O câncer de mama ainda é uma doença que assusta e costuma estar associada à morte. No Outubro Rosa, mês de conscientização e alerta para o diagnóstico precoce e prevenção da doença, especialistas esclarecem as principais dúvidas sobre o tema.
Veja a seguir!
Silicone pode causar câncer de mama
Mito
Mito
A mastologista Maira Caleffi, presidente da Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), diz que “a prótese de silicone está totalmente isenta de culpa para provocar o câncer de mama”.
— A recomendação é que essa paciente faça acompanhamento com um mastologista [médico especialista em mama], já que o implante pode dificultar o diagnóstico da doença por meio da mamografia.
Mesmo assim, a médica reforça que mulheres com próteses também devem fazer a mamografia a partir dos 40 anos.
Não ter filhos aumenta o risco de câncer de mama
Verdade
Verdade
Segundo a mastologista , mulheres que optam por não ter filhos ou engravidar pela primeira vez depois dos 30 anos têm mais risco de desenvolver câncer de mama durante a vida.
— A maternidade tardia ou a opção de não ter filhos são fatores de risco para a doença e estão contribuindo para o aumento da incidência de casos. Os hormônios produzidos durante os nove meses de gestação atuam como protetores das mamas.
O uso de anticoncepcionais ao longo da vida pode contribuir com o problema?
O oncologista José Rodrigues Pereira do Hospital São Camilo afirma que a relação entre o uso de anticoncepcionais orais e o aumento no risco de câncer de mama ainda é controverso.
― Estudos epidemiológicos com milhares de mulheres não demonstraram aumento significativo no risco de câncer de mama. Além do mais, os anticoncepcionais atuais possuem dosagem hormonal inferior aos que eram usados antigamente.
O oncologista José Rodrigues Pereira do Hospital São Camilo afirma que a relação entre o uso de anticoncepcionais orais e o aumento no risco de câncer de mama ainda é controverso.
― Estudos epidemiológicos com milhares de mulheres não demonstraram aumento significativo no risco de câncer de mama. Além do mais, os anticoncepcionais atuais possuem dosagem hormonal inferior aos que eram usados antigamente.
Homem tem câncer de mama? Verdade
"O câncer de mama no sexo masculino é raro e representa 1% de todos os casos diagnosticados. A incidência em mulheres chega a ser 100 vezes maior do que em homens" afirma Pereira.
A terapia de reposição hormonal é um fator de risco para o câncer de mama
Verdade
Verdade
Maira diz que já é comprovado que a terapia de reposição hormonal é um fator de risco para o câncer, principalmente quando se faz uso combinado de estrogênio e progesterona.
O câncer de mama tem cura
Verdade
Verdade
Pereira afirma que “quanto mais precoce for diagnosticado do câncer, maior a chance de cura”.
— Tumores em estádios iniciais apresentam chance de cura de 80% a 95%. Nos tumores em estágios avançados, a chance de cura cai para 50% a 70%.
Após o tratamento de câncer, a mulher perde todas as chances de ser mãe
Mito
Mito
A mastologista Maira garante que é seguro ter filhos após o diagnóstico de câncer.
— A única recomendação é que a mulher espere para engravidar de dois a três anos após o término do tratamento.
Como a quimioterapia, pode destruir os óvulos ou induzir a mulher a uma menopausa precoce, a médica explica que a recomendação para as mulheres jovens que desejam ter filhos é congelar os óvulos, assim no futuro podem recorrer à técnica de fertilização in vitro.
— Mas isso não significa que a gravidez não possa acontecer de forma natural, é uma precaução.
Mulheres abaixo dos 40 anos estão isentas de ter câncer de mama
Mito
Mito
Embora mais raro, o câncer de mama também pode aparecer em mulheres de 20 ou 30 anos, podendo ou não estar associado a um componente genético.
Segundo a presidente da Femama, o risco do câncer aumenta conforme a idade, sendo mais frequente a partir dos 40 anos — quando a mamografia é indicada.
O autoexame é capaz de detectar todos os tumores
Mito
Mito
O oncologista reforça que menos de 10% dos tumores de mama são identificados por meio do autoexame.
— Ele não deve ser considerado como substituto à mamografia porque não foi demonstrada redução da mortalidade por câncer com essa prática. Mas, nem por isso deve ser abandonado, pois o autoexame pode reduzir o número de casos avançados.
R7
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