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sábado, 24 de dezembro de 2011

Anvisa recomenda que paciente com prótese francesa procure seu médico

Silicone: quem tem prótese PIP deve procurar seu médico
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica pondera, no entanto, que não há urgência

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC) recomenda que as pacientes que colocaram prótese de silicone da marca francesa Poly Implant Prothese façam acompanhamento médico de dois em dois anos. O comum para quem tem próteses de mama é de oito ou 10 anos.

O alerta é reforçado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “As pacientes devem procurar seus médicos para realizar os exames necessários e fazer uma avaliação clínica”, afirma o órgão. “Os profissionais de saúde devem contatar suas pacientes para definirem a melhor conduta a ser adotada”, completa.

Mas não há motivo para alarde, afirma o presidente da SBCP, Jose Horácio Aboudib. “Não é preciso correr para o médico. Se a prótese romper, que é o maior perigo dos implantes PIP, não há risco de morte. Pode haver uma reação inflamatória, mas não há urgência. A consulta pode ser feita em dois ou três meses”, pondera.

Câncer
A ligação entre o uso das próteses e o aparecimento de câncer em oito mulheres está sendo estudada, mas não foi definida nenhuma relação de causa e efeito. “Um comitê multidisciplinar francês estudou os casos de câncer em mulheres com o silicone PIP e não encontrou provas de relação entre as duas”, afirma Aboudib.

Anvisa afirma que está acompanhando informações do caso direto da França. Próteses da marca PIP têm se rompido em índices acima do normal e são suspeitas de terem sido confeccionadas com silicone de médico e industrial, afirmam os especialistas. Autoridades francesas aconselharam nesta sexta-feira (23) 30 mil mulheres do país a retirar seus implantes. As operações serão pagas pelo governo francês.

O implante mamário Poly Implant Prothese (PIP) foi proibido no Brasil desde abril de 2010. Segundo a Anvisa, ainda não foram notificadas nenhuma ocorrência de problemas em próteses no Brasil.

Fonte Delas

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