Rio de Janeiro - O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PT), decretou estado de emergência na saúde do município, com o objetivo de reverter a
crise na rede hospitalar da cidade. Com a decisão, foi criado um gabinete de
crise, coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com as
secretarias de Governo, Conservação e Serviços Públicos, Fazenda, além da
Niterói Transportes e Trânsito (NiTrans) e Empresa de Obras Públicas (Emusa). O
decreto terá validade de 90 dias, e poderá ser prorrogado pelo mesmo período ou
revogado, caso a situação da rede saúde do município melhore.
“O decreto é fruto de um diagnóstico que fizemos esses dias, em que vimos um
quadro grave de desassistência à saúde da cidade, com degradação do patrimônio
de várias unidades de saúde, graves problemas na área de recursos humanos, falta
de equipamentos básicos nas unidades de urgência e emergência. Várias unidades
foram fechadas, como as emergências do Hospital Getúlio Vargas Filho, o
Getulinho, fechado há um ano e dois meses, e do Hospital Antonio Pedro”, avaliou
o secretário municipal de Saúde, Chico D'Ângelo. A assinatura do decreto ocorreu
na unidade de emergência Mário Monteiro.
No início de janeiro, a emergência pediátrica do Hospital Getúlio Vargas
Filho foi reaberta e está funcionando como um hospital de campanha. Em 20 dias,
já foram atendidas cerca de três mil crianças.
“Na unidade Mário Monteiro, o raio-x estava sem funcionar, assim como o
elevador. Não havia equipamentos básicos para atender pacientes mais graves,
como o respirador, e hoje temos dois aparelhos funcionando. Evidente que isso é
um cenário muito específico, mas a situação da rede como um todo estava muito
grave. Na emergência do Getulinho, com a ajuda do secretário de estado, Sérgio
Côrtes, e do governador nós pudemos atender as crianças que estavam
desassistidas”, acrescentou o secretário.
De acordo com o prefeito Rodrigo Neves, o decreto "é uma resposta planejada
da prefeitura no sentido de restabelecer a assistência de saúde à população, o
abastecimento nas unidades, viabilizar a contratação de profissionais de saúde e
recuperar fisicamente as unidades. A saúde de Niterói está na UTI e nosso
objetivo é reverter rapidamente essa situação”.
Segundo a prefeitura, nove unidades básicas de saúde serão reformadas, além
da requalificação das unidades Policlínica do Largo da Batalha e Mário Monteiro,
que vão operar no modelo das Unidades de Pronto-Atendimento (UPA). Para as
ampliações e reformas, está previsto repasse de R$ 20 milhões para a prefeitura
e o governo federal.
Fonte Agência Brasil
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