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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pesquisa pioneira estuda criação de órgãos artificiais a partir de células-tronco na UFRGS

Simone Bonato Luisi / Faculdade de Odontologia UFRGS
Previsão é de que os testes em humanos possam ser feitos em dois ou três anos

Quando pensamos em células-tronco e tecnologias inovadoras que podem mudar os rumos da medicina frequentemente as associamos a estudos realizados em países desenvolvidos bem longe daqui. No entanto, o quadro atual mostra que as soluções para mudar e melhorar os tratamentos tradicionais podem estar muito mais perto do que se imagina, tanto no tempo, quanto geograficamente. É o caso do grupo de pesquisa do Laboratório de Células-tronco da Faculdade de Farmácia da UFRGS que realiza um trabalho inédito estudando a regeneração de tecidos e buscando, para um futuro próximo, a construção de órgãos como pele e ossos fora do corpo por meio da nanotecnologia.

—A nanotecnologia é uma ferramenta por meio da qual produzimos fibras muito pequenas para formar moldes que servem como substitutos para tecidos e órgãos. Neste molde cultivamos células-tronco que vão preenchê-lo — explica a coordenadora do laboratório e do Instituto de Pesquisa com Células-tronco Patricia Pranke.

A tecnologia desenvolvida pelos pesquisadores serve para regenerar a pele de queimados, suprir perdas ósseas e substituir cartilagens como a traqueia, em casos de retirada do tecido em razão de um câncer, por exemplo.

A principal inovação da pesquisa é o fato de que o novo órgão além de biocompatível (impede a rejeição), é biodegradável.

— Isto significa que, ao contrário do titânio que se usa hoje em dia, por exemplo, com o tempo, esse molde se desfaz e não vai ficar a vida inteira na pessoa — diz Patricia.

Atualmente, a pesquisa encontra-se em fase de testes em animais. Os moldes são produzidos in vitro e depois implantados em ratos ou porcos. Segundo a pesquisadora, os resultados têm sido muito promissores.

— Não gosto de fazer previsões, mas acredito que em dois ou três anos podemos começar a testar essa tecnologia em humanos — afirma.

Fonte Zero Hora

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