Um esquema de desvio de medicamentos de alto custo de hospitais públicos de São Paulo vendidos a hospitais privados de outros Estados foi descoberto por uma operação conjunta divulgada nesta segunda-feira.
A investigação foi coordenada pela Corregedoria Geral da Administração em conjunto com a Secretaria Estadual da Saúde, DPPC (Departamento de Polícia e Proteção à Cidadania), Vigilância Sanitária e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A organização criminosa desviava medicamentos usados no tratamento de câncer e de pacientes transplantados, como Avastin, Mabthera e Terlipressina. Nos cerca de 30 dias de operação, foram apreendidas 61 caixas de remédios, avaliadas em mais de R$ 200 mil.
De acordo com a corregedoria, os remédios eram furtados do almoxarifado dos hospitais públicos e vendidos por preços bem abaixo do mercado para distribuidoras, que os revendiam para hospitais privados.
Uma distribuidora de remédios de São Caetano do Sul (Grande SP) foi interditada durante a operação. As investigações também apontaram que os hospitais adquiriam os medicamentos por meio de um site de compras médicas.
"Agora, busca-se apurar possível responsabilidade funcional pelos desvios ocorridos por meio de processo correcional já instaurado", disse Gustavo Ungaro, presidente da corregedoria, órgão vinculado à Casa Civil do governo de São Paulo.
Esta foi a segunda operação realizada em 2011 para combater o desvio de medicamentos. Em fevereiro, três pessoas foram presas e remédios avaliados em R$ 160 mil foram apreendidos.
Fonte Folhaonline
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