Vírus Ebola |
A Secretaria Estadual de Saúde do Paraná confirmou à BBC Brasil que há a suspeita de um homem com o vírus ebola na cidade de Cascavel, no Oeste do Estado. Ainda não há confirmação sobre o contágio.
O homem, cuja identidade não foi revelada, está hospitalizado e isolado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Bairro Brasília.
Equipes do Ministério da Saúde em Brasília e da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná estão a caminho de Cascavel para averiguar o caso. Se confirmado, será o primeiro registro da doença na América Latina.
O paciente chegou da Guiné, um dos epicentros da epidemia do vírus, no último dia 18 de setembro, e apresentou sintomas semelhantes aos da doença, como febre alta, 20 dias após sua chegada, na quarta-feira (8).
Por essa razão, o caso é tratado como um possível contágio de ebola, segundo os protocolos internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS), acrescentou a Secretaria Estadual de Saúde do Paraná. Ele se encontra isolado e seu estado de saúde é estável.
Autoridades locais de Cascavel confirmaram que as equipes do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual estão se dirigindo à cidade e o paciente seria transferido para um centro de referência durante a madrugada.
Segundo estimativas da OMS, quase 4 mil pessoas já morreram por causa da doença, no pior surto da história. A epidemia está concentrada em três países: Libéria, Serra Leoa e Guiné.
Nesta quarta-feira, Thomas Frieden, diretor do Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), ligado ao Departamento de Saúde dos EUA, afirmou que a epidemia de ebola na África Ocidental pode ser comparada com o surgimento da Aids em termos dos desafios que impõem aos gestores de saúde pública.
Ele fez a declaração em um fórum do Banco Mundial a respeito da doença, realizado em Washington. Durante a reunião, o vice-diretor da Organização Mundial de Saúde (OMC), Bruce Alyward, afirmou que o ebola está "enraizado nas capitais" dos países mais afetados e está "acelerando em todos os aspectos".
Segundo Alyward, os chefes de Estado enfrentam um desafio extraordinário pois precisam comunicar à população a urgência da situação, mas não podem causar pânico.
BBC Brasil / iG
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