Teste controverso avaliaria tempo restante de vida pelo estudo dos telômeros
SÃO PAULO - Um teste criado por um empresa espanhola tem causado polêmica na Europa, de acordo com o site Medical Xpress. Life Length, que é de propriedade da bióloga Maria Blasco, do Centro Nacional de Pesquisa do Câncer da Espanha, diz ter desenvolvido um método que mostra quanto tempo resta de vida para as pessoas.
De acordo com pesquisadores, o teste não é tão claro a ponto de dizer quanto anos, ou meses, as pessoas ainda têm de vida. O mecanismo usado para saber se alguém ainda tem muito para viver tem como o principal alvo de estudo os telômeros, que são estruturas encontradas nas pontas dos cromossomos. Pelo que se sabe hoje, quanto menor o tamanho dos telômeros, menor a expectativa de vida da pessoa. Esta avaliação poderia ser feita por meio de exame de sangue.
A preocupação que toma conta da comunidade científica é que, além de deixar as pessoas preocupadas em relação a um futuro incerto, os resultados podem ser usados, por exemplo, por companhias de seguro na avaliação de risco dos clientes.
O desenvolvimentos do teste é controverso, mas a Life Length já está em contato com empresas de diagnósticos médicos para torná-lo viável no mercado. O principal argumento da empresa é que o uso do teste ajudará a fornecer dados sobre a saúde das pessoas e possíveis mortes prematuras. Pesquisadores acreditam que daqui 5 a 10 anos os testes de telômeros serão bem comuns. Hoje, o teste custaria cerca de US$ 700, mas Blasco espera diminuir este custo à medida que a procura aumenta.
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