Tendência vem beneficiando fiéis que não conseguem digerir as hóstias tradicionais, devido à presença de glúten em sua composição
Cleveland — Recentemente, Rachel Rieger se viu diagnosticada com a doença celíaca, o que a levaria a eliminar o glúten de sua dieta e interromper o consumo da hóstia à base de trigo da comunhão, algo fundamental para a sua fé católica. No entanto, a jovem de 23 anos ficou emocionada quando o seu padre em Cleveland, no estado de Ohio, lhe disse que a igreja permitiria o uso de uma hóstia de baixo glúten, num movimento que tem se multiplicado pelos EUA.
Consideradas seguras para pessoas que sofrem danos no seu intestino delgado caso comam a proteína do glúten, presente no trigo, cevada e centeio, as hóstias especiais estão se tornando disponíveis em diversas igrejas americanas, com líderes religiosos respondendo ao aumento da prevalência de pessoas com intolerância à proteína, e com fabricantes cada vez mais de olho neste mercado.
Os pesquisadores dizem que a doença celíaca é agora quatro vezes mais comum do que era há 60 anos, embora aproximadamente uma em cada cem pessoas que a têm não são diagnosticadas. A desordem auto-imune pode causar dor de estômago grave, perda de peso e fadiga.
A irmã Lynn D'Souza passou vários anos ajudando a criar uma receita para hóstia de baixo glúten feitas pelas Irmãs Beneditinas da Adoração Perpétua em Clyde, Missouri, depois de ouvir de fiéis que não poderiam mais receber a comunhão, devido à sua sensibilidade ao trigo.
Assim, desde que as freiras começaram a produção das suas hóstias especiais, há quase 11 anos, as vendas do produto têm disparado. Tanto que, este ano, elas estimam vender o equivalente a cerca US$ 150 mil em hóstias, um aumento de cinco vezes frente aos US$ 30 em vendas em 2007, disse a irmã.
— Nós continuamos a obter novos clientes a cada semana, se não todos os dias — afirmou.
O Globo
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