Pesquisa da Universidade da Califórnia é a primeira a sugerir que a perda de memória em pacientes com a condição pode ser revertida
A perda de memória em pacientes de Alzheimer foi revertida pela primeira vez, dizem os cientistas. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.
Um pequeno estudo com dez pacientes provou que nove mostraram melhora na memória dentro de três a seis meses de tratamentos.
A pesquisa, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, é a primeira a sugerir que a perda de memória neste tipo de paciente pode ser revertida.
Seis pacientes tinham parado de trabalhar no período que se uniram ao estudo. Todos eles se sentiram aptos para voltar e continuar trabalhando, com melhora de performance.
Dale Bredesen, do centro de pesquisa do Alzheimer da universidade, acredita que as conclusões podem trilhar caminhos para o primeiro tratamento efetivo para a doença.
No entanto, novos testes precisam ser feitos na área, já que até hoje nenhum remédio foi capaz de parar ou mesmo desacelerar a progressão do Alzheimer.
O tratamento envolve um programa terapêutico completo, combinando mudanças na dieta, estimulação cerebral, exercícios, otimização do sono, drogas específicas e vitaminas.
O especialista afirma que bilhões de dólares já foram investidos na busca de alternativas para a doença, sem sucesso. “Isso sugere que uma abordagem terapêutica mais ampla, ao invés de uma única droga que tem como objetivo um único alvo, pode ser altamente mais eficaz para tratar o declínio cognitivo causado pela doença do Alzheimer.”
Ele comparou a doença a um telhado repleto de furos, sendo que a droga agiria em apenas um deles.
“Ela vai funcionar, e um único buraco vai ser consertado, mas você ainda tem 35 lacunas”, observa.
Bredensen complementa que a abordagem proposta é personalizada para cada paciente.
Ele admitiu, no entanto, que o estudo tem falhas e precisa ser aprimorado. Os resultados foram publicados no jornal Aging.
Terra
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