Foco da companhia está na aproximação com os médicos e enfermeiros por meio das soluções tecnológicas
Conhecida tradicionalmente pelo desenvolvimento de ERPs (Enterprise Resource Planning, em inglês) - que integram todos os dados e processos de uma organização em um único sistema -, a alemã SAP, nos últimos cinco anos, tem investido fortemente em duas outras linhas de solução: gestão do paciente como cliente (Patient Management) e sistema de prontuário eletrônico (Industry Solution Healthcare).
"A gente começa a sair da área administrativa, que envolve contabilidade, contas a pagar, a receber, para focar em processos de administração hospitalar", afirma o Vice-presidente de indústrias e soluções da SAP para a América Latina, Feliz Feddersen.
No caso do "Patient Management", as informações do cliente-paciente são gerenciadas como, por exemplo, dados cadastrais em geral, reserva de quarto, planejamento de sala de cirúrgica, plano de saúde, entre outros. A ferramenta é direcionada para profissionais da área administrativa de um hospital.
A divisão em três frentes está estruturada na SAP, segundo Feddersen, pelo fato do ciclo de informação e usuário ser diferente. Além da promoção de maior segurança.
Apesar das camadas de solução, o conceito de integração norteia todas as iniciativas da organização. Dessa forma, a solução "Patient Management" é compatível com o ERP. " Com a ferramenta, o gestor consegue controlar diariamente os serviços que estão sendo prestados, o nível de utilização dos quartos, quantos usuários são SUS e quantos são privados, entre muitos outros. No final, o grande benefício será financeiro devido a uma melhor gestão e atendimento ao paciente", enfatiza.
Para completar o ciclo - perpassando pelo administrativo, "comercial" (paciente-cliente) e assistencial - a SAP oferece prontuários eletrônicos. Agora, o foco está no gerenciamento do paciente como paciente, e a tecnologia é utilizada basicamente por médicos e enfermeiros.
Brasil: a estrela da América Latina
A América Latina é a região de maior crescimento para a companhia alemã, que está presente em países como México, Argentina, Chile, Colômbia e Brasil.
O Brasil detém, segundo Feddersen, 50% do mercado de saúde latino. As estimativas da SAP apontam que o País gasta em saúde cerca de R$ 160 bilhões por ano; sendo metade SUS e metade suplementar.
De acordo com o Vice-presidente global da área de saúde da SAP, John Papandrea , os planos de crescimento para o Brasil são agressivos. E o intuito da SAP é estabelecer contato com as autoridades locais para desenvolver o setor.
Recentemente, a SAP no Brasil estruturou um time de vendas e gestão de produtos exclusivo para saúde. No entanto, não foram divulgados números de investimentos e projeções de crescimento.
Atualmente, o mercado de saúde latino-americano representa 5% do faturamento SAP. Para Feddersen, a busca por informatização da saúde no País, a exemplo da Troca de Informação em Saúde Suplementar (TISS) e a evolução do ambiente regulatório são fatores determinantes para um boom tecnológico na saúde.
"Acredito que em pouco tempo vai acontecer com os registros e processos médicos o que aconteceu na área fiscal brasileira como, por exemplo, a Nota Fiscal Eletrônica, Sped Contábil e Fiscal", ressalta Feddersen.
*Soluções movéis para Saúde é outro importante nicho para a SAP. Em breve, você verá webcast com Feddersen explicando as iniciativas da empresa em mobilidade durante o Sapphire.
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