Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Santa Casa tinha até quatro vezes mais funcionários por leito do que outros hospitais, diz secretário

Segundo David Uip, auditoria revelou erros de gestão no hospital, que passa por crise
 
O secretário estadual da Saúde, David Uip, voltou a falar nesta quarta-feira (24) sobre falhas na gestão da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que enfrenta uma grave crise financeira. A auditoria contratada pelo governo de SP mostrou, segundo ele, “que os contratos não favoreceram a Santa Casa”.
 
— Há problemas nos recursos humanos, muitos funcionários por leito. Uma média de 21. Nós trabalhamos com quatro a cinco [nos hospitais estaduais]. Tem problemas de pagamento de insalubridade, hora extra.
 
Segundo ele, o problema do hospital não é a falta de dinheiro e sim a má gestão.
 
— De 2009 a 2014, o Tesouro do Estado repassou para a Santa Casa mais de R$ 826 milhões. É um recurso adicional ao que a Santa Casa recebe do SUS. É uma Santa Casa que não é subfinanciada.
 
Hoje, a dívida da instituição está avaliada em mais de R$ 820 milhões. Em setembro, o novo superintendente, Irineu Massaia, iniciou um plano de restruturação da Santa Casa. Segundo ele, a operação do hospital não dará mais prejuízo em um prazo de até dois anos.
 
Mas a situação momentânea ainda é preocupante. Nesta quarta-feira, o governo do Estado liberou R$ 3 milhões emergenciais para a compra de medicamentos e insumos. Tudo para evitar que o atendimento à população seja prejudicado.
 
Massaia garantiu que as urgências não serão comprometidas. Mas admitiu que pacientes possam ter dificuldades para cirurgias ou exames que não sejam emergenciais. O hospital adotou um esquema de contingenciamento e está decidindo quais procedimentos têm condições de serem realizados.
 
Muitos funcionários continuam com os salários e até o 13º atrasados. A promessa de que receberiam até o dia 29 deste mês não vai se concretizar. Isso porque a Santa Casa depende de um empréstimo de R$ 44 milhões da Caixa Econômica Federal que só deverá sair no começo de janeiro. Para obter o valor, a instituição vai dar como garantia um imóvel que possui na avenida Paulista, avaliado em R$ 70 milhões.
 
Uma sindicância interna também apura as falhas no hospital. Ontem, foi formalizado o afastamento do provedor da instituição, Kalil Rocha Abdalla, que tirou uma licença de 90 dias, ou até o fim da apuração. No lugar dele, assume Ruy Altenfelder. 
 
R7

Nenhum comentário:

Postar um comentário