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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Entenda por que pessoas consideram pets como filhos

Foto: Reprodução
Estudo realizado nos Estados Unidos afirma que há áreas cerebrais em comum quando falamos com nossos filhos e nossos cachorros
 
Você chama seu gato ou seu cachorro de filho? Um estudo realizado pelo hospital de Massachusetts e publicado pela revista PLoS ONE investigou o que ocorre com o cérebro de mães quando elas falam com seus filhos e quando se dirigem a seus animais de estimação.
 
— Animais de estimação têm um lugar especial no coração e na vida de muitas pessoas. Vários estudos anteriores já haviam mostrado que os níveis de neuro-hormônios, como a oxitocina — que tem relação com o vínculo e apego materno — aumentam após a interação com animais de estimação — diz Lori Palley, um dos autores do estudo.
 
Os cientistas estudaram um grupo de 16 mulheres que tinham pelo menos um filho com idade entre dois e 10 anos e um cão de estimação que estivesse na família por dois anos ou mais. A pesquisa foi feita em duas etapas. A primeira consistia em uma visita para que os participantes respondessem a questionários quanto às suas relações com os filhos e os cachorros.
 
Na segunda etapa, foi feita uma ressonância magnética funcional, que indica os níveis de ativação em estruturas específicas do cérebro ao detectar mudanças nos níveis de fluxo de sangue e oxigênio . Aos pacientes, eram mostradas fotografias dos filhos e dos cães, alternando entre imagens de crianças e cachorros desconhecidos para aquela pessoa.
 
Os exames de imagem revelaram semelhanças e diferenças na forma como as regiões do cérebro reagiram às imagens. Áreas importantes para funções de emoção e carinho materno tiveram aumento de atividade tanto quando os participantes viram o próprio filho quanto o cachorro. A região conhecida por ser importante para a formação de vínculos foi ativada apenas em resposta a imagens das crianças.
 
— Os resultados sugerem que existe uma rede de cérebro comum importante que é ativada quando as mães visualizam imagens de seus filhos ou dos cães — diz Lucas Stoeckel, outro pesquisador do estudo.
 
Os investigadores afirmam que são necessárias mais pesquisas para replicar essas descobertas em uma amostra maior.
 
Zero Hora

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