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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Dieta rica em cálcio ajuda a prevenir a osteoporose

Doença aumenta risco de fraturas e atinge principalmente as mulheres


Pelo menos 10 milhões de brasileiros sofrem de osteoporose, a perda gradual de massa óssea a partir da meia idade e que atinge principalmente as mulheres depois da menopausa. Segundo a Fundação Internacional de Osteoporose, uma em cada três mulheres acima de 50 anos tem a doença. E de cada três pessoas que sofreram fratura no quadril, uma tem osteoporose.

No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a cada ano ocorrem cerca de 2,4 milhões de fraturas decorrentes da osteoporose, sendo que 200 mil pessoas morrem todos os anos no país devido a essas fraturas.

Entre os fatores de risco relacionados à doença estão: idade avançada, baixo peso, etnia caucasiana, histórico de doença na família, deficiência hormonal, dieta pobre em cálcio, uso de determinadas medicações como corticoides, hábito de fumar, abuso de álcool e vida sedentária. Entre as mulheres, os números da doença são alarmantes: 40% das pacientes com osteoporose sofrem quedas.

– A coluna, o fêmur, as costelas e o pulso são os locais mais atingidos. As quedas podem acontecer pela sensação de fraqueza nos ossos, uma das principais características da doença – explica o ortopedista Adalto Lima. – Mas esse risco pode ser amenizado com a adoção de uma dieta adequada, rica em cálcio e vitamina D, e a prática de atividades físicas, hábitos que fortalecem a musculatura, proporcionando uma maior segurança e equilíbrio – ensina o médico.

O problema é que os brasileiros não dão muita importância à osteoporose. Estudo feito pela Brazos (The Brazilian Osteoporosis Study) avaliou 2.420 pessoas acima de 40 anos, em 150 municípios das cinco regiões do país. Apenas 6% dos entrevistados sabiam que sofriam da doença. Isso significa que a maioria ainda não sabe como se prevenir, desconhece o diagnóstico e o tratamento da osteoporose.

– A osteoporose é silenciosa. Por isso, principalmente mulheres acima de 40 anos e idosos, devem redobrar a atenção. É importante que a pessoa faça exercícios regulares, mantenha uma dieta rica em cálcio e vitamina D e se exponha ao sol, nos horários recomendados, para evitar a doença – reforça o ortopedista Everaldo Vasconcelos.

Antes de a osteoporose se manifestar, geralmente ocorre a osteopenia, o enfraquecimento ósseo, uma alteração que já aumenta o risco de fraturas. A boa notícia é que nessa fase é mais fácil tratar. O ortopedista Ilídio Pinheiro explica que o diagnóstico é feito por meio de exame clínico e da densitometria óssea, que revela o percentual de perda da massa.

– Até 25% de perda óssea sugere osteopenia. Uma perda maior já sinaliza a osteoporose – diz Ilídio.

Nas mulheres a incidência é maior, pois a menopausa caracteriza-se principalmente pela diminuição do estrógeno, um hormônio muito importante no estímulo à formação da massa óssea. Mas a doença também atinge os homens: um em cada oito acima dos 65 anos. Eles começam a perder massa óssea mais tarde e têm ossos e músculos maiores, diz a fisiatra Pérola Plapler.

Ela lembra que exercícios são indicados tanto na prevenção quanto no tratamento. Musculação, corrida e caminhada são boas opções. Nos casos em que já existe osteoporose, a pessoa deve ser acompanhada por médico e profissional de educação física.

E quanto mais variada a dieta melhor. A nutricionista Camila Ragne Torreglosa recomenda consumir alimentos ricos em cálcio, como leite, iogurte, queijo, sardinha e brócolis. O cálcio é responsável pela formação e manutenção da massa óssea. Não podem faltar alimentos ricos em vitamina D, como, ovo, salmão, atum e bacalhau, pois esse nutriente é essencial para a absorção do cálcio ingerido.

– Também o consumo de nutrientes com vitamina K, encontrado em brócolis, lentilha, repolho e couve-manteiga, e o mineral magnésio, presente em acelga, espinafre, quiabo, beterraba e amêndoa, são importantes para a saúde óssea. A vitamina K participa da formação óssea, e o magnésio ajuda na absorção do cálcio da nossa alimentação – comenta Camila.

Fonte O Globo

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