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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Sedentarismo é a maior causa da má saúde dos brasileiros, dizem especialistas

Foto: EFE/ROSARIO CANFRANC
Foto: EFE/Rosario Canfranc 
Em relação ao estilo de vida, o relatório teve o objetivo de captar a intensidade e a duração média da realização de exercício físico ou esporte em pessoas com mais de 18 anos, dividindo a prática em lazer, trabalho, deslocamento e atividades domésticas
 
Após uma semana da divulgação da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, organizada pelo IBGE, especialistas afirmam que os dados mais preocupantes são reflexos de um mal que se firma entre os brasileiros: o sedentarismo.
 
Segundo o médico, a pesquisa ainda não mensura quantos sedentários podem ficar doentes.
 
“Há um risco iminente para a saúde pública, uma vez que a falta de atividades físicas agrava o cenário de doenças crônicas e cardiovasculares no país. Essa realidade é alarmante”, avalia.
 
Segundo a PNS, as doenças crônicas – que têm sido associadas com o excesso de peso, o baixo consumo de verduras e frutas e o sedentarismo – respondem por mais de 70% das causas de morte no Brasil.
 
Em relação ao estilo de vida, o relatório teve o objetivo de captar a intensidade e a duração média da realização de exercício físico ou esporte em pessoas com mais de 18 anos, dividindo a prática em lazer, trabalho, deslocamento e atividades domésticas.
 
Com isso, dois grupos foram identificados: um de pessoas ativas, que praticam mais de 150 minutos de exercícios por semana, e o outro de pessoas insuficientemente ativas, que praticam menos do que esse índice.
 
A proporção de adultos insuficientemente ativos foi de 46% da amostra, enquanto os ativos dividiram-se em 22,5% de pessoas que praticam atividade no lazer, 14% no trabalho, 31,9% no deslocamento e 12,1% nas atividades domésticas.
 
De acordo com Magliocca, a pesquisa reforça a necessidade da prática de atividade física, que deve ser estimulada por políticas públicas.
 
“O governo tem que incentivar a prática de atividade física por meio de ações que estimulem a população, começando pelas crianças nas escolas, onde, por exemplo, a disciplina de educação física já não é mais obrigatória em alguns estados.”
 
Para ele, o sedentarismo começa já na infância e, por isso, trata-se de uma questão cultural.
 
“Temos que mudar paradigmas, senão tais dados só irão justificar o aumento das doenças crônicas daqui a dez anos”.
 
Como solução, o médico é enfático em propor atividades simples, como dar 10 mil passos por dia. “As pessoas precisam entender que se elas derem 10 mil passos por dia, elas deixam de ser sedentárias. Se ficassem mais ativas no trabalho ou optassem por uma caminhada em família, ajudaria muito a sair dessa condição”, recomendou.
 
Ele também associa o desinteresse do brasileiro pela atividade física à falta de ambientes públicos próprios ou adaptados para a prática de exercícios, o que seria uma possível função de parques e praças.
 
Outro ponto importante para a melhora do estilo de vida do brasileiro é a questão alimentar.
 
Para a nutricionista Desiree Coelho, a pesquisa não registrou muitas novidades sobre o comportamento nutricional da população, e o sedentarismo e a falta de informação sobre hábitos saudáveis destacam-se como os pilares para a mudança de hábitos.
 
“Em um país com oferta de grande variedade de frutas, há um consumo muito baixo desses alimentos; e ainda há o desconhecimento do brasileiro em relação a sua própria saúde”, avaliou Desiree.
 
Segundo a especialista, a grande urgência é tratar o sedentarismo e a busca por uma alimentação equilibrada. “É preciso atrair a atenção das pessoas para esses temas, que podem impactar a expectativa de vida da população e a mudança para uma vida mais saudável e ativa”.
 
EFE Saúde

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