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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Semana de Mobilização Nacional para a Doação de Medula Óssea

A história do jovem Pietro Albuquerque, vítima de leucemia mielóide aguda pouco antes de completar 20 anos, tornou-se um marco na doação de medula. Após a sua morte, a Câmara Federal aprovou a “Lei Pietro” que instituiu a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, realizada anualmente, de 14 a 21 de dezembro

Semana Nacional de Doação de Medula

A semana tem como objetivo promover a doação e usa a frase: "Neste Natal, dê um presente a quem precisa de você para viver: cadastre-se como doador de medula".

Para reunir as informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de pessoas que se dispõem a doar medula para o transplante, foi criado, em 1993, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) desde 1998. Desta forma, com as informações do receptor, que não disponha de doador aparentado, busca-se no REDOME um doador cadastrado que seja compatível com ele e, se encontrado, articula-se a doação.

O número de doadores voluntários tem aumentado expressivamente nos últimos anos. Em 2000, existiam 12 mil inscritos. Naquele ano, dos transplantes de medula realizados, apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no REDOME. Em novembro de 2015 o Registro alcançou mais de 3,8 milhões de inscritos. Sendo assim, a chance de se identificar um doador compatível, no Brasil aumentou. Na fase preliminar da busca a chance é de até 88%, e ao final do processo, 64% dos pacientes têm um doador compatível confirmado encontrado no REDOME. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos Registros dos Estados Unidos (em torno de 7,9 milhões de doadores) e da Alemanha (cerca de 6 milhões de doadores).

Algumas doenças do sangue como a anemia aplástica grave, mielodisplasias e alguns tipos de leucemias podem ter o transplante como única esperança de cura. E quando não há um doador aparentado (um irmão ou outro parente próximo, geralmente um dos pais), a solução é procurar um doador compatível não aparentado no REDOME.

Para que se realize o transplante de medula é necessário que haja uma total compatibilidade entre doador e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada. A análise de compatibilidade é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e receptor, chamados de exames de histocompatibilidade. Com base nas leis da genética, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de 25%, enquanto que, entre indivíduos não aparentados, é, em média, de 1 em 100 mil.

Antes da doação, o doador faz um rigoroso exame clínico incluindo exames complementares para confirmar o seu bom estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. A doação é feita em centro cirúrgico, sob anestesia, e tem duração de aproximadamente duas horas. A medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias. Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana após a doação. Há outro método de doação chamado coleta por aférese, neste caso não há necessidade de internação nem de anestesia, sendo todos os procedimentos feitos por via sanguínea.

Já o receptor deve se submeter a um tratamento que destrói as células sanguíneas doentes de sua medula óssea, e recebe as células sadias como se fosse uma transfusão de sangue. Durante o período em que estas células ainda não são capazes de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas em quantidade suficiente para manter as taxas dentro da normalidade, o paciente fica mais exposto a episódios infecciosos. Por isso, deve ser mantido internado no hospital. Cuidados com a dieta, limpeza e esforços físicos são necessários.

Muitos podem ajudar se cadastrando como doador. Para isso é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de boa saúde. Para se inscrever, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro mais próximo de sua casa e ter feito a coleta de uma amostra de sangue (de 5 a 10ml) para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador). Os dados do doador são inseridos no cadastro do REDOME e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação. O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente hospitalar.

Saiba mais http://redome.inca.gov.br/

Fonte: Blog da Saúde

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