Maior número de veículos de duas rodas amplia total de feridos no trânsito, com impacto nas contas públicas
Em um ano de enxugamento de despesas públicas e de arrocho fiscal, velhos problemas de fiscalização, de ausência de políticas específicas e de educação para o trânsito vão tirar bilhões de reais dos cofres públicos. Responsáveis por 50 mil mortes e mais de 400 mil lesões graves permanentes em 2013, os acidentes de trânsito custam ao Brasil — governo e sociedade —R$ 40 bilhões por ano, conforme dados preliminares do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O impacto bilionário recai, principalmente, sobre os cofres públicos. Os acidentes pesam sobre a Previdência Social e o Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, o país perde capacidade produtiva a cada trabalhador que se machuca. Entre os acidentados, os motoqueiros são maioria.
Com o acréscimo de renda dos últimos anos, a moto entrou na garagem de milhares de brasileiros. De 2008 a 2012, o número de veículos de duas rodas saltou 48%. “Em termos de acidentes de transporte terrestre, os que envolvem motociclistas são a principal categoria. Já ultrapassaram o atropelamento, que sempre foi a principal causa”, apontou o pesquisador Carlos Henrique de Carvalho, do Ipea, responsável pela pesquisa.
Escalada
Para ele, há uma relação direta entre o aumento do número de motos em circulação e a elevação do custo dos acidentes para o Brasil. “Podemos inferir que essa conta aumentou, nos últimos anos, proporcionalmente ao grau de severidade dos acidentes com moto, que passaram a rodar em maior quantidade”, completa.
Correio Braziliense
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