Produto usado por quem não precisa de dieta exige cautela, afirmam especialistas
São muitas as pessoas que usam adoçante no lugar do açúcar. Há quem siga recomendação médica para isso e há também quem tenha se acostumado a consumir o produto apesar do gosto diferente. Poucos, no entanto, sabem quais são os tipos de edulcorantes existentes, qual é a ingestão diária recomendada ou se a prática faz mesmo bem à saúde.

Roberto Douglas/Divulgação
São muitas as pessoas que usam adoçante no lugar do açúcar
Se depender das orientações da cartilha Adoçantes - Tire suas Dúvidas, recém-lançada pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres, Diet & Light (Abiad), o consumo do produto não faz mal algum. Embora tenha o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) e da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), especialistas ouvidos pelo JT recomendam cautela ao "acatar" todas as orientações constantes no material.
"Adoçantes são produtos artificiais criados em laboratórios e que, não sendo naturais, podem causar alterações no organismo humano", alerta a nutricionista Daniela Jobst, membro do Instituto de Medicina Funcional dos Estados Unidos e do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional. Adriana Alvarenga, nutricionista membro da equipe técnica responsável pela elaboração do material, rebate. "O objetivo da cartilha é conscientizar a população e deixar o assunto mais esclarecido."
Na opinião de Daniela, a indicação de adoçante na dieta varia de acordo com a filosofia de trabalho de cada médico. "Alguns se importam mais com a quantidade de caloria e indicam o adoçante independentemente dos prejuízos futuros que ele pode causar. Substâncias químicas causam um processo inflamatório. E inflamar é juntar gordura", salienta.
A observação se baseia em estudos recentes. Um deles, da Escola de Medicina da Universidade do Texas, concluiu que quanto mais se toma refrigerante diet, mais há risco de engordar. Os refrigerantes são os que mais contém aspartame, substância que também está em alguns adoçantes.
"Sou totalmente contra o aspartame", diz o endocrinologista e nutrólogo Mohamad Barakat, citando estudos que associam seu uso a algumas doenças. "O que ocorre com o uso prolongado é uma alteração na papila que manda mensagem para o cérebro. Isso faz com que a pessoa queira consumir cada vez mais coisas doces, gerando obesidade e até síndromes metabólicas."










Fonte Estadão
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