A calcificação coronariana é um forte marcador de risco cardíaco e está associada, a longo prazo, ao infarto e à morte cardíaca |
Atualmente as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade no
Brasil e no mundo. Os problemas mais prevalentes são a hipertensão e o infarto –
o maior responsável por essas mortes.
A boa notícia é que cada vez mais os médicos conseguem descobrir precocemente o risco cardíaco. Uma alternativa é o exame de escore de cálcio, que tem ajudado os médicos a medir o risco de uma pessoa ter eventos cardíacos no futuro.
— A calcificação coronariana é um forte marcador de risco cardíaco e está associada, a longo prazo, ao infarto e à morte cardíaca. Quanto mais cálcio presente na artéria coronária do paciente, maior o risco de evento cardíaco futuro desse paciente — explica o Coordenador do Núcleo de Cardiologia do Hospital Samaritano, Dr. Roberto Caldeira Cury.
O processo de formação do cálcio no coração ocorre por causa do aumento do colesterol associado à disfunção do vaso e, consequentemente, ao acúmulo de gordura nas artérias do coração. No organismo, o cálcio se forma depois de uma inflamação crônica. E essa inflamação é gerada pelas células da artéria na tentativa de combater o acúmulo de colesterol (gordura).
O escore de cálcio é feito por meio de tomografia computadorizada sem contraste, que detecta e quantifica a calcificação arterial coronária. A maior ou a menor presença de cálcio na região é chamada pelos médicos de marcador, que serve como parâmetro da extensão do comprometimento ou dos danos da artéria.
Quando a pessoa tem escore de cálcio negativo, a probabilidade de ter algum problema coronariano nos próximos dois a cinco anos é baixa. Se o escore de cálcio é positivo, significa que o paciente já tem algum tipo de dano nas artérias do coração.
— O escore alto significa risco de moderado a alto de algum problema coronário nos próximos anos. Quem tem escore de cálcio alto tem também indicação de redução de colesterol ruim mais agressiva e uso eficaz das estatinas (medicação para reduzir o colesterol) — diz Cury.
O exame é indicado para pessoas que apresentam risco clínico intermediário de doença arterial coronariana e aquelas que têm histórico familiar precoce de danos coronários.
Fonte Diário Catarinense
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