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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Muito além da pele: Colágeno é essencial para articulações; veja como consumir

Suplementação de colágeno hidrolisado não é necessário na
 maior parte dos casos; consumir proteína adequadamente
já é suficiente, dizem especialistas
Proteína fundamental para células de renovação rápida, como pele, cabelos e unhas, colágeno ajuda a proteger os ossos
 
Muito se fala sobre o colágeno quando o assunto é ter uma pele viçosa, firme, saudável. De fato, ele é essencial para a jovialidade da tez, mas o colágeno também é imprescindível para uma boa qualidade de vida, já que é fundamental para a saúde das articulações e tendões. No entanto, não é necessário tomar suplementos de colágeno, basta apenas seguir uma boa alimentação.
 
A nutricionista Miriam Martinez, do Hospital Beneficência Portuguesa, explica que o colágeno é uma proteína fundamental para as células de renovação rápida, como pele, cabelos, unhas e tendões. Além disso, faz parte da proteção que os ossos têm para evitar o impacto. A melhor forma de garanti-lo, explica a nutricionista, é consumir qualquer outra proteína. Simples assim. 
 
A suplementação é indicada para casos específicos, por indicação médica. Se a pessoa decidir por si só suplementar, quem vai sofrer é o rim ou o fígado, que serão obrigados a processar o volume excessivo de colágeno que o corpo não conseguirá absorver.
 
Segundo a especialista, o ideal é fazer atividade física e comer as proteínas normalmente, já que isso manterá o músculo saudável, protegendo as articulações e não causando impacto nos ossos. “O ponto é o equilíbrio”, explica ela.
 
E a gelatina?
A gelatina é considerada pelo senso comum com uma fonte de colágeno. Segundo a nutricionista do Hospital Beneficência Portuguesa, ela não se difere em nada de outras proteínas. “A gelatina é uma proteína, então o colágeno presente nela será absorvido como todas as outras, em 1%”, explica.
 
A vitamina C ajuda muito nessa síntese, se consumida com a proteína. “É benéfico não só para o colágeno, mas para a absorção de ferro”, explica Miriam. Ela recomenda que a refeição com proteína seja acompanhada por fruta ou sucos de laranja, morango, limão ou abacaxi, que são ricos em vitamina C.
 
Para uma absorção maior, embora não se saiba exatamente a porcentagem, o colágeno hidrolisado já vem “pronto” para o organismo absorver. No entanto, se a pessoa mantiver uma alimentação rica em proteínas, ele será sintetizado no corpo normalmente, não haverá necessidade de suplementação.
 
Quanto maior a idade, menor é absorção
A partir dos 30 anos há um processo visível de envelhecimento, pois o corpo tem dificuldade de multiplicar as células. “A pele vai perdendo o viço, o cabelo vai ficando mais fraco. A partir dos 50 anos, é mais intenso”, explica Míriam.
 
O raciocínio lógico, portanto, seria consumir mais colágeno puro. O problema, segundo a especialista, é que com o passar dos anos, a síntese de colágeno no organismo vai ficando mais defasada. “Se o organismo não conseguir absorver, ele excreta. Tudo que é em excesso é excretado”, conta.
 
Por isso, o clínico-geral e geriatra do Hospital das Clínicas de São Paulo, Paulo Camiz, conta que prescreve mais whey protein para idosos do que o próprio colágeno hidrolisado. De acordo com ele, a dieta do brasileiro é pobre em proteínas e rica em carboidratos, fazendo com que o corpo tenha uma deficiência na formação de tecidos musculares.
 
“Além disso, os tecidos à base de proteína são mais duros, como a carne, e a tendência com a idade é não mastigar tanto, preferir coisas mais molinhas”, explica ele, mostrando como acontece a menor ingestão.
 
A quantidade correta de proteína, portanto, fará com que o organismo funcione corretamente. Para cada um quilo de peso da pessoa, o ideal é consumir 1 grama de proteína. Alguém que pese 60kg deve consumir 60g diárias. Com menos, o corpo não conseguirá manter os músculos, cartilagens, tendões e pele da forma correta. Mais do que isso sobrecarregará os rins.
 
iG

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