Publicidade de remédios em e-mail é uma verdadeira operação multinacional
Você com certeza recebe spams de venda de remédios contra impotência, calvície e outros males, mas já parou para pensar o que aconteceria caso tentasse comprar? Por onde passaria seu dinheiro? De onde sai o remédio? Será que ele funciona mesmo? Atrás de respostas para essas perguntas, um grupo de pesquisadores tentou rastrear o caminho feito a partir do clique no spam até a chegada do remédio ao usuário.
Depois de 100 compras em sites afiliados a spams, o resultado (PDF) foi uma cadeia verdadeiramente global de ações, com ramificações na Rússia, Índia, China, Azerbaijão e até no Brasil:
•O fabricante de remédios na Índia cria um programa de afiliados (que paga comissões para quem vender seus produtos);•O programa de afiliados é gerenciado da Rússia;•O site do programa é registrado na Rússia, redirecionado da China e hospedado no Brasil;
•Ao comprar, o dinheiro sai do banco do usuário para um banco no Azerbaijão;
•O banco paga o programa de afiliados, que paga o fabricante na Índia;
•O laboratório envia o remédio ao comprador.
A conclusão do experimento foi que nem todos os spams tem finalidades criminosas - ainda que o produto final não seja original - e que por envolver entidades de pagamento do ocidente, uma das maneiras mais eficientes para reduzir a atividade dos spams é agindo exatamente na fonte do dinheiro.
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