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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Cirurgia bariátrica atende pessoas sem sucesso no tratamento clínico

Excesso de peso pode desencadear diversos tipos de disfunções
 metabólicas, tais como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares
Com a redução do tamanho do estômago o paciente ingere menores quantidades de alimentos
 
Dados do Ministério da Saúde mostram que 15,8% da população adulta é obesa e 48,5 % têm sobrepeso. Em relação às crianças, 30% estão acima do peso e dentre essas metade está obesa. Em outros países, 10% dos adultos são obesos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

Segundo o Dr. Luiz Vicente Berti, cirurgião do aparelho digestivo e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, o tratamento para combater casos mais graves de obesidade deve incluir acompanhamento de nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta, além de um preparador físico para que o paciente tenha um tratamento global para a obesidade.

Quando o tratamento clínico com remédios, dieta e exercícios não funcionam, a cirurgia de redução no estômago pode ser uma alternativa. Neste caso o paciente precisa de acompanhamento médico após a cirurgia para o controle da alimentação e do estado emocional. O cirurgião explica que a obesidade pode desencadear diversos tipos de doenças metabólicas, tais como: diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, entre outras.

— Para combater a doença é preciso deixar de lado a alimentação "pesada" e principalmente o sedentarismo. Devido à vida moderna, isso está cada vez mais longe de se tornar realidade. Por isso é preciso que as famílias revejam seus hábitos alimentares e passem a ter uma alimentação mais saudável e equilibrada e repassem isso às crianças, caso contrário, vamos ter uma epidemia da obesidade no mundo ainda maior — alerta.

Enquanto certas atitudes não mudam na sociedade, é cada vez mais crescente o número de pessoas com sobrepeso, obesidade e obesidade mórbida. Acompanhe quais são as cirurgias disponíveis no Brasil, segundo o Dr. Luiz Vicente Berti.

Banda gástrica ajustável
Com um acesso à cavidade estomacal, a cirurgia é realizada através de vídeolaparoscopia, procedimento muito pouco invasivo, com pequenas incisões no abdome.

É colocado um anel de silicone ao redor do estômago para criar uma pequena câmara gástrica por onde o alimento passará mais lentamente, levando o paciente a ingerir menores porções de alimentos. A correta mastigação é importante na ingestão de qualquer alimento, porém pós-colocação da banda gástrica isso é imprescindível para evitar desconforto ao paciente.

O anel de silicone é ligado por um cateter (tubo) a um portal implantado abaixo da pele do paciente (junto aos músculos) e através do acesso ao mesmo, pode-se aumentar ou diminuir a passagem dos alimentos, dependendo das necessidades de cada paciente.

Bypass
Operação realizada por acesso vídeolaparoscópico, para proporcionar saciedade e inibir os estímulos de vários hormônios intestinais, responsáveis pelo controle das doenças metabólicas, tais como diabetes, colesterol alto e hipertensão.

É "construído" um novo estômago muito menor que o anterior. Em seguida é realizado um desvio intestinal em que o alimento caminha, sem ter contato com os sucos digestivos, por um segmento intestinal. Após este desvio, há novamente a união dos alimentos e dos sucos digestivos.

Essa manobra é responsável pela inibição da produção da grelina – hormônio relacionado à fome – e pelo incentivo à produção de outros hormônios, como PYY e GLP 1, responsáveis pela melhoria das doenças metabólicas mencionadas.

Gatrectomia vertical
Operação realizada por acesso videolaparoscópico e com o uso de grampeadores (aparelho que corta e sutura), em que é retirada a área do estômago que produz o hormônio grelina, responsável pela sensação de fome.

Com a redução do tamanho do estômago, o paciente ingere menores quantidades de alimentos, provocando o emagrecimento sustentável do mesmo.

Balão intragástrico
Esfera oca de silicone inserida por endoscopia no interior do estômago e, portanto, não é um procedimento cirúrgico. Quando insuflado com uma solução de soro fisiológico e azul de metileno, irá ocupar mais ou menos 2/3 do espaço do estômago, causando a sensação de saciedade (estômago cheio). Após sete meses deve ser obrigatoriamente retirada, também através de endoscopia.
 
Fonte Diário Catarinense

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