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sábado, 16 de abril de 2011

Casos de dengue no Rio de Janeiro crescem 37 vezes em 2011 Cases of dengue fever in Rio de Janeiro in 2011 grow 37-fold

Em apenas 24 horas, cidade confirma mais de 1000 novos casos da doença
In just 24 hours, city confirms more than 1000 new cases of the disease

O Rio de Janeiro identificou mais de mil novos casos de dengue em apenas 24 horas, fazendo com que o número de infecções pela doença superasse os 23.607 infectados, de acordo com as informações divulgadas nesta sexta-feira (15) pela Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil.

Ainda de acordo com o relatório da Secretaria Municipal de Saúde, quando comparados os casos das 15 primeiras semanas de abril de 2011 com o mesmo período de 2010, o número de infectados subiu mais de 37 vezes. Apesar do grande número de notificações, a secretaria afirma que não há epidemia de dengue na cidade do Rio de Janeiro.

Quando é analisado o número total de casos notificados, a zona oeste concentra a maior quantidade. Em Campo Grande são 3 552 notificações, seguido por Jacarepaguá (com 2.853), Realengo ( 2.805) e Santa Cruz (2.485). Na zona norte, Irajá também possui um alto índice de casos, 2.836 infectados.

No entanto, quando verificada a proporção pelo número de imóveis, descobre-se que a zona sul não está livre da doença. Pelo contrário, dois bairros nobres da região têm os maiores índices de infestação pelo mosquito da dengue da capital fluminense e estão em vias, pelo menos formalmente, de epidemia.

De acordo com os dados disponibilizados pela secretaria, em São Conrado o índice de manifestação está em 14,3 a cada 1000 imóveis – foram encontrados 143 áreas com focos. Na região da Lagoa o dado é ainda mais alarmante, com 16,3 a cada 1000 imóveis – foram encontrados 163 focos do Aedes aegypti.

O índice de manifestação da cidade do Rio de Janeiro está em 3,4%. Quando essa taxa fica superior a 4%, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a região já estaria com alto risco de epidemia. O Ministério da Saúde aponta que índices acima de 1% já devem ser monitorados. Na opinião de Alberto Chebabo, chefe do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) a cidade está em vias de viver uma explosão dos casos de dengue.

- O índice de infestação é um preditor [antecessor] de epidemia. Onde há muito mosquito há também grande possibilidade de epidemia, mas para disseminar a doença é preciso aliar três fatores: muito mosquito, um vírus forte ou novo em circulação e uma população suscetível. Os três fatores existem no Rio. A probabilidade é que em 2012 tenha mais casos que neste ano. Se continuar esse número crescente de notificações, a gente vai ter uma explosão dos casos.

Segundo Chebabo, em média, há 25 focos espalhados a cada quilômetro percorrido na capital fluminense. Ele ressalta que, nesse momento da infestação, a única coisa que se pode fazer nessa é uma força tarefa, aumentando o número de agentes.

- É preciso verificar todos os imóveis. A prefeitura pode criar meios para que os agentes apresentem um mandato para entrar em imóveis onde a população não permita, já se apresentar dizendo que é obrigatório. Além disso, tem que controlar todos os terrenos, e para isso é preciso um número maior de agente, até quadruplicar a quantidade atual. Ficaria mais barato para a prefeitura prevenir do que continuar tratando os casos de doentes.

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