As operadoras de telecomunicação que já foram hesitantes em entrar no mercado de telemedicina devido ao baixo reembolso por serviços prestados estão deixando suas dúvidas de lado e desenvolvendo uma abordagem mais agressiva e confiante para a telemedicina, concluiu um relatório do IDC.
Publicado em maio, o relatório da IDC Health Insights intitulado: “Business Strategy: Monetizing Telemedicine–Telecommunications Provider Opportunities; é o segundo em uma série de quatro, que examina o mercado para serviços de telemedicina e telehealth.
O relatório descreveu 2010 como um “ponto de inflexão” na estratégia de mercado das operadoras e notou que muitas empresas tomaram a iniciativa e anunciaram novas ações de saúde dedicadas a fornecer serviço de telehealth.
Por exemplo, no ano passado a AT&T lançou o AT&T ForHealth , uma coleção de serviços dedicados a acelerar a entrega de sistemas sem fio, rede e sistemas com base na nuvem, especificamente para o setor de saúde.
A Verizon revelou seu Verizon Health Information Exchange , um serviço com base na nuvem que consolida os dados dos pacientes clínicos e torna disponível por meio da internet. No ano passado a Sprint também fez parceria com o desenvolvedor de software médico móvel AirStrip Technologies para transmitir dados médicos por meio de rede sem fio.
Segundo Irene Berlinsky, analista de pesquisa sênior da IDC, a transição do sistema de papel para o registro médico digitalizado e o aumento potencial do mercado que seria elegível para algum tipo de conexão com programas de saúde que as operadoras não podem ignorar.
De acordo com o IDC, o mercado para as operadoras em telehealth nos Estados Unidos irá crescer para 60,3 milhões de domicílios em 2015.
O relatório identificou outras mudanças na saúde trazidas pela reforma, que também cria oportunidades de receita em telemedicina. Por exemplo: Accountable Care Organizations (ACOs) e casas de repouso vão reembolsar médicos e hospitais para melhor gerenciamento de seus pacientes com condições crônicas, coordenação de cuidados, e redução preventiva de readmissões.
Da mesma forma, em outubro de 2012, os médicos serão penalizados se pacientes forem readmitidos em 30 dias com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca ou pneumonia.
Baseados nessas tendências, o relatório descobriu que: “os provedores serão incentivados a não apenas recomendar o uso de dispositivos de monitoramento pessoal de saúde para pacientes, tecnologias de salvação no local e aplicativos móveis de saúde para promover a saúde e o bem-estar, mas também fornecer esses dispositivos, juntamente com serviços para ajudar os consumidores a usá-los de forma mais eficaz”.
A IDC ofereceu várias recomendações para as operadoras de telecomunicações, orientado-as a:
- Alavancar serviços centrais de rede, mas desenvolver sistemas específicos de saúde. Os prestadores de serviço devem usar suas telecomunicações, gerenciamento de rede e plataforma de serviços de hospedagem como a fundação para desenvolver programa que visem especificamente a saúde.
- Trabalhar com os clientes pare implementar o uso do sistema significativo. Como os provedores de saúde vão implementar o EHRs que usa o requisito significativo, que é um pré-requisito para se qualificar para os pagamentos de incentivo, os provedores de telecomunicação devem atingir os clientes de forma a ajudá-los a cumprir os critérios de uso significativo e aproveitar a ocasião para se tornar um parceiro de confiança para futuras soluções ligadas à saúde.
- Selecione parceiros complementares – uma garantia para o futuro – e tecnologia interoperável. As empresas de telecomunicação devem escolher a tecnologia do fornecedor que seja interoperável, de fácil atualização e tenha vida útil longa. A digitalização de prontuários forçará a integração de diferentes tecnologias, dispositivos, e conjuntos de dados.
- Ter como alvo empregadores autossegurados. As evidências sugerem que os empregadores autossegurados serão mais rápidos em perceber a importância da telemedicina e telehealth para manter trabalhadores saudáveis e produtivos, reduzindo com isso o custo do seguro para ele.
- Envolver as pessoas que cuidam de seus entes queridos, pois eles têm um grande interesse nos sistemas de saúde conectados para facilitar sua tarefa. (por exemplo: caixas de pílulas inteligente, que relata quando a medicação é tomada.)
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