Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Medicamentos poderão conter frases de alerta

por Saúde Business Web 29/12/2010 Proposta apresentada pela Anvisa que inserir mensagem de alerta sobre uso correto e seguro das substâncias Bulas e embalagens de medicamentos poderão conter frases de alerta sobre a forma correta e quantidade adequada para consumo de cada substância. Esta proposta (CP 116/2010) foi apresentada na última segunda-feira pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O documento apresentado sugere que também seja informado o nível de risco dessas substâncias durante a gestação e aleitamento, além de uma lista com frases que serão utilizadas nas bulas destinadas à pacientes e outro tipo para profissionais de saúde. A pretensão da Anvisa é que as frases estampadas nas embalagens estejam em negrito e com tamanho de fonte que permita a fácil leitura. Nas bulas as informações também terão de ter destaque e letra com tamanho superior aos das informações contidas na bula. Segundo a proposta, a lista de medicamentos e frases deverão ser atualizadas periodicamente com o objetivo de atender a necessidade dos que forem consumir aquela determinada subtância. Sugestões para a CP 116/2010 podem ser enviadas para a Anvisa por meio do e-mail, cp116.2010@anvisa.gov.br. A consulta pública estará disponível por 120 dias.

RENAME 2010

Relação Nacional de Medicamentos do governo edição 2010.
Para baixar clique no link abaixo:

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Depto de Compras: Sirvamos bem para servir sempre

Sejamos claros: para um modelo de gestão que busca alta performance ao mesmo tempo em que pretende gerar uma imagem positiva para Compras, não é possível negligenciar ou desrespeitar as necessidades de nenhum cliente. Para compreendermos melhor, proponho o seguinte exercício: suponha que seu departamento de Compras fosse uma empresa dentro da sua empresa. Você deveria entender muito bem as necessidades dos compradores de seus serviços para que pudesse oferecer o melhor resultado possível, correto? Vamos mais longe: como no mercado corporativo, você teria concorrentes. Outros departamentos de Compras dispostos a conquistar seus clientes, sejam eles os diretores, sejam eles as áreas de assistência como Manutenção, Recursos Humanos ou Produção. Agora, neste ambiente competitivo, façamos duas perguntas tentando respondê-las o mais honestamente possível: 1) Os serviços que você oferece permitiriam que o mercado consumidor se mantivesse fiel à sua marca? 2) Se você fosse o cliente, recomendaria os serviços prestados pelo seu Departamento de Compras? De forma geral, os profissionais de Suprimentos são muito pouco pacientes com as falhas e restrições de fornecedores tais como descumprimentos de prazos, qualidade abaixo do esperado, ausência de compromisso/retornos e excesso de formalidades. Porém, nem todos exercitam o entendimento de que nas companhias, o departamento Compras também é um fornecedor.A partir daí, a chave para a melhoria do nível de serviço prestado está justamente em exigir de si próprio a mesma qualidade e agilidade esperadas dos principais fornecedores. Quando compradores são taxados com uma imagem de burocratas, indiretamente, o que as outras áreas estão dizendo é que eles estão dificultando o andamento de seus processos sempre exigindo requisições, 03 cotações, aprovações de Diretoria, etc. Você agora deve estar balançando a cabeça e discutindo mentalmente comigo: “mas todas estas formalizações são requisitos imprescindíveis para a transparência e confiabilidade ética de qualquer departamento de Compras!”. Não tiro sua razão e concordo que na nossa profissão “as evidências dos autos” é que demonstram a forma como estamos gerindo o capital da empresa para superiores hierárquicos ou eventuais auditores. Mas não deixa de ser inaceitável limitarmos nossa responsabilidade em atender os anseios do público, escondendo-nos atrás de procedimentos. Em verdade, acredito que o nível de satisfação quanto ao nosso trabalho deve ser alto mesmo com todos os controles que praticamos. Todos conhecem as dificuldades enfrentadas pelos empreendedores brasileiros. Segundo o Sebrae, o tempo médio para a abertura de uma empresa em São Paulo é de 152 dias, entre registros e preenchimento de formulários na Junta Comercial, na Receita Federal, na Secretaria da Fazenda, na Prefeitura, na Vigilância Sanitária, etc. Após a constituição do empreendimento, um novo mar rochoso: pagar dezenas de impostos, atualizar licenças, registrar produtos, FGTS, etc. Mas todas as empresas, das micro às multinacionais, compartilham de um entendimento: o consumidor não se sensibiliza com as dificuldades. Ele procura sempre as empresas que melhor atendem suas necessidades com os produtos oferecidos no tempo certo, nas características corretas e com preços justos. http://www.saudebusinessweb.com.br/blogs/blog.asp?cod=145&arquivo=05/2010

O bom comprador não precisa negociar

Ao senso comum, mas também aos próprios compradores, há uma percepção corrente de que a principal virtude de um profissional da aquisição é ser um bom negociador. Esta visão tende a compreender um desempenho exemplar na condução de processos de compra limitado ao poder de um dos lados da mesa em impor ao “adversário” seus interesses. Os próprios compradores preferem incentivar este perfil, uma vez que esta abordagem lhes confere certo ar de “artistas dos negócios”, abençoados pela experiência ou dons de nascença que lhes conferiram um poder de influenciar pessoas. Porém, a verdade é que comprar profissionalmente requer mais de transpiração do que arte. Por mais que tenhamos um comprador experiente com alta capacidade de comunicação, resultados sustentáveis e confiáveis só surgem quando um trabalho prévio de incentivo á concorrência é fomentado por ele ou sua equipe. Não há forma mais eficaz (se não única) de se obter as condições comerciais mais favoráveis de mercado do que possuir um ambiente recheado de opções, onde a insegurança do fornecimento estimula os competidores/vendedores a estarem sempre alertas quanto aos anseios de seus clientes. Em um cenário com esta configuração, o esforço e dependência da ação negocial do comprador ficam relegados em segundo plano, uma vez que de ator do processo, ele passa a quase agir como um espectador, aguardando o comportamento do mercado mediante o lançamento de suas demandas. É simples como parece. O desempenho do comprador eficaz deve ser medido por sua capacidade de criar ambientes competitivos, de equilibrar a força de sua companhia perante seus fornecedores e de desenvolver constantemente alternativas de abastecimento. Mas, na prática, nem todos conseguem exercer este papel, seja por comodismo, pressão dos clientes internos para manutenção dos fornecedores habituais ou pela incapacidade de ordenar suas atividades a um conceito que extrapole negócios isolados. É óbvio que nem todas as situações de estímulo à concorrência serão bem sucedidas. Mas é função do comprador validar, ao final do processo, um “fracasso” derivado de tentativas e, não, simplesmente, da aceitação bovina das coisas como sempre foram. http://www.saudebusinessweb.com.br/blogs/blog.asp?cod=145&arquivo=09/2010

Em busca de um preço mais justo

As regras de mercado são bastante simples quando a questão se refere à formação do preço dos produtos: vendedores tentam ofertar seus itens pelo maior preço possível, ao passo que os compradores buscarão o menor desembolso pelos insumos comprados. A muitos pode parecer uma máxima limitadora. Isto porque anos de teorias sobre a necessidade de parcerias ganha-ganha fizeram com a busca pela redução dos custos de aquisição ganhasse uma idéia pejorativa de flexibilidade quanto à qualidade dos itens adquiridos ou de deterioração do relacionamento com fornecedores. Se convivêssemos em uma comunidade na qual as vantagens sociedade se sobrepusessem aos anseios de um grupo restrito, seria lógico iniciarmos qualquer relação de mercado com em busca de benefícios mútuos. Mas não é assim. A identificação de um verdadeiro parceiro é um processo longo que, além das virtudes do produto ou serviço, contempla também a conquista do chamado preço justo pela compra. E é bom frisarmos que preço justo não significa o menor preço. Mesmo um bom fornecedor não atrela suas margens de comercialização exclusivamente às despesas oriundas da excelência no atendimento. Sua formação de preços é baseada na existência de alternativas de mercado e na disposição de seus clientes em aceitar ou não suas sugestões de custo. Se você aceita pagar mais caro, dificilmente ele fará um movimento espontâneo para redução do custo. Pense em quantas vezes você já viu isto acontecer. O comprador não deve ter o constrangimento de rediscutir preços com seus bons fornecedores. Ele deve sim identificar quais são os critérios cumpridos que os tornaram diferenciados para, a partir daí, desenvolver alternativas do mesmo nível. Não se surpreenda se após este trabalho os patamares de preço se restabeleçam em níveis inferiores, mesmo com o fornecedor habitual. Talvez sua visão de parceria seja diferente daquela adotada pelo fornecedor. E neste contexto, é sua obrigação, no mínimo, equilibrar entendimentos http://www.saudebusinessweb.com.br/blogs/blog.asp?cod=145 postado por Ronie Oliveira Reyes

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Governo ainda gasta pouco com a saúde, diz Temporão

por Nielmar de Oliveiral Agência Brasil 28/12/2010 Segundo ministro, o País gasta atualmente cerca de 7% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 300 bilhões por ano O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse nesta segunda-feira (27), em entrevista à Agência Brasil, que o governo federal ainda gasta pouco com o setor de saúde, que, em sua avaliação, é financiado em grande parte pelas famílias e pelo setor privado. Segundo Temporão, o País gasta atualmente cerca de 7% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil com a saúde da população - o equivalente a R$ 300 bilhões por ano. "O problema é que apenas 40% desses gastos em saúde são públicos. Os outros 60% são recursos da iniciativa privada. Ou seja, quem financia a saúde pública no Brasil são as famílias e as empresas, pois o governo gasta pouco. É essa equação que tem que mudar. Agora de onde vão sair os recursos novos para melhorar o financiamento do sistema público é um problema que cabe ao Congresso Nacional, ao novo governo e à sociedade resolver". Ao falar do fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), derrubada pelo Congresso Nacional, o ministro - que será substituído por Alexandre Padilha na pasta da saúde do novo governo - Temporão afirmou que o fim da CPMF retirou, em quatro anos, R$ 24 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento para o setor (o PAC da Saúde). O ministro, no entanto, não quis se manifestar sobre a possibilidade da volta da contribuição, como chegou a ser cogitada. "A essa altura do campeonato eu já não sou nem a favor, nem contra - muito pelo contrário. Há, porém, um consenso generalizado entre os especialistas de que o sistema público de saúde precisa de mais recursos. Agora como vai ser feita essa equação de garantia de recursos adicionais, é uma outra questão". http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=74566

Falando sobre Glosas

É uma interessante avaliação, considerar o trabalho dos auditores das operadoras no hospital como parte do controle de qualidade do faturamento. Eu me habituei, quando trabalhei para operadoras de planos de saúde, a orientar minhas equipes para realizar seu trabalho com imparcialidade e, ao encontrar algum material, medicamento ou procedimento não cobrado, informar, dando oportunidade para sua inclusão na conta. Isto acontecia nos anos 80! Nos primórdios da atividade de auditoria em saúde como hoje é desenvolvida, não havia equipe de auditores treinados nos hospitais. Nem na área da enfermagem, muito menos da área médica, quem tinha esta atribuição era o faturamento. Portanto as equipes das operadoras nadavam em águas muito mais calmas do que hoje e mais do que podiam, deviam orientar os hospitais a seguir de maneira mais correta as regras das operadoras. Continuo me reportando aos anos 80, me atrevo até a estender este cenário para os primeiros cinco anos da década de 90... Nos dias de hoje eu não me arriscaria a dizer qual lado é melhor preparado, se operadoras ou hospitais, no tocante a auditoria em saúde. Temos excelentes exemplos espalhados pelo País, nos setores públicos e privados. Pelo menos nos hospitais que dirigi e dirijo atualmente quem faz o controle de qualidade do faturamento é a minha equipe de auditoria interna. Fazemos o controle do processo como um todo, desde a autorização dos procedimentos até sua validação e cobrança.Não considero a glosa um termômetro, mas uma distorção do processo. Quem primeiro deve glosar é a equipe interna, antes do envio das cobranças para o faturamento ou, no máximo, antes do envio das contas para a auditoria dos convênios. Entendo a glosa como a crítica do processo, e o melhor crítico é quem tem interesse direto no bom resultado do processo.Esperar que os auditores das operadoras mostrem aos hospitais falhas nos processos e influenciem na qualidade dos faturamentos é, nos dias de hoje, muita ingenuidade.Me perdoem os críticos, mas quem entende de glosa é auditor em saúde. http://www.saudebusinessweb.com.br/blogs/blog.asp?cod=184

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

SP quer destinar 25% dos leitos de hospitais públicos a clientes de planos

SÃO PAULO - Um projeto de lei complementar apresentado em caráter de urgência pelo governo de São Paulo deve, se entrar em vigor, permitir que os hospitais públicos administrados por organizações sociais de saúde de todo o Estado destinem até 25% de seus leitos para clientes de convênios particulares. A medida se aplica também aos serviços especializados de alta complexidade. Encaminhado à Assembleia Legislativa no dia 29 de novembro, o projeto de lei complementar chegou a ir a plenário na última quinta-feira, 16, ocasião em que recebeu 35 votos favoráveis e 17 contrários e só não foi aprovado por falta do quórum necessário - o que aconteceu na última terça, 21. Na prática, a iniciativa pode autorizar os 20 hospitais estaduais gerenciados por organizações do terceiro setor a atender de forma diferenciada os clientes de planos de saúde privados, cobrando o ressarcimento diretamente das operadoras de convênios. Em sua mensagem, o governador esclarece que a mudança só valerá para as unidades de saúde que prestem serviços de saúde especializado e de alta complexidade e que sejam responsáveis por mais de 50% da oferta em sua região. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, cerca de 40% da população paulista têm convênio particular e, ainda assim, recorrem a unidades públicas especializadas e de alta complexidade com frequência. Juntos, os 20 hospitais gastam R$ 468 milhões por ano com atendimento gratuito aos clientes de planos. O novo projeto, justifica o governo, não só corrigiria essa “distorção” como criaria uma segunda fonte de financiamento aos hospitais públicos, o que garantiria o atendimento aos usuários do SUS. Ainda de acordo com a secretaria estadual, a mudança busca garantir que as unidades de saúde autorizadas - em condições que ainda serão definidas - possam cobrar o ressarcimento dos gastos de quem tem um plano de saúde particular. Em nota, a secretaria garante que não há, hoje, meios legais de os hospitais públicos cobrarem das empresas privadas o ressarcimento dos gastos. Embora o governo estadual sustente que a iniciativa não significará uma restrição de atendimento ou uma diminuição do atual número de leitos destinados aos usuários do SUS, entidades como o Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde de SP (SindSaúde) afirmam que o projeto significa a privatização do sistema criado para atender, indistinta e gratuitamente, qualquer cidadão brasileiro. “Somos totalmente contra o projeto, porque entendemos que ele fere um dos principais princípios do SUS, que é a questão da universalidade, ou seja, atender todo mundo igualitariamente. No momento em que o projeto estipula um percentual para um tipo de atendimento, contraria esse princípio”, declarou Ângelo D´Agostini, diretor executivo do SindSaúde, que acredita que depois do projeto não haverá como não diminuir o número de leitos para quem precisa exclusivamente do atendimento gratuito. “Vai haver menos leitos para as pessoas que dependem do SUS”. Já o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) entende que o projeto é inconstitucional. “A venda de leitos do SUS é proibida. Não há como se cobrar pelo atendimento em um estabelecimento público. Isso é totalmente irregular”, afirmou o presidente do sindicato, Cid Carvalhaes. O Ministério Público de São Paulo concorda que o projeto é inconstitucional e promete ingressar com ação civil pública para impedir que ele entre em vigor. “Um projeto dessa relevância não pode ser votado em menos de um mês. Isso é uma violência contra a sociedade”, disse à Agência Brasil o promotor de Justiça da Promotoria de Direitos Humanos na Área de Saúde Pública, Arthur Pinto Filho. http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,sp-quer-destinar-25-dos-leitos-de-hospitais-publicos-a-clientes-de-planos,657096,0.htm

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Reportagens revelam a corrupção na venda de medicamentos controlados

A reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, mostrou mais uma vez que a corrupção está presente nos mais diversos setores da sociedade brasileira. Com câmeras escondidas, os repórteres gravaram diversos depoimentos sobre as comissões que as farmácias de manipulação pagam aos médicos para induzirem seus pacientes a comprar nos estabelecimentos que possuem esse tipo de parceria. April 19, 2010 Reportagens revelam a corrupção na venda de medicamentos controladosA reportagem deste domingo do programa Fantástico, da Rede Globo, mostrou mais uma vez que a corrupção está presente nos mais diversos setores da sociedade brasileira. Com câmeras escondidas, os repórteres gravaram diversos depoimentos sobre as comissões que as farmácias de manipulação pagam aos médicos para induzirem seus pacientes a comprar nos estabelecimentos que possuem esse tipo de parceria. Longe de ser um fato isolado, a reportagem esteve em farmácias do Rio de Janeiro, Curitiba e Salvador. Em Porto Alegre, o repórter Giovanni Grizotti também registrou irregularidades com remédios de venda controlada. Medicamentos para emagrecer são vendidos por camelôs no centro da cidade. Veja os vídeos aqui http://casagrande.posterous.com/reportagens-revelam-a-corrupcao-na-venda-de-m

SC: PF fecha farmácias com medicamentos falsos

A Operação Tarja Preta, da Polícia Federal, fechou fármacias que vendiam medicamentos falsificados e sem receita médica, em Santa Catarina. Donos de farmácias e farmacêuticos foram presos. Assista o vídeo aqui http://mais.uol.com.br/view/1842866

Fechamento de hospital gera caos na zona oeste do Rio

O fechamento do hospital Pedro Segundo - destruído por um incêndio - provoca reflexos em outras unidades de saúde na zona oeste do Rio de Janeiro. Quem procura atendimento médico tem de ter muita paciência. Assista o vídeo aqui http://mais.uol.com.br/view/6887540

Funcionário é preso após roubar remédio de hospital

Um auxiliar de enfermagem que traficava remédios controlados de um hospital público foi preso em São Paulo. A direção do hospital informou que desconhecia o crime e reconheceu a incapacidade de controlar o furto de medicamentos. Assista o vídeo aqui

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Vigilância Sanitária e Gerenciamento do Risco em Medicamentos

Com a oferta de novas classes de medicamentos no mercado, expande-se a possibilidade de prevenção, tratamento e cura de doenças. No entanto, convive-se com o risco iminente de reações adversas inesperadas, não previsíveis em estudos clínicos, que podem acarretar graves problemas à saúde pública se não identificadas precocemente. Sendo assim, a farmacovigilância aprimora suas técnicas de monitorização, com a finalidade de promover a utilização segura de medicamentos pela população. Farmacovigilância: ciência de gerenciamento do risco de medicamentos Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a farmacovigilância é a ciência e as atividades relativas à identificação, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer outros possíveis problemas relacionados a medicamentos 2. A farmacovigilância se envolve, de forma ativa, na identificação precoce de novas reações adversas, imediatamente após a introdução de novo medicamento no mercado, para melhoria da terapêutica racional em todo o mundo 3. Com isso, torna-se atividade de suporte ao ciclo de gerenciamento de risco. No século XXI ampliou seu campo de atuação, incorporando, além das reações adversas, inefetividade, desvios da qualidade e utilização indevida ou abuso dos medicamentos. Documentos internacionais de gerenciamento do risco para indústria e reguladores Algumas iniciativas impulsionaram a avaliação do risco dos medicamentos no âmbito internacional, utilizando-se das informações provenientes das indústrias farmacêuticas. O Council for International Organizations of Medical Sciences (CIOMS), em seu Grupo I - tema: Reporting of adverse drug reactions -, desenvolve, desde 1990, atividades especializadas com foco em farmacovigilância e risco dos medicamentos. O Grupo II, formado em 1992 - tema: Periodic Safety Update Report (PSUR) -, teve como objetivo favorecer a avaliação do benefício/risco por meio da divulgação, às agências regulatórias de medicamentos da Europa, Estados Unidos e Japão, de dados mundiais sobre a experiência das empresas farmacêuticas, relacionada a reações adversas no período posterior ao registro. No Brasil, o PSUR está em fase de implementação para produtos novos. Essa prática fortalecerá o processo de notificação voluntária e impulsionará a identificação precoce de risco com medicamentos comercializados. Outra proposta, ainda em discussão, na fase de finalização do processo de harmonização, é o estabelecimento de planejamento em farmacovigilância (E2E), que poderá ser muito útil em se tratando de produtos inovadores, produtos biotecnológicos, vacinas e de produtos estabelecidos, que apresentem nova forma de dosagem, nova via de administração ou novo processo de fabricação. Sua aplicação pode ser útil também ao se administrar novo medicamento à nova população, houver novas indicações e surgirem novas informações relacionadas à segurança desses medicamentos.
Riscos dos medicamentos e vigilância sanitária

Além de reações adversas, são problemas relacionados a medicamentos: abuso, má utilização, intoxicação, falha terapêutica e erros de medicação. Há limitação e grande dificuldade de acesso a informações sobre reações adversas nos países em desenvolvimento e países em transição. Esse problema pode ser agravado pela falta de legislação e regulação apropriadas, pela existência de grande número de medicamentos com desvios de qualidade e produtos falsificados, pela falta de informações independentes e pela utilização irracional de medicamentos . A Vigilância Sanitária é uma das áreas mais antigas da saúde pública. No Brasil, é definida pelo art. 6º da Lei n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990 9, como “um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde abrangendo: I – o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e II – o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. Essa definição inseriu o conceito de risco e harmoniza o papel do estado com sua função reguladora da produção econômica, do mercado e do consumo, ambos em benefício da saúde humana. O termo risco deriva da palavra italiana riscare, cujo significado é navegar entre rochedos perigosos. Foi incorporada ao vocabulário francês por volta de 1660 10. Sendo o risco inerente à vida, intensificou-se com o processo de constituição das sociedades contemporâneas a partir do final do Renascimento e início das revoluções científicas, quando ocorreram intensas transformações sociais e culturais associadas ao forte impulso nas ciências e nas tecnologias. As ações da vigilância sanitária se inserem no âmbito das relações de produção e consumo, de que se origina a maior parte dos problemas de saúde que requerem intervenção. Por seu caráter interdisciplinar, as ações de vigilância sanitária convivem com diferentes abordagens de risco. Entre elas, pode-se mencionar o conceito de risco epidemiológico e o da própria experiência cotidiana. Segundo Tenner, as novas tecnologias fazem com que os problemas das iatrogenias se tornem cada vez mais diversificados e complicados, e o progresso tecnológico impõe vigilância maior para a mesma dose de risco. Em geral, a utilização de tecnologias mais avançadas pode produzir resultados melhores, mas exige estritos controles e critérios. Os médicos e outros profissionais da saúde devem ter qualificação muito mais profunda, o que nem sempre ocorre, e os produtos, instrumentos e aparelhos devem ter sua qualidade devidamente monitorada, o que é ainda mais difícil, em especial nos países menos desenvolvidos. Contudo, este texto tratará apenas do risco associado a utilização de medicamentos. A limitação de informações durante a fase pré-registro - em que se realizam exames clínicos, caracterizados pelo número restrito de pacientes, sendo excluídas, dos testes, crianças, idosos e mulheres grávidas - tende a minimizar os riscos passíveis de ocorrerem na prática clínica pós-registro. Existe a possibilidade de que eventos adversos raros, porém graves (como os que ocorrem com freqüência de uma em cinco mil), não sejam identificados no desenvolvimento do medicamento anterior ao registro. Por exemplo, a discrasia sangüínea fatal, que ocorre em um de cada cinco mil pacientes tratados com medicamento novo, é provável que seja identificada somente após quinze mil pacientes terem sido tratados e observados, contanto que a incidência prévia de tal reação seja zero ou que haja associação causal clara com o medicamento. Logo, a importância de sistema eficiente para tratar os riscos e crises relacionadas à segurança de medicamentos torna-se cada vez mais evidente. No que diz respeito a utilização de medicamentos, a análise de risco em farmacovigilância não difere essencialmente do que ocorre em outras áreas que incorporam novas tecnologias. O primeiro passo da análise do risco consiste na sua identificação, o segundo na quantificação, e o terceiro na avaliação de sua aceitabilidade social. A identificação do risco é a identificação de problema de segurança desconhecido antes da comercialização do medicamento, ou ao menos quando haja suspeita de sua existência. São diversas as fontes de informação que ajudam a identificar novos riscos. Em geral, qualquer estudo é relevante, mas o procedimento mais habitual é a de identificação de casos clínicos individuais ou de séries de casos em que haja suspeita de que a doença esteja associada à utilização do medicamento. Identificado novo risco, segue-se a estimativa, que consiste em quantificar a força da associação entre a reação adversa e o fármaco e sua incidência. Posteriormente, faz-se avaliação do risco, ou seja, analisa-se o risco identificado e quantificado, a fim de avaliar se é aceito pela sociedade e em que condições. Todo o processo de identificação, análise, quantificação e comunicação denomina-se gestão do risco. Nesse contexto, a farmacovigilância exerce três ações relevantes: a) adota medidas administrativas de redução do risco; b) comunica aos profissionais de saúde e aos pacientes a existência do risco, as medidas adotadas e as recomendações; c) estabelece estratégias específicas de prevenção. Seguindo essa linha de pensamento, pode-se afirmar que as ações de vigilância sanitária tornam-se evidentes e constituem tanto ação de saúde quanto instrumento da organização econômica da sociedade, pois sua função protetora engloba cidadãos, consumidores e produtores. Considerações finais Ao tratar das reações adversas e outros problemas relacionados a medicamentos comercializados, a farmacovigilância protege a população de danos que possam ser causados pela utilização de produtos dessa natureza. Portanto recomenda-se, especialmente às vigilâncias sanitárias e indústrias farmacêuticas, que tenham como diretriz de trabalho o gerenciamento do risco, e que este se inicie imediatamente após o lançamento de novo medicamento no mercado, visando a minimização do dano e redução do risco. Referências Bibliográficas (1) Sykes RB. New medicines, the practice of medicine and public policy. London: The Stationery Office, 2000. 202 p. ISBN 0-11-702676-X (2) World Health Organization. the Uppsala Monitoring Centre. The importance of pharmacovigilance. Safety monitoring of medicinal products. Uppsala: the UMC, 2002, 48 p. ISBN 92-4159-015-7 (3) Lindquist, Marie. Seeing and observing in international pharmacovigilance. Achievements and prospects in Worldwide drug safety. Uppsala: the Uppsala Monitoring Centre, 2003. p. 14. (4) Panos Tsintis and Edith La Mache. Cioms and ICH Initiatives in Pharmacovigilance and Risk Management. Overview and Implications. Drug Safety 2004; 27 (8): 509-517. (5) Brian Edwards. Managing the Interface with Marketing to Improve Delivery of Pharmacovigilance Within the Pharmaceutical Industry. Drug Safety 2004; 27 (8): 609-617. (6) Jane NS. Moseley. Risk Management. . European Regulatory Perspective.. Drug Safety 2004; 27 (8): 499-508. (7) ICH. Pharmacovigilance Planning (E2E). International Conference on Harmonisation of Technical Requirements for Registration of Pharmaceuticals for Human Use. 18 November 2004. 16 p. Via internet em 16 de fevereiro de 2005. (8) Segurança dos Medicamentos. Um guia para detectar e notificar reações adversas a medicamentos. Por que os profissionais de saúde precisam entrar em ação. ANVISA, OPAS, OMS. 2005. 20 p. (9) Brasil. Lei nº 8080, de 19 de setembro de 1990. (10) Rosa EA, Renn O, Jaeger C. et al., 1995. Risk as Challenge to Cross-Cultural Dialogue.32th Congress, "Dialogue Between Cultures and Changes in Europe and the World", Trieste (Italy), Internationational Institute of Sociology, 03-07 July, 1995. (11) Costa EA, Rozenfeld S. Construção da Vigilância Sanitária no Brasil. In: Rozenfeld S. (org). Fundamentos da Vigilância Sanitária. Ed. FIOCRUZ, RJ, p. 304, 2000. Publicado na Revista Fármacos & Medicamentos 34 (Maio/Junho 2005)

Ministério Público aponta falha na gestão de medicamentos em Pelotas

A busca de respostas por parte do Conselho Municipal de Saúde sobre o controle e a distribuição de remédios em Pelotas ganhou um novo capítulo ontem com a divulgação de informações do inquérito solicitado pelo Conselho ao Ministério Público no final de maio. O órgão, por meio de investigações, comprovou que existem falhas no processo realizado pela Secretaria Municipal de Saúde. Em visitas às Unidades Básicas de Saúde (UBS), o Conselho descobriu que grande parte dos medicamentos estava em falta, no entanto, nos depósitos municipais, caixas se amontoavam e remédios venciam sem sair do local. De acordo com o Promotor de Justiça Paulo Charqueiro, as investigações do MP corroboram a denúncia de armazenamento inadequado realizado pela Saúde. - Foram encontrados também remédios vencidos, mas em número insignificante. Além disso, apuramos que não há um funcionário nos postos responsável pelos medicamentos – aponta.
O próximo passo do inquérito será ouvir o secretário de Saúde Francisco Isaias, o que deve acontecer até o final deste mês, informa Charqueiro. O levantamento dos remédios em falta nas UBS foi rebatido por Isaias, que procurado, disse que grande parte dos medicamentos não podia estar nos postos por ser de uso controlado e que sua retirada devia ser feita na Farmácia Municipal, como os psicofármacos. Para o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Luiz Guilherme Belletti, embora a listagem contenha remédios de uso controlado, os mesmos deviam estar disponíveis nas UBS devido aos atendimentos. - Se um paciente tem um surto e precisa de um psicofármaco, em alguns postos o médicos não vai ter o que dar para ele – argumenta. Sobre o armazenamento inadequado comprovado por fotos realizadas em agosto pelo Conselho, Isaias disse que os problemas já foram solucionados e que farmacêuticos responsáveis têm feito esse controle. Ainda disse que a mudança de endereço a ser realizada neste mês da Farmácia Municipal vai centralizar os depósitos de Pelotas, melhorando o acondicionamento dos remédios. http://wp.clicrbs.com.br/pelotas/2010/11/11/ministerio-publico-aponta-falhas-na-gestao-de-medicamentos-na-rede-municipal/

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Gestão de Estoques/ Padronização de Medicamentos

Gestão dos estoques da farmácia hospitalar Dentre as estratégias ligadas à gestão dos estoques da farmácia hospitalar estão aquelas envolvendo a seleção dos produtos mais adequados ao perfil de utilização dos mesmos por cada organização de saúde, incluída a padronização de medicamentos (BOND; RAEHL; FRANKE, 1999). Padronização de medicamentos A farmácia hospitalar, no âmbito de sua atuação, comporta-se como uma unidade de negócios, dados os seus relacionamentos comerciais com os laboratórios farmacêuticos, com os fabricantes dos diferentes produtos, com distribuidores e com os representantes comerciais. Gerir medicamentos na área hospitalar é deparar-se com uma grande variedade de produtos (cerca de 50000 itens diferentes se encontram à disposição dos profissionais médicos), com o compromisso de não permitir a ocorrência de stockout, sinônimo de morte, perdas ou fracasso organizacional (PORTELA, 2001). Quanto maior a habilidade da farmácia hospitalar em administrar seus produtos de forma racional, maior será sua capacidade de oferecer à clientela bens e serviços de qualidade e com baixos custos operacionais. Se, em cada ala ou setor do hospital, as equipes médicas e de enfermagem adotarem rotinas diferentes para o uso destes produtos (como diluições diferentes, concentrações diferentes e métodos de conservação diferentes), as medidas terapêuticas implicarão em maior ônus para a instituição (com desperdícios e obsolescências). O emprego racional dos medicamentos, incluindo sua padronização, é traduzido, portanto, em redução dos custos das organizações hospitalares (KLÜGL, 1999). Padronizar produtos abrigados em estoques é uma forma de normalização e auxilia na racionalização dos custos. Dentre as formas de racionalização, a padronização de medicamentos é uma das soluções mais viáveis, pois procura definir o quê se deve manter em estoques. Racionalizar custos com medicamentos implica em seguir normas técnicas que regulamentam o processo de formulação e aplicação de regras para o tratamento ordenado de uma atividade específica, segundo a International Organization for Standardization (ISO) (CUNHA, 1979). A redução do custo dos estoques da farmácia hospitalar é conseguida através do adequado abastecimento em produtos e serviços utilizando, se possível, processos que permitam sua padronização. Padronizar medicamentos significa escolher, dentre uma relação de produtos e de acordo com determinadas especificações, aqueles que atendam às necessidades de cobertura terapêutica da população-alvo que se deseja tratar (ANGARAN, 1999). Dentre os objetivos primários que se deseja alcançar com a padronização de medicamentos estão a redução dos custos de aquisição dos produtos, a remoção de diferentes obstáculos durante os processos de compras, o estabelecimento de maiores interações com os fornecedores, a redução dos custos de produção, a diminuição dos custos de manutenção dos produtos em estoques e a facilitação dos procedimentos de armazenagem e manuseio dos medicamentos, propiciando vantagens à instituição hospitalar como um todo (BARBIERI; MACHLINE, 2006). Dentre as vantagens advindas da padronização de medicamentos, encontram-se: a) Para os pacientes - existe a confiança do uso do medicamento correto e a satisfação psíquica por não necessitar adquirir quaisquer outros remédios pertinentes ao seu tratamento, dos quais o hospital não disponha; b) Para os médicos e para a enfermagem - ter a certeza de que os medicamentos disponíveis na farmácia hospitalar são adequados aos tratamentos propostos, garantindo aos pacientes a fidelidade em atender as prescrições e maior interação entre as equipes; c) Para a farmácia hospitalar e para o hospital - melhor controle dos produtos abrigados em estoques, através da menor diversidade de itens e benefício através da redução do custo dos estoques, da diminuição de pessoal ligado às estratégias de controle e redução do espaço físico destinado à farmácia (PATERNO, 1990). Contudo, os profissionais médicos muitas vezes se opõem à padronização de medicamentos, em função de interesses pessoais, sem a preocupação com a gestão dos custos hospitalares (MCKEE; HEALY, 2000). Estratégia para a padronização de medicamentos Para atingir uma padronização dos produtos da farmácia que contemple adequadamente as necessidades dos pacientes, determinados parâmetros são seguidos. Dentre estes, formar uma comissão de padronização de medicamentos (para estabelecer os critérios para inclusão/exclusão de produtos e revisar continuamente os itens padronizados); considerar o perfil epidemiológico das doenças prevalentes e/ou incidentes na população assistida pela instituição hospitalar; adotar o nome farmacológico para relacionar os medicamentos (mencionando, junto a este, a concentração e a forma de apresentação); selecionar fármacos com valor terapêutico comprovado, de menor toxicidade e de fácil aquisição no mercado; reunir os produtos em grupos farmacológicos semelhantes (classificação), reduzindo a variedade desnecessária de materiais (simplificação) e adotando uma codificação (para facilitar a identificação dos remédios); e, finalmente, criar um manual impresso ou virtual, que possa ser consultado facilmente pelos profissionais envolvidos (CAVALLINI; BISSON, 2002). Contudo, devemos lembrar que preferências por um determinado medicamento ou grupo de produtos, por parte dos médicos, e as pressões exercidas pela indústria farmacêutica sobre os responsáveis pelas aquisições de remédios, são as maiores barreiras encontradas para a padronização de medicamentos em hospitais, ocasiões em que, nem sempre, são respeitados os princípios éticos vigentes (MCKEE; HEALY, 2000). Diferentes técnicas gerenciais facilitam o processo de padronização. Um desses métodos seria a classificação ABC, utilizado para a administração de estoques, para a definição de políticas de vendas, para estabelecimento de prioridades, para a programação da produção e uma série de outros problemas usuais nas empresas (DIAS, 1994).
http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/962.pdf

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Compras centralizadas e serviços descentralizados, os hospitais padecem

Compras de medicamentos e materiais hospitalares centradas em órgãos que não exercem atividades ligadas efetivamente com saúde e não entendem das questões hospitalares seus entraves, particularidades, urgências, e emergências na maioria das vezes deixará a desejar, acarretando transtornos irreversíveis ás instituições hospitalares que dependem dele. Alguns governos estaduais descentralizam serviços, muitas vezes sobrecarregando instituições e centralizam ações de compras de materiais em superintendências de aquisição de insumos hospitalares outras vezes deixam a cargo de secretarias o que é pior ainda, falta compromisso direto com o paciente, aplicam metodologias de compras que visam apenas atender políticas eleitoreiras e demagógicas. E isso acontece porque? É simples, se ele não está presenciando as situações intra-hospitalares não sente o que elas causam, claro falta de comprometimento com as funções que exercem. Alguém que tenha que comprar um medicamento para um paciente que se encontra internado em estado grave em um hospital a quilômetros de distância, não pode calcular o transtorno que esta falta ou atraso acarreta para a equipe e principalmente para o paciente. Estes compradores muitas vezes exercem o fictício “corte de gastos”, na prática acontece é o desvio, algumas vezes para as contas de laranjas e outras para áreas que possam beneficiar a si mesmo, parentes ou empresários que os apoiaram nas eleições. Um mecanismo que vem apresentando bons resultados é a compra através de pregão eletrônico, que aumenta a concorrência entre os fornecedores e estas podem oferecer melhores preços tendo em vista que não precisam deslocar funcionários até o local da venda. A impossibilidade de fazer a aquisição do medicamento pelo próprio hospital gera angústias, stress no ambiente hospitalar, tendo em vista que a falta deste medicamento leva a descontinuidade do tratamento. Mas os senhores doutores, que estão nas cadeiras almofadadas em suas salas refrigeradas por um grande e potente ar condicionado, não estão vendo este paciente que agoniza por falta do insumo hospitalar, mesmo que o hospital lhe comunique inúmeras vezes ele jamais tem a noção real do que se esteja falando. Enquanto isso o paciente sofre, muitas vezes dividindo um quarto com vários outros internos e disputando um lugar em frente ao ventilador. Digo que a centralização das compras de materiais hospitalares em locais fora da instituição, longe dos acontecimentos reais é punir duas vezes, pois naturalmente o ambiente hospitalar por suas características já é angustiante, por mais que a humanização esteja tentando amenizar este “lidar constantemente com o limiar da vida”, a falta de equipamentos e materiais para uso no processo de “cuidar” do paciente acarreta uma segunda angústia nos trabalhadores da saúde. Defendo que as compras de materiais hospitalares, mesmo que não no todo pelo menos em partes sejam feitas pela própria instituição, as pessoas que ali estão conseguem ter a dimensão da dor dos pacientes e a gravidade que é a falta ou atrasos na chegada do insumo gera para todos dentro do hospital. A fiscalização deve sim existir e tem que ser sempre rigorosa, por parte da secretaria de saúde, órgão este que tem que atuar como implementador, regulador e fiscalizador das políticas públicas, cabendo a ele também gerir a parte dos recursos que lhe cabe repassar aos hospitais para que estes posam realizar bem suas funções focadas sempre no paciente.
http://www.plugbr.net/compras-centralizadas-e-servicos-descentralizados-os-hospitais-padecem/

Rio: fraudes em compras de materiais hospitalares

Uma operação da Polícia Civil desmontou uma quadrilha acusada de fraudar compras de materiais, de hospitais públicos do Rio. Cinco pessoas foram indiciadas por formação de quadrilha. Entre elas, médicos e empresários.
Materiais e medicamentos são um alvo fácil muito cobiçado, a reportagem é do mês de abril de 2010, mas vale à pena conferir pois este fato não foi o primeiro e certamente não será o último que assistiremos.
O vídeo está no link abaixo:

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Custos médico-hospitalares crescem 9,4% em junho

por Instituto de Estudos de Saúde Suplementar 09/12/2010 Número médio de consultas por beneficiário manteve-se constante nos últimos 12 meses, refletindo na frequência de outros procedimentos Em junho de 2010 a variação dos custos médicos hospitalares, VCMH/IESS, calculado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, IESS, foi de 9,4%, após variação de 13,1% em junho de 2009, período anterior. o dobro do IPCA do período (julho09-junho10 em relação à julho08-junho09). A variação de custo acumulada nos últimos 24 meses terminados em junho de 2010 foi de 23,7%. Conheça outras análises macroeconômicas da saúde suplementar no IESS. Após crescimento na frequência de consulta nos anos anteriores, fato que aumentou o número de consultas médias realizadas pelos beneficiários no ano, em junho de 2010 o número médio de consultas por beneficiário manteve-se constante nos últimos 12 meses. Essa constância reflete na frequência de outros procedimentos, já que, na maior parte das vezes, é na consulta que se originam as demandas pelos demais serviços de saúde. É possível que o VCMH volte a crescer ainda neste ano pela incorporação de novas atualizações no Rol de Procedimentos, que entrou em vigor em junho de 2010. Entende-se por Custos Médico-Hospitalares o total das despesas assistenciais pagas pelas operadoras de planos e seguros de saúde para os planos individuais. Criado pelo IESS, o VCMH é um índice que mede a variação anual dessas despesas, pela média móvel de 12 meses em relação aos dozes meses imediatamente anteriores. O custo de uma operadora de planos de saúde é formado por dois componentes, preço e frequência de uso e sua variação é o efeito combinado da variação destes dois fatores. Por exemplo, se o preço médio do procedimento cresceu 7% e a frequência de uso 3%, a variação do custo será de 10,21%. Portanto, enquanto o preço variou 7%, o custo variou 10,21%. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=74101&utm_source=newsletter_20101209&utm_medium=email&utm_content=Custos%20médico-hospitalares%20crescem%209,4%25%20em%20junho&utm_campaign=SaudeBusinessWebNewsletter

Novas regras para prescrição de antibióticos

Segue o link de esclarecimento e o texto abaixo que cita as farmácias hospitalares. SNGPC: Novas regras para retenção e escrituração de medicamentos antimicrobianos 29 de outubro de 2010 A Coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados – (CSGPC) informa que foi publicada no dia 28 de outubro de 2010 no Diário Oficial da União a Resolução-RDC nº 44, de 26 de outubro de 2010 que dispõe sobre o controle de medicamentos a base de substâncias classificadas como antimicrobianos. Esclarecemos abaixo alguns pontos importantes desta resolução que estão relacionados ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados – SNGPC. A RDC nº 44/2010 estabelece o controle para todos os antimicrobianos de uso sob prescrição. Desta forma todas as formas farmacêuticas comercializadas que possuem tarja vermelha e são de venda sob prescrição, deverão obrigatoriamente ser escrituradas no SNGPC, incluindo antimicrobianos de uso dermatológico, ginecológico, oftálmico e otorrinolaringológico. Com relação à escrituração dessas substâncias no SNGPC, esclarecemos que todas as empresas que já utilizam esse sistema bem como aquelas que não o possuem deverão realizar a escrituração somente a partir do dia 25 de abril de 2011 (180 dias contados da data de publicação da resolução). Informamos que antes deste prazo não é necessária a escrituração no SNGPC, apenas a retenção da receita (receita de controle especial – duas vias), a qual passará a ser obrigatória a partir do dia 28 de novembro de 2010. Informamos que antes do prazo para iniciar a escrituração (25/04/2011), esta coordenação irá publicar um informe técnico contendo todos os procedimentos que deverão ser adotados pelos estabelecimentos para inclusão dos medicamentos antimicrobianos no SNGPC. Esclarecemos ainda que as retenções e escriturações de receitas deverão ser realizadas em todas as farmácias e drogarias, públicas ou privadas, entretanto, somente realizarão a escrituração no SNGPC as farmácias e drogarias privadas. As farmácias e drogarias de natureza pública e aquelas de unidades hospitalares deverão realizar a escrituração em Livro de Registro Específico para medicamentos antimicrobianos ou por meio de sistema informatizado previamente avaliado e aprovado pela Autoridade Sanitária competente. Esta escrituração também deverá ocorrer somente a partir do dia 25 de abril de 2011. Em relação à guarda dos medicamentos antimicrobianos, continua da forma com esta, ou seja, estes deverão continuar nas prateleiras. Diante disso, não será necessária a guarda destes em armários ou salas exclusivas, assim como, as farmácias e drogarias não terão que fazer nenhuma petição de alteração de AFE ou AE para comercializar os antimicrobianos. FONTE: http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/informetecnico/!ut/p/c5/04_SB8K8xLLM9MSSzPy8xBz9CP0os3hnd0cPE3MfAwMDMydnA093Uz8z00B_A3dTU6B8JE55A38jArrDQfbh1w-SN8ABHA30_Tzyc1P1C3IjDLJMHBUBj2nhFA!!/dl3/d3/L0lDU0lKSWdra0EhIS9JTlJBQUlpQ2dBek15cUEhL1lCSlAxTkMxTktfMjd3ISEvN19DR0FINDdMMDBHMTg3MEk4RzVGQlVDMzBWMQ!!/?WCM_PORTLET=PC_7_CGAH47L00G1870I8G5FBUC30V1_WCM&WCM_GLOBAL_CONTEXT=/wps/wcm/connect/anvisa/anvisa/informes+tecnicos/publicacao+informes+tecnicos/29101001

Diferenças em Estoques: um Problema Crescente!

Quando uma significativa diferença entre estoques aparece após a realização do inventário anual, fica difícil encontrar a causa dos problemas com algum grau de certeza. Por outro lado, não podemos ignorar o problema, e ao contrário, devemos identificar as causas e eliminá-las se possível. As diferenças em estoques podem ocorrer devido a diversas razões: registro incorreto de dados, furtos, fraudes em vendas, etc. Esses problemas custam cerca de US$ 30 bilhões por ano aos varejistas norte-americanos, segundo pesquisa realizada anualmente com as 118 maiores redes varejistas dos EUA. Perde-se o equivalente a 2% das vendas em diferenças em estoques. Lá essa cifra já supera os roubos a carros, residências e bancos. O impacto disso para o consumidor é muito grande; as compras realizadas no varejo acabam custando US$ 440,00 por ano a mais para cada cliente em função dos repasses com as diferenças em estoques. A causa mais comum, em geral, está relacionada ao registro incorreto das informações, já que lidamos com centenas ou milhares de entradas diárias, de diferentes materiais ou produtos acabados e de diferentes origens. Os maiores problemas ocorrem nas docas de recebimento, tanto para itens fracionados ou páletes completos. Um simples erro, como o registro de 100 unidades ao invés de 10, poderá inflacionar um determinado item recebido, gerando problemas no montante em estoques, disponibilizando 90 unidades a mais para venda do que realmente existe fisicamente. E além disso tudo, poderá gerar problemas para o gestor de materiais ao programar novas quantidades a serem recebidas das fontes fornecedoras. Felizmente, erros como esses são fáceis de serem detectados e corrigidos. Embora cansativa e tediosa, a conferência “cega” e a verificação dupla no recebimento devem se tornar procedimento padrão nas empresas, pois revelam a causa de uma importante parcela dos problemas com inventários. Erros constantes em estoques geram conflito com a área de Vendas e com Clientes, já que estes deixam de confiar nas informações disponibilizadas. Outro importante fator gerador de diferenças em estoques corresponde aos furtos realizados por funcionários de armazéns, embora muita gente afirme, com certeza, que isso não acontece em sua empresa. Maior do que parece ser (e do que realmente sabemos), os furtos, muitas vezes envolvem funcionários dedicados, pontuais e participativos. O furto é facilmente camuflado como procedimento operacional padrão. Em um armazém circulam milhares de embalagens de produtos de forma regular e constante, essas atividades, muitas vezes caótica, funcionam como uma “cortina de fumaça” perfeita para o furto. Um estudo realizado pela Universidade da Flórida, em parceria com uma empresa americana de segurança, constatou que 48,5% das diferenças em estoques estavam atreladas ao furto por empregados, representando um custo de cerca de US$ 15 bilhões anuais. Muitas empresas têm investindo em tecnologia para reprimir ou dificultar esse tipo de problema. Tecnologia, sozinha, não eliminará o problema de furto de mercadorias em armazéns. Lembre-se que apesar da automação de algumas atividades, os armazéns continuam sendo áreas de uso intensivo de mão-de-obra e a falta de pessoal qualificado tem sido uma grande dor de cabeça para as empresas. E muitos deles estocam materiais atrativos como CDs, DVDs, cosméticos, alimentos, remédios, telefones celulares, produtos de higiene e limpeza, eletroeletrônicos, etc. As empresas que quiserem eliminar esse tipo de problema deverão, além do investimento em tecnologia e em outros processos internos, promover um alto nível de satisfação nos diferentes níveis de colaboradores, rever suas práticas internas de gestão dos inventários e alterar algumas de suas políticas internas. O problema é grave e continua crescendo. O impacto no retorno sobre os investimentos, valor econômico agregado e lucratividade das empresas é gigantesco! Arregace as mangas e procure resolver o problema! Marco Antonio Oliveira Neves - Diretor da Tigerlog Consultoria, Treinamento e Hunting em Logística http://www.logvale.com.br/html/mercado.php?id=15

Cálculo de Dosagem de Medicamento

No cálculo da dosagem medicamentos, vários aspectos devem ser levados em consideração. Primeiramente, o conhecimento técnico sobre o medicamento e seu mecanismo de ação é essencial para determinar qual a dose indicada a um paciente determinado, levando-se em consideração suas características físicas (peso e idade), e metabólicas. Contudo, na prática, ao efetuar um cálculo de dosagem de medicamentos, é comum levar em consideração somente a massa corporal do paciente. Isso ocorre porque, via de regra, a dosagem específica e eficaz do medicamento já vem pré-determinada pelos laboratórios. Cabe ao prescritor, contudo, efetuar o cálculo de dosagem dos medicamentos, para adequar essa dosagem à necessidade ao paciente. Assim, é importante conhecer os cálculos básicos utilizados nessa adequação. Nesse sentido, podemos citar o mais importante cálculo de adequação de dosagem: Regra de três A regra de três simples é um processo prático para resolver problemas de razão e proporção, que envolvam quatro valores dos quais conhecemos três. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos outros já conhecidos. Passos utilizados em uma regra de três simples: 1. Agrupar as grandezas da mesma espécie em colunas, mantendo na mesma linha as grandezas de espécies diferentes. 2. Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais. 3. Montar a proporção e resolver a equação. Por exemplo: Uma solução oral foi preparada contendo 20 MG de cloridrato de femproporex por 5 mL de solução. Quantos MG de fármaco estão contidos em 40 mL desta solução? Montando a regra de três: 5 mL da solução → contêm → 20mg de fármaco 40 mL da solução → contêm? → X MG Resolvendo a regra de três: 20/5= X/40 ð 20. 40 = 5. X ð X = 160 MG

Interações Medicamentosas

Atualmente, no mercado nacional, existem cerca 1.500 fármacos com aproximadamente 5.000 nomes comerciais, apresentados sob cerca de 20.000 formas farmacêuticas e embalagens diferentes. Nesse universo, ao contrário do que se pensa, a utilização de vários e novos medicamentos não garante maior benefício ao paciente, pois, junto com as vantagens das possibilidades terapêuticas, surge o risco dos efeitos indesejados das interações medicamentosas. A prescrição simultânea de vários medicamentos e sua administração é uma prática comum utilizada em esquemas terapêuticos clássicos, com a finalidade de melhorar a eficácia dos medicamentos, reduzir a toxicidade ou, ainda, tratar doenças coexistentes. Quando ocorre uma interação farmacológica entre duas ou mais drogas, pode ocorrer a interferência de uma das drogas sobre as outras, alterando o efeito esperado, qualitativa ou quantitativamente. Assim, pode-se obter um sinergismo de ação ou um antagonismo parcial ou total desses efeitos. O conhecimento das propriedades básicas dos fármacos e de sua ação farmacológica é de fundamental importância para um tratamento seguro, eficaz e adequado. INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS
O QUE É UMA INTERAÇÃO FARMACOLÓGICA E QUAIS OS TIPOS DE INTERAÇÕES EXISTENTES? Pode ser definida como a influência recíproca de um medicamento sobre outra substância. Ou seja, quando um medicamento é administrado isoladamente, produz um determinado efeito. Porém, quando este é associado a outro medicamento, a alimentos ou a outras substâncias (como o tabaco, drogas de abuso ou mesmo outros tipos de substâncias com as quais o paciente possa entrar em contato, como inseticidas, produtos de limpeza, cosméticos etc.), ocorre um efeito diferente do esperado, caracterizando uma interação. Essa alteração pode ser qualitativa; ou seja, a resposta farmacológica é completamente diferente dos efeitos habituais do medicamento; ou quantitativa; quando o efeito do próprio fármaco aumenta (sinergia), diminui (antagonismo parcial) ou cessa (antagonismo total). As respostas decorrentes da interação podem acarretar potencialização do efeito terapêutico, redução da eficácia, aparecimento de reações adversas ou ainda não causar nenhuma modificação no efeito desejado do medicamento. Portanto, a interação entre medicamentos pode ser benéfica, causar respostas desfavoráveis não esperadas (adversa), ou apresentar pequeno significado clínico. As interações benéficas, muitas vezes, são fundamentais em diversos tratamentos. No tratamento da hipertensão arterial severa, a combinação de medicamentos com mecanismos de ação diferentes potencializa o efeito do anti-hipertensivo e reduz, de forma mais eficiente, a pressão arterial. O ácido acetilsalicílico com dipirona sódica, quando administrados juntos, tem suas ações analgésicas potencializadas. Por outro lado, as interações podem acentuar os efeitos indesejados dos medicamentos ou interferir na eficácia terapêutica, colocando em risco a vida do paciente. Por exemplo, a administração de barbitúricos com álcool pode levar o paciente ao estado de coma. QUAIS PACIENTES ESTÃO MAIS SUSCEPTÍVEIS A INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS E QUAL A INCIDÊNCIA DAS MESMAS? A incidência de uma interação indesejada aumenta proporcionalmente em relação ao número de fármacos prescritos, principalmente quando os mesmos são associados em dose fixa (fármacos na mesma preparação farmacêutica, como um comprimido ou cápsula). Estima-se que ocorram interações medicamentosas em 3% a 5% dos pacientes que recebam poucos fármacos (dois a três medicamentos). Esse índice aumenta para 20% quando os pacientes utilizam de 10 a 20 medicamentos. Pacientes submetidos à terapia com dois ou mais medicamentos estão expostos aos efeitos das interações adversas, mas determinados grupos são certamente mais susceptíveis, por exemplo, os idosos, os portadores de doenças crônicas, os usuários de dispositivos para infusão de medicamentos intravenosos ou de sonda enteral. Nos idosos, a degeneração dos sistemas orgânicos, o excesso de medicamentos prescritos, o tempo de tratamento, a prática da automedicação e os inúmeros distúrbios de órgãos ou sistemas responsáveis pela farmacocinética dos medicamentos são alguns dos fatores que aumentam a possibilidade de interações adversas. Os portadores de doenças crônicas como cardiopatias, hepatopatias, nefropatias, os com afecções que acometem o sistema imunológico, tais como câncer, síndrome da imunodeficiência adquirida, lúpus, artrite reumatóide, ou que são submetidos à terapia com agentes imunossupressores (corticosteroides, quimioterápicos antineoplásicos, modificadores de respostas biológicas, entre outros) são expostos a protocolos de tratamento com múltiplos medicamentos e por tempo prolongado. Esses são fatores importantes que, quando combinados, podem aumentar as chances de reações indesejáveis e agravar o quadro do paciente. Os usuários de cateteres venosos e os de sonda para dieta enteral são frequentemente portadores de distúrbios do sistema digestório, capazes de afetar o movimento e aproveitamento das moléculas dos medicamentos no organismo. Nos pacientes de unidades de terapia intensiva, a infusão contínua de medicamentos vasoativos e a administração contínua de outros (antibióticos, analgésicos, ansiolíticos, antieméticos) são comuns e necessárias; em contrapartida, essas são situações potenciais para ocorrência de interações adversas, especialmente quando não são considerados cuidados em relação à compatibilidade entre os medicamentos e os intervalos de administração entre eles. Triturar comprimidos ou drágeas para a administração dos medicamentos pela sonda enteral pode facilitar a associação de agentes não compatíveis entre si, causando reações indesejadas. Além disso, os nutrientes da dieta podem interferir na ação dos medicamentos. COMO AS INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS PODEM SER CLASSIFICADAS? Os medicamentos podem interagir durante o preparo, no momento da absorção, distribuição, metabolização, eliminação ou na ligação ao receptor farmacológico. Dessa forma, as interações são classificadas de acordo com o momento em que acontecem: 1 - Interações farmacêuticas (ou incompatibilidade) são interações do tipo físico-químicas que ocorrem quando dois ou mais medicamentos são administrados na mesma solução, ou misturados no mesmo recipiente, e as características do produto obtido são alteradas, inviabilizando a terapêutica. Por exemplo, dois medicamentos são misturados em uma mesma seringa, provocando uma reação físico-química e causando precipitação ou turvação da solução, alteração da cor do medicamento ou resultando na inativação de um ou de ambos os medicamentos. 2 - Interações farmacocinéticas são aquelas em que um fármaco altera a velocidade ou a extensão de absorção, distribuição, biotransformação ou excreção de outro fármaco. Fase de absorção: a absorção de uma droga pode ser reduzida por drogas que diminuem a motilidade do trato digestivo (como a atropina ou opiáceos) ou acelerada por drogas pro cinéticas (como a metoclopramida). Drogas que são ácidos fracos são absorvidas em meio ácido, logo, sua absorção será diminuída por antiácidos (por exemplo, bloqueador H2 e barbitúricos). O contrário vale para as drogas que são bases. A absorção pode ser reduzida pela formação de compostos insolúveis (como o Cálcio ou o Ferro). Parafina pode reduzir absorção de drogas lipossolúveis. Inibidores da monoaminoxidase (IMAO’s) impedem a degradação da tiramina (substância presente no queijo, vinho, chocolate, abacaxi, presunto, etc.) no trato gastrointestinal (TGI), e, se forem absorvidos em uma refeição rica em tiramina, podem causar efeito vasopressor agudo. Fase de distribuição: ocorre pela competição das drogas por proteínas plasmáticas, e depende da interação da droga A com albumina e da concentração da droga B. A droga livre é a que tem efeito, logo, ao ocorrer deslocamento de uma droga, haverá aumento dos efeitos e da toxicidade da droga deslocada. Exemplos de agentes deslocadores: fenilbutazona, aspirina, paracetamol, dicumarol, clofibrato, sulfonamidas. Exemplos de drogas deslocadas: warfarina, tolbutamina, metotrexato. Fase de biotransformação: a metabolização das drogas ocorre principalmente em nível hepático, pelas enzimas microssomais, para tornarem-se mais hidrossolúveis e serem eliminadas por via renal ou biliar. Existe o citocromo C redutase e o citocromo P 450, que são um conjunto de enzimas. Essas enzimas podem sofrer indução ou inibição por drogas. Essas reações geram tolerância ou sensibilidade e têm reação cruzada, ou seja, o efeito de uma droga repercutirá no metabolismo das outras drogas que usam a mesma via metabólica. A indução enzimática causa diminuição nos efeitos e tolerância (exemplos: barbitúricos, fenitoína, rifampicina, etanol, carbamazepina, fenilbutazona, fumo, anti-histamínicos, haloperidol, griseofulvina). A inibição enzimática causa redução da eliminação, aumenta os efeitos e a toxicidade (exemplos: dissulfiram, corticosteroides, cimetidina, inibidores da MAO, cloranfenicol, halopurinol e ISRS). Fase de excreção: podem ocorrer por alterar a taxa de filtração, inibir a secreção tubular, diminuir a reabsorção, alterar o fluxo urinário, alterar o pH urinário. Quanto ao pH urinário, a urina ácida favorece a excreção de drogas básicas. Exemplo: a excreção de anfetaminas e narcóticos é diminuída quando é administrado bicarbonato, e aumentada com a ingestão de vitamina C.
3 - Interações farmacodinâmicas ocorrem no local de ação dos fármacos (receptores farmacológicos), sendo capaz de causar efeitos semelhantes (sinergismo) ou opostos (antagonismo). O efeito resulta da ação dos fármacos envolvidos no mesmo receptor ou enzima. Um fármaco pode aumentar o efeito do agonista por estimular a receptividade de seu receptor ou inibir enzimas que o inativam no local de ação. A diminuição de efeito deve-se à competição pelo mesmo receptor, tendo o antagonista puro maior afinidade e nenhuma atividade intrínseca. O sinergismo pode ocorrer com medicamentos que possuem os mesmos mecanismos de ação (aditivo), com os que agem por diferentes modos (somação) ou com aqueles que atuam em diferentes receptores farmacológicos (potencialização). Das associações sinérgicas podem surgir efeitos terapêuticos ou tóxicos. No antagonismo, o efeito de um medicamento é suprimido ou reduzido na presença de outro, muitas vezes pela competição destes pelo mesmo receptor. São tipos de interações que podem gerar respostas benéficas ou acarretar ineficácia do tratamento. QUE FATORES LIGADOS À ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS PODEM LEVAR A UMA INTERAÇÃO? Os medicamentos precipitadores são capazes de arremessar outros agentes para fora do local de ação original e assim afetar o efeito desejado. Fazem parte desse grupo os indutores e inibidores enzimáticos (exemplos na tabela abaixo), os que são altamente ligados às proteínas plasmáticas (por exemplo, a aspirina, a fenilbutazona e as sulfonamidas) e os que alteram a função renal (por exemplo, a furosemida e a probenecida). Os medicamentos denominados alvo ou objetos são aqueles que, quando passam por alguma alteração em sua dose (mesmo que pequena), proporcionam grande modificação no efeito. Nesses casos, a interação frequentemente resulta na diminuição da eficácia terapêutica do medicamento. Entretanto, para aqueles medicamentos que possuem estreito índice terapêutico, as interações produzem ampliação da toxicidade. São exemplos desses medicamentos os antibióticos aminoglicosídeos, os antiarrítmicos, os anticoagulantes, os anticonvulsivantes, os anti-hipertensivos, os glicosídeos cardíacos, os hipoglicemiantes, os quimioterápicos antineoplásicos e alguns imunossupressores. CONCLUSÃO Deve-se sempre lembrar que qualquer substância que venha a ser ingerida pelo indivíduo sem a intenção de promover um efeito terapêutico (como no caso dos alimentos, do tabaco etc.) poderá levar à ocorrência de interações medicamentosas com qualquer medicamento que aquela pessoa estiver utilizando, causando alterações na eficácia terapêutica e na toxicidade dessas substâncias. Assim, além de avaliar as características dos medicamentos prescritos, quando o farmacêutico vai dispensá-los, ele deve sempre considerar os hábitos individuais de cada paciente, aconselhando-o a alterar seus hábitos para evitar possíveis complicações durante o tratamento devido a interações adversas. Esse acompanhamento deve ser atento e permanente, contribuindo assim para o aprimoramento dos serviços prestados. REFERÊNCIAS http://www.medley.com.br/aofarmaceutico/src/elearning_login.asp?id_modulo=33&

Hospital onde menina recebeu vaselina mostra embalagens à polícia

Publicado em 08/12/2010
O hospital onde a menina Stephanie dos Santos Teixeira, 12, teria recebido vaselina na veia, apresentou à polícia as embalagens usadas para armazenar soro e vaselina. As embalagens são duas garrafas de vidro iguais, de um litro e com tampa azul. As duas substâncias são transparentes. A única diferença entre elas é a identificação do rótulo, o que pode ter levado uma auxiliar de enfermagem a confundir o soro que deveria ser aplicado na menina com vaselina líquida. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a menina teria recebido incorretamente 50 ml de uma solução de vaselina líquida na veia. Ela foi transferida para a Santa Casa (centro de SP), que administra o hospital do Jaçanã, por volta das 21h30 da sexta-feira, onde acabou morrendo na madrugada. A polícia suspeita que, na hora de trocar a embalagem do soro que era aplicado na menina, a auxiliar tenha se enganado e colocado a embalagem com vaselina.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/841688-hospital-onde-menina-pode-ter-recebido-vaselina-mostra-embalagens-a-policia.shtml

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Gastos na Saúde estouram em São Paulo

por Saúde Business Web13/12/2010
Despesas correntes podem chegar a quase R$ 12,5 bilhões em 2010 Os gastos na área da saúde em São Paulo estouraram neste ano, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo. A abertura de Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) e unidades da Rede Lucy Montoro, entre outras medidas durante campanha do ex-presidenciável José Serra, levaram a um salto nas despesas em 2010.
De acordo com a reportagem, se as previsões orçamentárias da Secretaria da Saúde forem atingidas, as despesas correntes - com pessoal, material de consumo e repasses para organizações sociais, entre outras - chegarão a quase R$ 12,5 bilhões. Em comparação ao que foi desembolsado em 2009, será um aumento real - já descontada a inflação - de 22%, a maior variação anual da gestão Serra e Alberto Goldman. A fatia referente à Saúde no bolo das despesas totais do governo vem aumentando ano a ano - era de 11% em 2006, chegou a 11,8% em 2009 e caminha para um recorde em 2010. Para arcar com o crescimento dos custos, o Tesouro estadual liberou neste ano mais de R$ 1 bilhão em créditos suplementares para a pasta. A equipe de transição deu o aval para o projeto de lei enviado para a Assembleia pelo governador Alberto Goldman (PSDB), no começo do mês, segundo o qual até 25% das internações na rede pública do Estado serão destinadas a pacientes com planos de saúde, que terão de ressarcir os cofres públicos pelo atendimento. Para integrantes do novo governo, segundo o Estado de S. Paulo, a medida ajudará a financiar o crescimento dos gastos com a máquina. Balanço Neste ano foram inaugurados 15 AMEs e 4 unidades da Rede de Reabilitação Lucy. Especialistas apontam que o custeio na área da saúde é um dos mais altos entre todos os órgãos públicos. Além da compra de medicamentos, há avanços tecnológicos que, diferentemente de outros setores, encarecem os produtos. As Organizações Sociais de Saúde (OSS), que administram hospitais de São Paulo, recebem grande parte da verba do setor no Estado. Levantamento feito pela assessoria técnica do PT na Assembleia mostra que, entre outubro de 2009 e outubro de 2010 houve um crescimento de 37% nos repasses do Estado para as organizações sociais, chegando a R$ 2,1 bilhões. Parecer A Secretaria da Saúde informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o crescimento das despesas no setor reflete investimento feito nos últimos anos e que não tem relação com o aumento dos gastos e o envio, à Assembleia, do projeto de lei que quer cobrar dos planos de saúde internações na rede pública. "O projeto não está, de maneira nenhuma, relacionado ao aumento das despesas correntes. A finalidade é corrigir uma distorção atual, que é usar recursos públicos do SUS para custear o atendimento que hoje já é feito a usuários de planos de saúde privados em hospitais estaduais", afirmou a secretaria, em nota. O governo diz ter levantamento apontando que um em cada cinco pacientes atendidos em hospitais estaduais gerenciados por Organizações Sociais tem algum tipo de plano ou convênio privado de saúde. De acordo com a Secretaria, a suplementação de verbas neste ano foi necessária para fazer cumprir o disposto na Emenda Constitucional n.º 29/00, que prevê a aplicação de 12% do Orçamento em saúde. "Neste ano foi registrado aumento da arrecadação, e portanto havia a necessidade de ampliar, proporcionalmente, o valor destinado à área da saúde visando ao cumprimento da lei", afirmou a secretaria. A pasta informou ainda que o crescimento da despesa existe porque, nos últimos 8 anos, foram entregues 15 novos hospitais, 37 AMEs e outros serviços de saúde - farmácias, centros de análises clínicas e centrais de diagnóstico por imagem. Disse também que foram ampliadas a área física e a capacidade instalada de hospitais existentes, como 0 Dante Pazzanese, o Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos e o Hospital Infantil Cândido Fontoura.

Anvisa suspende comércio de lote de xarope pediátrico com erro no rótulo

DA AGÊNCIA BRASIL
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu nesta segunda-feira a distribuição, o comércio e o uso em todo o país de um lote do xarope pediátrico Bisolvon, fabricado pela farmacêutica Boehringer. O lote suspenso é o 0535 ABR10. Segundo resolução publicada hoje no "Diário Oficial da União", a razão da suspensão foi um erro de informação na rotulagem do produto. No rótulo constava que o xarope não continha corante, mas estudos da Anvisa comprovaram a presença da substância. O Bisolvon é indicado como expectorante nas afecções broncopulmonares. A Boehringer deverá providenciar a retirada imediata do lote citado do mercado. De acordo com resolução de 21 de março de 2005, a medida deve ser tomada sempre que houver indícios suficientes ou comprovação de desvio de qualidade que possa representar risco à saúde. A reportagem entrou em contato com a empresa, mas não obteve retorno.

Como museus, hospitais guardam peças raras que contam história da medicina

Nem só de médicos, macas e doentes vivem os corredores e salas de hospitais de São Paulo. Instituições como o Hospital das Clínicas, a Santa Casa, o Albert Einstein e o Santa Catarina abrigam relíquias históricas que remetem aos primórdios da medicina paulista. Alguns objetos passam despercebidos por quem transita por esses locais, como a bengala que pertenceu ao presidente americano Franklin Roosevelt (1882-1945), exposta no saguão do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC. Roosevelt sofreu poliomielite aos 39 anos e desde então usou bengala para se apoiar. O objeto foi doado pela viúva, Eleanor, ao médico Francisco Elias de Godoy Moreira, fundador do instituto, em 1952. "Foi um reconhecimento da sua luta contra a pólio", diz o professor do IOT, Manlio Mario Napoli. Na Santa Casa de SP, o passeio vale a pena mesmo sem estar doente. O prédio de arquitetura gótica abriga um museu com objetos como a "roda dos expostos", onde 4.696 bebês foram deixados para adoção entre 1825 a 1950. "As mães eram de todas as classes sociais", explica Maria Nazarete Andrade, coordenadora do museu. Em geral, os bebês vinham acompanhados de um bilhete da mãe. "Filho, não posso te criar, Deus te abençoe", diz um deles, com uma marca de beijo de batom. TESTE DO SAPO Também chama a atenção no museu um enorme sapo embalsamado, que era usado em testes de gravidez entre as décadas de 1920 e 50. A urina da mulher era injetada em um sapo macho. Em caso de gravidez, o hormônio gonadotrofina coriônica (hCG) fazia o sapo ejacular --os espermatozoides eram "marcadores" da gravidez. O museu também tem um eletroímã francês, do século 19, destinado a extrair corpos metálicos do olhos -que também extraiu retinas... Anteontem, o museu da Faculdade de Medicina da USP inaugurou uma exposição com obras raras, pergaminhos, retratos de médicos desenhados por Cândido Portinari e Tarsila do Amaral. Há também peças raras, como o primeiro marcapasso cardíaco construído no InCor (Instituto do Coração), na década de 1960, e a primeira máquina coração-pulmão artificial (de 1957). No hospital Oswaldo Cruz, há uma exposição permanente que conta a história da instituição centenária. Bacias e jarras de porcelana inglesa para dar banho em pacientes acamados e instrumentos da década de 1920 fazem parte do acervo. Entre os objetos históricos do Hospital Israelita Albert Einstein, há um relógio e um cheque doado por Hans Albert Einstein, filho do cientista Albert Einstein. Editoria de Arte/Folhapress
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/844595-como-museus-hospitais-guardam-pecas-raras-que-contam-historia-da-medicina.shtml

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Polícia investiga morte de garota após medicação errada

Triste fato ocorrido em São Paulo, mas que mostra a realidade que acontece em muitos hospitais. Muitos erros são cometidos diariamente, mas a grande maioria fica encoberta. Fonte: Portal IG
Segundo o pai da garota, ela teria sido medicada incorretamente na Santa Casa de São Paulo 05/12/2010 14:30 A Polícia Civil de São Paulo investiga a morte da adolescente de 12 anos Stephane dos Santos Teixeira. Segundo depoimento do pai da garota, que registrou um boletim de ocorrência no 77º Distrito Policial de Santa Cecília, no centro da capital paulista, ela teria sido medicada incorretamente na Santa Casa de São Paulo por volta da meia-noite de sábado. O pai de Stephane, um operador de máquina de 36 anos, foi até a delegacia e disse que sua filha havia sido internada por volta das 15h de sexta-feira com dores abdominais, diarreia e vômito. De acordo com a ficha de evolução clínica da menina, foi ministrada uma solução de vaselina líquida na corrente sanguínea dela, o que agravou seu estado de saúde. O caso foi registrado como homicídio culposo e foi encaminhado ao 73º DP do Jaçanã, que conduz as investigações.

Erros de Medicação

Muito interessante este artigo que discorre sobre erros de medicação e dá dicas de cuidados que devem ser seguidos para que eles não aconteçam. Boa leitura! https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1288961669farmaciahospitalar.pdf

domingo, 5 de dezembro de 2010

Logística Hospitalar

O processo de globalização tem implicações não só econômicas,mas também sociais, tecnológicas, culturais e políticas. Nesse contexto, osistema produtor de bens e serviços, de forma geral, enfrenta novosdesafios na produção e igualmente na distribuição desses mesmos bens eserviços. Como decorrência desses condicionantes, nos últimos anos, alogística tem assumido um papel fundamental na gestão empresarial comoum todo.É crescente na literatura especializada em operações e serviçosprestados à comunidade a importância atribuída à logística como elementofundamental ao gerenciamento eficaz do suprimento de mercadorias. Porgerenciamento eficaz normalmente se entende a gestão dos fluxos correlatosde produtos, de informações e de recursos financeiros, que vão do fornecedorinicial ao consumidor final.A logística tem como foco principal a minimização do custo daoperação para determinado nível de serviço e é um importante processona viabilização da consecução do fluxo de suprimento de materiais no espaçoe no tempo. Busca-se atingir um nível desejado de serviço ao cliente pelomenor custo total possível, pois sabe-se que é por meio do processo logísticoque os materiais fluem pelos sistemas de produção e serviços de umaorganização, e que os produtos são distribuídos pelos canais de marketinge/ou vendas.Para que a logística assuma um papel relevante na criação de vantagemcompetitiva em uma cadeia de suprimento, suas principais decisões devemser articuladas ao longo do tempo, permitindo o desenvolvimento de padrõesde decisão coerente com a característica do negócio. De forma geral, visaseà criação e à manutenção de posições competitivas sustentáveis, como aredução de estoques de materiais e reposição rápida e eficiente demercadorias à disposição dos clientes.Pretende-se, ao longo desta obra, mostrar a literatura que trata dalogística e da utilização de uma ferramenta de gerenciamento de reposiçãoIntrodução16 LOGÍSTICA HOSPITALARde mercadorias, bem como o abastecimento em farmácia hospitalar commedicamentos1 disponíveis às necessidades dos pacientes.O profissional da saúde, ao diagnosticar um problema em um paciente,ou no momento em que um indivíduo interna-se numa organização de saúdepara um check-up de rotina, espera encontrar, após o preenchimento doreceituário de medicamentos, produtos que deverão ser ministrados deimediato. A logística é importante para as organizações, pois oferece ascondições materiais necessárias na hora e lugar certos, e a um custo justopara que essas organizações possam desenvolver suas atividades comeficiência. A farmácia hospitalar depende de uma logística consistente ebem implementada quanto ao abastecimento de medicamentos, na medidaem que lhe cabe prestar serviços de saúde a quem a procura, razão por quenecessita ter em estoque medicamentos adequados ao receituário prescrito.Na Antiguidade, as mercadorias e serviços que as pessoas desejavamnão eram produzidos onde elas gostariam de consumí-los ou não eramacessíveis quando os desejavam. Alimentos e outros bens de consumoestavam amplamente dispersos e disponíveis em abundância apenas em certosperíodos do ano. As pessoas tinham de consumir as mercadoriasimediatamente nos locais onde as encontravam, ou precisavam transferí-laspara um local de sua preferência e armazená-las para uso posterior, talcomo ocorre atualmente.Em razão da ausência de um sistema de transporte bem desenvolvidoe de sistemas de armazenagem, todavia, o movimento de mercadorias eralimitado ao que um indivíduo podia transportar, e a armazenagem deperecíveis era possível apenas por um curto período de tempo.Essas limitações dos sistemas de movimentação e armazenagemforçaram as pessoas a viverem perto das fontes de suprimentos e aconsumirem uma reduzida gama de mercadorias. Atualmente, em algumasregiões do mundo, a produção, transporte e consumo estão em áreasgeográficas limitadas, necessitando que algumas mercadorias sejam trazidasde áreas diferentes.O principal motivo para isso era a falta de sistemas logísticosdesenvolvidos e a custos baixos, de modo que pudessem encorajar umatroca e suprimentos adequados de mercadorias. A logística evoluiu do1 Medicamento (do latim Medicamentum), segundo a enciclopédia Larousse Cultural (p. 3890, vol.16,1998), é definido como “substância que se apresenta com propriedades curativas ou preventivasfrente a enfermidades humanas ou animais ou que pode ser administrada para definir um diagnóstico,restabelecer, corrigir ou modificar funções orgânicas; fármaco; remédio; curativo”.17depósito e do pátio de recebimento e expedição de mercadorias para aadministração de suprimentos de produtos e serviços aos consumidores.Dessa forma, o objetivo da logística é tornar disponíveis produtos e serviçosno local onde estes seriam necessários e no momento em que fossemdesejados. Os consumidores que hoje vão às lojas ou a locais que prestamalgum serviço certamente esperam encontrar os produtos disponíveis erecém-produzidos.Com relação à farmácia hospitalar, verificou-se que o abastecimentode medicamentos para a farmácia do estabelecimento dava-se de formaprecária e insatisfatória, gerando, em alguns casos, excesso de medicamentose, em outros, a falta destes. Assim, o atendimento às necessidades dosdiversos pacientes internados para tratamento médico ou mesmo para umdiagnóstico de qualquer problema resultava num trabalho aquém dodesejado, em razão da falta de alguns medicamentos.A logística envolve a integração de informações, transporte,armazenamento, manuseio e distribuição de produtos, visto que aresponsabilidade operacional da logística está diretamente associada àdisponibilidade de materiais no local onde são requisitados, ao menor custopossível.pelosclientes.
http://www.biscalchineditor.com.br/pdf/logistica_hospitalar.pdf

sábado, 4 de dezembro de 2010

O Contexto e a Missão do Hospital

O Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar está orientado para a avaliação de estabelecimentos polivalentes e de internação de casos agudos devendo ser ampliado progressivamente para áreas mais especializadas. Para efeito de aplicação do Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar, conceitua-se hospital, independentemente da sua denominação, como "todo estabelecimento dedicado à assistência médica, de caráter estatal ou privado, de alta ou baixa complexidade, com ou sem fins lucrativos". Vale destacar a definição de hospital proposta pela Organização Pan-Americana de Saúde(OPAS): "São todos os estabelecimentos com pelo menos 5 leitos, para internação de pacientes, que garantem um atendimento básico de diagnóstico e tratamento, com equipe clínica organizada e com prova de admissão e assistência permanente prestada por médicos. Além disso considera-se a existência de serviço de enfermagem e atendimento terapêutico direto ao paciente, durante 24horas, com a disponibilidade de serviços de laboratório e radiologia, serviço de cirurgia e/ou parto, bem como registros médicos organizados para a rápida observação e acompanhamento dos casos". Esta definição requer um esclarecimento de terminologia usada: Denominação do estabelecimento: - hospital, instituto, centro médico, policlínica, clínica, sanatório ou qualquer outra denominação equivalente. Estabelecimento para casos agudos: - dedicado a resolução de doenças a curto prazo, e independentemente da natureza aguda ou crônica do processo patológico; são excluídos os nosocômios destinados a internação por períodos prolongados, de pacientes com incapacidades permanentes ou as residências permanentes (asilos), com assistência médica auxiliar. Estabelecimentos com internação: - devem oferecer internação com ou sem assistência ambulatorial, embora ambas as fases de assistência médica devam estar presentes em locais diferentes; a internação deve ser um dos objetivos principais da instituição e não somente um serviço acessório, como leitos de recuperação ou hospital- dia para tratamentos ambulatoriais. Funções do hospital: - Os hospitais são componentes de uma rede de serviços de atenção à saúde, associados geograficamente, seja por uma organização planejada ou como conseqüência de uma organização espontânea dos elementos assistenciais existentes. Este conjunto, que abrange a totalidade da oferta de serviços disponíveis em um território, denomina-se "Sistema Local de Saúde". No contexto de um sistema local de saúde, um dos hospitais desempenham um papel dispensável, valendo-se destacar alguns aspectos: - oferecer assistência médica continuada; - oferecer assistência médica integrada; - concentrar grande capacidade de recursos de diagnóstico e tratamento para, no menor tempo possível reintegrar o paciente ao seu meio; - constituir um nível intermediário dentro de uma rede de serviços de complexidade crescente; - promover a saúde e prevenir as doenças sempre que o estabelecimento pertencer a uma rede que garanta a disponibilidade de todos os recursos para resolver cada caso; - abranger determinada área - avaliar os resultados de suas ações sobre a população da área de influência. O atendimento ao ser humano como missão principal do hospital O desenvolvimento de Programas de Garantia da Qualidade é uma necessidade em termos de eficiência e uma obrigação do ponto de vista ético e moral. Toda instituição hospitalar dada a sua missão essencial a favor do ser humano, deve preocupar-se com a melhoria permanente, de tal forma que consiga uma integração harmônica das áreas médica, tecnológica, administrativa, econômica, assistencial e, se for o caso, das áreas docentes e de pesquisa. Ao contrário de outros empreendimentos, a matéria-prima básica do hospital é o doente, e cabe a eles reintegrá-lo à sociedade em condições de retomar, tanto quanto possível, as funções que desempenhava anteriormente. Assim, o conceito de "pessoa humana" encontra-se intimamente associado à existência dessas instituições, que só adquirem pleno sentido quando são concebidas em razão e a serviço das pessoas. As pessoas devem ser recebidas, tratadas, compreendidas e aceitas não só como ser finito, mas também com o seu destino transcendente. Elas encerram uma riqueza incalculável, valores e tesouros ocultos que nem sempre aparecem ante o olho clínico do profissional de saúde. O Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar pressupõe os hospitais como ambientes onde se recuperam e se lidam com os valores humanos, e todos os participantes ativos na recuperação da saúde estão cientes que tratam de e com seres humanos. http://www.ellusaude.com.br/adm_hosp/acreditacao_03.asp