Países como Dinamarca e Nova Zelândia têm uma abordagem radicalmente diferente em relação à erros médicos, e um modelo similar poderia melhorar a segurança do paciente em outros países
Ao invés de negligência médica, a Dinamarca tem um programa nacional que compensa os pacientes por danos sofridos devido à erros médicos e compartilha seus dados com hospitais e pesquisadores para que tal dano seja evitado em uma situação futura.
Sob tal sistema, a ênfase está em ajudar os pacientes, e o compartilhamento de dados também ajuda a identificar prestadores de alto-risco. Isso entra em contraste gritante com a aferição de culpa à outros que é comum como resposta à erros médicos, principalmente nos EUA, onde tais erros são a terceira maior causa de morte. Na maior parte das vezes, a natureza do sistema de más práticas não fornece incentivos para desculpas e impõe um nível proibitivo elevado para pacientes que procuram provar que têm direito à indenização, de acordo com a Pro Publica.
Os dados recolhidos de reivindicações não são utilizados para avaliar publicamente médicos e hospitais ou procurar sistematicamente por maus atores, mas eles podem ajudar a sinalizar provedores que causam erros repetidamente e podem representar um risco.
O segredo para o sucesso de tais programa, independentemente do tipo de sistema de saúde ao qual eles são aplicados, é manter as vítimas de danos ao paciente no ciclo, seja o hospital culpado ou não, o que faz com que os prestadores vejam a si mesmos e os pacientes como lados opostos nessas situações.
“Não é fácil discutir um erro, mas deve haver um relacionamento seguro entre médico e paciente”, afirmou especialista em fígado no Rigshospitalet, hospital nacional da Dinamarca, ao Pro Publica. “A coisa mais importante sobre segurança do paciente é falar sobre isso”.
*Com informações de Fierce Healthcare em 11/01/16.
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