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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Autoidentificação na saúde como ferramenta de gestão

Confira o artigo economista e Presidente do Conselho de Administração da Gtt, Philippe Prufer

Após ter trabalhado na indústria farmacêutica por um período de 21 anos, à frente da empresa Eli Lilly and Company nos Estados Unidos, Brasil, Argentina, Europa, percebi que havia uma lacuna a ser preenchida no que se refere ao gerenciamento de produtos médico-hospitalares, pessoas e ativos dessa área. Segurança, agilidade nos processos, precisão de informações eram algumas das prioridades, especialmente para setores que lidam diariamente com mercadorias de alto valor agregado, as quais são, muitas vezes, consignadas e com impacto direto na vida das pessoas.

Em diversas partes do mundo, a tecnologia de RFID começou a ser utilizada para melhorar, com agilidade e eficiência, a rotina dos negócios. Por meio de etiquetas inteligentes, denominadas TAGS, as informações armazenadas no chip, acoplado a elas, são transmitidas para o sistema por meio de radiofreqüência. Essa etiqueta fornece um número de série único, o que torna possível o controle individualizado de cada produto. Baseadas nessa dinâmica, empresas focadas em tecnologias de autoidentificação desenvolvem soluções cada vez mais complexas para atender a demanda de hospitais, clínicas e distribuidoras de produtos médico-hospitalares.

Armários RFID, refrigerados ou não, conhecidos como Cabinets são exemplos dessas soluções. Além de manter o material com acesso restrito e controlado, os Cabinets fazem o gerenciamento automático do estoque. Funcionam da seguinte forma: para retirar o produto, o operador do equipamento digita sua senha de acesso, que destrava o Cabinet. Quando retira seu material, as antenas colocadas no interior do armário fazem a leitura da TAG e informam diretamente ao sistema qual produto está sendo retirado e por quem. Com a baixa automática do estoque, é possível saber em tempo real o que há armazenado ali e o que necessita ser reposto. O sistema, ligado a uma plataforma web, ainda permite o acompanhamento online do estoque, a verificação do prazo de validade de cada produto, o controle de temperatura e de outras informações.

Essa tecnologia beneficia toda a cadeia na área de healthcare e se transforma em importante diferencial competitivo. Com ela, é possível reduzir furtos, perdas de estoque por vencimento da validade dos produtos ou por falta de controle das condições ambientais; agilizar a reposição de produtos; controlar os produtos consignados e ampliar a visibilidade e interatividade com canais de distribuição e clientes. Tudo isso resulta em ganhos de produtividade na operação logística e melhor atendimento aos clientes.

Em termos de gestão de inventários, soluções RFID também são fundamentais. Agilizam o processo e são menos suscetíveis a erros. Antes, tudo era feito manualmente. Hoje, grandes distribuidoras de medical devices, por exemplo, fazem o inventário em poucos minutos com o uso de um handheld, que consiste em um coletor de dados portátil dotado de uma antena RFID com software, para fazer a leitura das etiquetas RFID.

Em um futuro próximo, produtos farmacêuticos que são muito visados em termos de furto ou falsificação, poderão ter maior segurança via RFID. Os norte-americanos já fizeram alguns testes aplicando a identificação por radiofreqüência e consideraram os resultados positivos para produtos de alto valor agregado. Aqui no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está caminhando para essa direção com selos Datamatrix, mas que, em poucos anos, poderão passar por uma transição gradativa ao RFID.

*Philippe Prufer - Sócio-fundador e Presidente do Conselho de Administração da Gtt

Fonte SaudeWeb

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