Tudo depende da quantidade consumida e da idade do seu filho. Entenda como as substâncias da bebida agem no organismo das crianças
É provável que você já tenha negado o pedido do seu filho de dar somente um golinho na sua xícara de café, afinal, não são poucos os pais que veem a bebida como prejudicial para a saúde das crianças. Mas na opinião da nutricionista Simone Simas, da Prolab – Centro Diagnóstico Cardiológico, em Curitiba, no Paraná, já se foi o tempo de ver a cafeína como um mal para as crianças: “Na quantidade correta, o café pode proporcionar benefícios para o desenvolvimento infantil e ajudar no aprendizado escolar”.
Simone conta que o café pode ser uma boa fonte de estímulo para crianças que apresentam dificuldade de concentração devido ao sono, especialmente aquelas que estudam no período matinal. “Além de conter substâncias importantes como antioxidantes, minerais e vitaminas, o café aumenta o estado de atenção e alerta das crianças e colabora para o entendimento das aulas”, afirma Simas. Porém, não é indicado que seja consumido em quantidades excessivas.
“O consumo máximo indicado para crianças é de duas xícaras ao dia, preferencialmente com leite, e o consumo deve ser feito no café da manhã e da tarde”, explica a nutricionista. Segundo ela, estudos apontam que a combinação de café com leite é a ideal, já que o segundo apresenta grandes quantidades de cálcio e zinco. Exagerar no consumo, no entanto, é transformar todos os benefícios do café em problemas.
A escolha da quantidade
Insônia, agitação, irritabilidade, dores de estômago e aumento da pressão arterial são alguns dos sintomas que o excesso de café pode trazer a crianças e adultos. E para o pediatra antroposófico Sérgio Spalter, autor de um blog sobre alimentação infantil, o lado ruim do café não para por aí. Segundo ele, a bebida também pode atrapalhar a absorção de cálcio no organismo e causar enjoos e arritmias cardíacas.
Insônia, agitação, irritabilidade, dores de estômago e aumento da pressão arterial são alguns dos sintomas que o excesso de café pode trazer a crianças e adultos. E para o pediatra antroposófico Sérgio Spalter, autor de um blog sobre alimentação infantil, o lado ruim do café não para por aí. Segundo ele, a bebida também pode atrapalhar a absorção de cálcio no organismo e causar enjoos e arritmias cardíacas.
O médico afirma que o sistema neurológico do ser humano deve amadurecer de forma adequada, e o consumo do café não é apropriado para tal. “Vivemos num mundo em que as crianças sofrem pela presença de constantes estimulações sensoriais, o que já aumenta a hiperatividade e a agitação infantil; o café se torna mais um fator de estímulo, se consumido por elas”.
Para a nutricionista da Unifesp Carla Fiorillo, a indicação do consumo de café depende da quantidade ingerida. “Sabe-se que a cafeína possui efeito estimulante e também pode atrapalhar a absorção de ferro – o que pode levar à anemia. Mas, por outro lado, o café contém substâncias benéficas para indivíduos de qualquer idade”, diz a especialista. Segundo ela, se uma criança ultrapassar as duas xícaras de café com leite por dia – em proporções de ¾ de leite para ¼ de café – pode perder a concentração e ter seus estudos afetados.
Mas a partir de que idade pode-se liberar o consumo do café para a criança? Na opinião de Fiorillo, é melhor que o café seja consumido por crianças maiores de seis anos. Porém, se a família já tem o hábito de consumir café preto acompanhado de leite dentro de casa, dentro das quantidades recomendadas, Fiorillo não vê contra-indicações. “Para crianças e adultos, alguns estudos já apontam o consumo moderado de café como responsável pela redução do colesterol e do risco de desenvolvimento de diabetes”, afirma.
Ainda assim, é uma recomendação controversa. Spalter acredita que, na infância, quanto mais o café puder ser evitado, melhor: “Se for tomá-lo, que seja a partir da adolescência e diluído no leite, para diminuir os efeitos da cafeína”.
Fonte IG
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