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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Pesquisadores descobrem tratamento da esquistossomose até 8 vezes mais eficaz

A descoberta aconteceu através da pesquisa dos genes que permitem o Schistosoma mansoni, parasita causador da doença, resistir a mediação habitual
 
Pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) descobriram uma combinação de drogas que pode aumentar em até oito vezes a eficácia do tratamento da esquistossomose.
 
O estudo indicou que utilizar o Omeprazol em conjunto com o Praziquantel, medicamento tradicionalmente usado para combater o verme, eleva a mortalidade dos parasitas.
 
“Aumentar a eficiência de uma droga que já é usada, que é a única  recomendada pela Organização Mundial de Saúde para tratamento da esquistossomose, pode garantir um controle maior da doença”, disse o professor Sergio Verjovski-Almeida.
 
A descoberta aconteceu através da pesquisa dos genes que permitem o Schistosoma mansoni, parasita causador da doença, resistir a mediação habitual.
 
“Nós fomos estudar doses menos efetivas, vendo como o parasita escapa [da medicação]. Antes dele morrer, a gente faz uma análise dos genes que ele está mudando em função da exposição com a droga”, explicou o pesquisador.
 
Após identificar o conjunto de genes que dava resistência aos parasitas, os cientistas passaram a testar drogas conhecidas com capacidade de agir sobre portadores dessa carga genética.
 
O Omeprazol tem a vantagem, segundo Almeida, de ser um medicamento já usado por seres humanos. “Não há grande chance de ser tóxica, porque o Omeprazol já é um antiácido usado nos humanos”, enfatizou.
 
Com os bons resultados em laboratório, onde a combinação das substâncias aumentou entre três e oito vezes a mortalidade do Schistosoma mansoni, há a expectativa do tratamento ser testado em animais.
 
Primeiro, para confirmar se os dois remédios juntos não são tóxicos, e, em seguida, para avaliar se a eficácia é a mesma ao ser administrada em organismos vivos.
 
Por enquanto, os testes foram in vitro.
 
 
Um tratamento mais forte pode ser uma alternativa, na opinião de Almeida, para conter a doença em regiões com grande incidência do parasita.
 
“Os pacientes que vivem em zonas endêmicas são reinfectados. Então, você tem que ter um tratamento de toda a população que vive em uma região endêmica para que eles não depositem ovos através das fezes na água e reinfectem outras pessoas”.
 
* Com informações da TV Brasil. 

Agência Brasil

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