até duas semanas.
Conectar
o dispositivo ao smartphone é simples, tanto por NFC quanto por
Bluetooth, no entanto, vale verificar se o seu aparelho Android tem
Bluetooth 4.0 Low Energy (BLE) antes de adquirir a pulseira, pois caso
contrário ela pode não funcionar adequadamente.
O dispositivo é
compatível com produtos que utilizam a especificação Bluetooth 1.2 ou
superior. No site, a Sony diz que o acessório funciona com LG Nexus 5,
LG Nexus 4, Samsung Galaxy Note III, Samsung Galaxy S4, Samsung Galaxy
S5, HTC One e HTC One M8, além dos modelos Xperia Z2, Z1 e Ultra, é
claro. O iG testou a pulseira com o Moto X sem maiores dificuldades.
Um
dos poucos pontos negativos é que com o Bluetooth e/ou NFC ligados, a
bateria do smartphone vai embora rápido. Uma opção para contornar esse
problema é abrir mão de receber notificações pela pulseira inteligente e
só conectá-la quando quiser atualizar os dados. Neste caso, o Core vai
apenas registrar dados ligados ao movimento, com ajuda do GPS. As
informações de uso das redes sociais são coletadas pelo aplicativo
Lifelog no próprio celular.
O Core traz ainda em seu pequeno corpo
três luzes de notificação que servem para dar alguns sinais ao usuário e
um botão que o coloca em modo diurno ou em modo noturno. A luz de
notificação A, a mais próxima da tecla liga-desliga, se refere à
bateria: quando ela pisca continuamente significa que o carregamento
está em andamento. Assim que o dispositivo estiver totalmente
energizado, o LED aparece ligado. Além disso, é a luz A que pisca por
seis segundos quando o usuário recebe uma mensagem.
As outras
luzes servem basicamente de apoio, para identificar se a pulseira está
no modo diurno ou no modo noturno. Quando o usuário aperta a tecla
liga-desliga rapidamente, as luzes se acendem para mostrar em que modo o
acessório está operando: no diurno, as luzes de notificação se iluminam
uma a uma, enquanto no noturno elas se alternam entre uma e duas luzes
acesas.
Voltando à bateria, nos teste do iG ela durou pouco menos
do que o valor informado pela Sony, de cinco dias. O Core sempre saiu da
tomada com quatro dias e 18 horas de duração. A Sony não diz quando se
deve carregar o dispositivo, mas o ideal é que seja enquanto o usuário
estiver parado e sem mexer no celular. Aquele momento que você deixa o
aparelho de lado e se conecta a um computador pessoal, seja por trabalho
ou por lazer, é o momento ideal. Até porque o Core não leva mais de uma
hora para ficar totalmente energizado.
Quando o nível da bateria
chega a 5%, a SmartBand emite duas vibrações curtas e uma janela pop-up
abre na tela do smartphone para avisar o usuário de que a pulseira
inteligente está ficando sem bateria. O Core é carregado por meio de uma
porta microUSB, mas não vem com cabo.
Resistente à água e a poeira
Não
fomos à praia com a SmartBand, mas ela resistiu a algumas faxinas e
também ao banho diário e a uma boa pia de louça suja. No Manual do
Usuário do acessório, a Sony explica que essas classificações de IP
específicas significam que a SmartBand é resistente à poeira e protegida
contra jatos de água de baixa pressão e efeitos de imersão em água doce
por 30 minutos em uma profundidade de até três metros.
No
entanto, a empresa recomenda que “você evite a exposição desnecessária a
ambientes com poeira, areia ou lama em excesso ou a ambientes úmidos
com temperaturas extremamente altas ou baixas. A capacidade impermeável
da microporta USB não é garantida em todos os ambientes ou condições.
Nunca submerja seu SmartBand em água salgada ou deixe que a microporta
USB entre em contato com água salgada”. Ou seja, nada de entrar no mar
com o dispositivo e nem de lavá-la com detergente. Produtos químicos
também são proibidos.
A Sony diz que o usuário pode usar o
acessório em um rio ou lago de água doce e também em piscina de água
clorada, mas é bom lembrar que o micro USB não tem nenhum tipo de
proteção fora a própria pulseira de borracha.
SmartConnect
O Core fica no pulso do
usuário para monitorar suas atividades físicas, mas é o aplicativo
Lifelog que faz todo o trabalho de análise dos dados coletados e que
registra o uso de redes sociais. Ele, aliás, é um dos aplicativos que o
usuário de Android que não tem um smartphone da Sony precisa instalar
para a pulseira funcionar adequadamente. O outro é o SmartConnect.
O
principal papel do SmartConnect, além de se comunicar com o Lifelog, é
de configurar a pulseira inteligente. Nele é possível ajustar o
dispositivo para ele entrar automaticamente no modo noturno da hora que o
usuário costuma ir dormir até o despertar, por exemplo. É também neste
app que você diz se gostaria de receber algumas notificações do celular
ou do tablet na pulseira, por meio de vibrações. Ou seja, se a pulseira
vai tremer a cada e-mail e mensagem de SMS recebida, conversa no
WhatsApp ou no Facebook Messenger iniciada, ou , ainda a cada foto
curtida no Instagram.
O número de aplicativos de comunicação,
sociais ou não, que se conecta ao dispositivo via SmartConnect é o
suficiente para passar o dia inteiro sentindo a pulseira se mexer no seu
pulso, portanto, cuidado com o que você seleciona.
Tem também o
despertador inteligente, de cara uma das funcionalidades mais legais da
SmartBand, que acorda o usuário durante um intervalo de tempo
determinado enquanto este estiver em sono leve. Como assim? Se você, por
exemplo, costuma acordar entre 6h e 6h30, basta configurar esse
intervalo de tempo no despertador inteligente que, no dia seguinte, a
pulseira vai tremer no seu braço quando seu corpo estiver dando sinais
de que não está mais em sono profundo. O intervalo pode ser de 10, 20,
30, 45 minutos e uma hora. Funciona tão bem que você provavelmente vai
acordar melhor, mais bem humorado.
O SmartConnect também permite
que a pulseira envie uma vibração quando estiver distante do smartphone
ou do tablet ao qual está conectado, caso você esteja esquecendo o
dispositivo em algum lugar. Além disso, se o usuário quiser, a pulseira
pode vibrar também a cada chamada telefônica recebida.
No
SmartConnect também é possível ver que aplicativos funcionam conectados
à pulseira. Um bom exemplo é o Media Player, no caso de qualquer
Android, o Google Music. Para pausar ou dar play na música, basta
apertar a tecla liga-desliga e depois dar uma batida na pulseira, em
cima do Core. Para passar a música para frente, é apertar o botão e dar
duas batidas, enquanto para voltar são três batidas após pressionar a
tecla. De fato, um recurso interessante se você está de pé no ônibus,
mas que nem sempre funciona de primeira. Uma pena não funcionar com
serviços de música online como Deezer, Rdio ou Spotify.
Lifelog
Simpático, o aplicativo
Lifelog é simples como a SmartBand. Na tela inicial encontramos uma
espécie de linha do tempo, que mostra em uma animação cada dia
registrado. É só dar play para ver como está sendo ou foi o seu dia.
Logo abaixo, está um painel com os dados que são coletados pelo
dispositivo.
Da esquerda para a direita, estão os bookmarks,
registros do que acontece em um determinado momento. Com dois toques na
tecla de liga-desliga um bookmark é anotado. Uma notificação aparece na
tela do smartphone para que o usuário possa escrever uma nota sobre
aquilo que deseja lembrar mais tarde.
Logo depois vem a anotação
das calorias queimadas, em exercício e passivas, os passos dados, as
horas de caminhada, seguida pelas horas de corrida. Tudo isso é
calculado com base no GPS e nos dados de peso e altura que o usuário
fornece assim que instala o aplicativo.
Na linha de baixo estão as
horas de sono, com dados de quanto tempo de sono profundo, leve e
acordado, tempo gasto em redes sociais e comunicações em geral –
Facebook, Instagram, Gmail e WhatsApp, por exemplo –, número de fotos
tiradas e vistas, minutos de música escutado e tempo gasto em vídeos. Na
terceira e última linha aparecem as horas jogando – desde que conectado
a PlayStation Network, é claro – , de leitura e de pesquisa na
internet.
É importante dizer que para cada atividade que o Lifelog
registra é possível definir metas e que o aplicativo contabiliza os
dados por dia, semana, mês e ano. Também é possível ver as distâncias
percorridas em um mapa.
Conclusão
Se você
não é um atleta que precisa de sensores como pedômetro para saber
quantos passos dá a cada caminhada ou corrida e dispensa monitor de
frequência cardíaca, mas gosta de saber quais são suas atividades
físicas rotineiras, a SmartBand é uma boa opção. Para atletas, mesmos os
de fim de semana, ela pode não ser suficientemente precisa, pois não
traz sensores como pedômetro ou monitor de frequência cardíaca..
A
integração com o aplicativo Lifelog pode ser útil para quem, além de
cuidar da saúde, precisa monitorar o tempo gasto em redes sociais no
celular. Outra função interessante é a de despertador, que permite
acordar de forma menos desesperada do que com um despertador
tradicional.
Ficha técnica:
Sony SmartBand
Configuração: chip ARM Cortex-M0 32 bit, 256 KB de armazenamento e 16 KB de memória RAM, compatível com celulares
Android versão 4.4.
Peso: 21 gramas
Preço: R$ 399
iG
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