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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Descongestionante nasal pode viciar e causar rinite medicamentosa

Produto tem efeito curto e sua absorção vai sendo reduzida com o passar do tempo
 
Por Dra. Samanta Dall'Agnese
 
O descongestionante nasal é uma medicação vasoconstritora, que diminui o calibre dos vasos sanguíneos. Os princípios ativos dos principais descongestionantes encontrados no Brasil são nafazolina, fenoxazolina e oximetazolina.
 
A mucosa nasal, que é a cobertura que reveste toda a cavidade nasal, é muito rica em vasos sanguíneos, que têm a capacidade de se contrair e se dilatar conforme a necessidade. Esse mecanismo é importante por dois motivos. O primeiro deles é por permitir que o ar seja aquecido e umidificado no nariz até chegar aos pulmões. A segunda razão é aumentar a superfície da cavidade nasal para filtrar partículas nocivas e auxiliar na limpeza da cavidade.
 
Determinadas situações, como uma crise alérgica ou inflamação causada por resfriado e sinusite, levam à dilatação dos vasos sanguíneos e, consequentemente, à sensação de nariz entupido. O descongestionante nasal reduz esta dilatação e leva a um alívio rápido nos sintomas.
 
O problema é que o descongestionante nasal não está tratando a causa do problema, apenas a consequência. Seu efeito é curto e sua absorção vai sendo reduzida com o passar do tempo. A pessoa então sente a necessidade de usar o remédio num intervalo cada vez mais curto.                            
 
Outra questão é que o próprio descongestionante, que em geral está associado a um conservante, gera uma irritação da mucosa nasal, levando ao que chamamos de rinite medicamentosa. O tratamento da rinite medicamentosa exige conscientização do paciente e podem ser usadas medicações à base de corticoides para auxiliar neste processo.
 
O uso excessivo e contínuo do descongestionante significa que o paciente tem dificuldade na respiração nasal e deve procurar um médico. Quadros de rinite e sinusite crônicas e desvio de septo podem ser a causa. Os descongestionantes estão indicados apenas nos quadros agudos, como crises de rinite, sinusite aguda e resfriado, e seu uso não deve exceder cinco dias.
 
Os descongestionantes devem ser evitados em algumas doenças: hipertensão arterial, problemas cardíacos, glaucoma (aumento da pressão intraocular) e idosos com aumento da próstata. Nas crianças, os descongestionantes nasais devem ser usados apenas conforme orientação médica, pois podem ter efeitos graves, como depressão cardiorrespiratória e até morte. 
 
Minha Vida

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