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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Radiação solar é um risco para os olhos também durante o inverno, diz especialista



A exposição excessiva à radiação UV (ultravioleta) do sol é um risco também durante o inverno. O alerta é do oftalmologista Leôncio Queiroz Neto. Segundo o especialista, a população não associa o frio aos efeitos nocivos do sol e pratica atividades ao ar livre sem proteção ocular.

"Lentes com 100% de proteção UV não são medidas de prevenção restritas ao verão. No frio também são necessárias”, afirma.

É verdade, comenta, que no outono e inverno o índice de UV cai segundo as estatísticas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Mesmo assim, a falta de proteção é nociva para a saúde dos olhos porque a radiação tem efeitos cumulativos, explica.

Leôncio destaca que muitas pessoas confundem calor com radiação. “No frio temos dias de claridade intensa que fazem a pupila contrai mais. Isso facilita a penetração do UV na parte posterior dos olhos e o desenvolvimento de doenças na terceira idade”, diz.

Por ser um país tropical próximo à linha do Equador, o Brasil atinge cinco de índice UV nos meses mais frios, podendo chegar a sete nas regiões mais quentes, segundo o INPE.

“Como ninguém vai consultar o índice UV diariamente é de bom senso proteger os olhos sempre. A exposição dos olhos aos raios ultravioletas sem qualquer proteção acelera o processo degenerativo dos olhos. Estamos falando de doenças como catarata e degeneração macular relacionada à idade que são as maiores causas de cegueira no mundo” diz o especialista.

Para a catarata, turvamento do cristalino, o tratamento é o implante de uma lente intraocular que substitui a lente natural do olho. Já a degeneração macular pode ser tratada com laser e medicamentos, mas as células da retina não são recuperadas, explica.

Queiroz Neto diz que a radiação também altera o filme lacrimal e por isso aumenta a predisposição à conjuntivite (inflamação da conjuntiva) e à ceratite (inflamação da córnea). Para proteger os olhos a recomendação do especialista é usar boné, chapéu ou óculos escuros em todas as atividades externas.

“Não vale usar qualquer óculos. As lentes têm que ter 100% de proteção UVA e UVB. Lentes sem filtro solar são mais prejudiciais que a falta de óculos. Isso porque, no escuro as pupilas dilatam e permitem maior penetração da radiação nos olhos”, conta.

Leôncio conclui dizendo que na escolha dos óculos escuros também é importante observar a proteção nas laterais que diminui o ressecamento da lágrima. Os testes feitos em camelôs não são confiáveis. As lentes precisam ter certificação para que a proteção seja garantida.

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