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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Insatisfação com o corpo é a principal causa de distúrbios alimentares

Pesquisa afirma que esse fator aumenta em até 50% a incidência das patologias

Um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa de Oregon, nos Estados Unidos, identificou que a insatisfação com o próprio corpo é a principal causa de distúrbios alimentares em adolescentes, como anorexia e bulimia.

A pesquisa incluiu mais de 400 garotas do ensino fundamental com idade média de 14 anos. Elas foram recrutadas a partir de quatro escolas públicas e quatro escolas particulares na área de Austin, no Texas.

As estudantes foram avaliadas para identificação de transtornos alimentares e os fatores de risco envolvidos, como pressão sociocultural para ser magra, insatisfação com o corpo, práticas de dieta, afetividade negativa e sintomas depressivos.

Foram feitas entrevistas anualmente para avaliar a incidência de anorexia e bulimia nervosa, bem como para as versões subliminares desses transtornos, como vômitos autoinduzidos, o uso de diuréticos e laxantes para fins de controle de peso.

Ao final do estudo, foram identificados três casos de anorexia nervosa, três casos subliminares de anorexia nervosa, seis de bulimia nervosa, 26 subliminares de bulimia nervosa, cinco de transtornos de compulsão alimentar, 21 casos de transtornos de compulsão alimentar subliminares, e 22 casos de uso de laxantes e diuréticos.

A insatisfação com o corpo foi o principal fator dos transtornos alimentares. As estudantes que consideraram alta insatisfação com o corpo tiveram uma incidência 50% maior de algum transtorno alimentar. Em 30% dos casos, esses transtornos estavam relacionados a sintomas de depressão.

Os pesquisadores esperam que os resultados permitam aos médicos identificar jovens com maior risco de desenvolver essa patologia, usando a escala de insatisfação corporal desenvolvida no estudo. Para os estudiosos, esse é o método mais eficaz para identificação de adolescentes em risco para o aparecimento de qualquer distúrbio alimentar.

Pressão por magreza pode levar à anorexia infantil
Segundo uma pesquisa realizada na Grã Bretanha, nos últimos três anos, quase uma centena de crianças de cinco a sete anos recebeu tratamento contra anorexia. O estudo reuniu números de 35 hospitais públicos britânicos e revelou que um total de 2 mil crianças de cinco a 15 anos receberam tratamento por distúrbios alimentares durante este período: entre elas, cerca de 600 tinham menos de 13 anos, das quais 98 tinham entre cinco e sete anos e 99 entre oito e nove anos.

Pensamos que essa doença só atinge adolescentes e adultos, mas os resultados de pesquisas são assombrosos, mostrando o quanto nossas crianças estão vulneráveis. Vemos por todos os lados crianças com batom, sapatinhos com salto, muitas vezes imitando adultos. Muitos pais acham bacana, e se deliciam vendo as filhas como mocinhas com unhas pintadas. Quem não se orgulha de ver os filhos se desenvolverem?

Desde muito cedo nossos filhos já estão em contato com o mundo real, vendo revistas, mulheres na televisão. Tornam-se alvos da mídia, e isso leva ao consumismo precoce. Cabe aos pais frearem e perceberem que entre o bonitinho e o saudável tem uma grande diferença. As crianças de hoje são muito espertas, e ficam atentas às informações que correm a sua volta.

Cabe, mais uma vez, aos pais filtrarem e colocarem limites quanto ao que é adequado ou não para idade de seu filho.

Muitas vezes as crianças ouvem dos pais, ou mesmo de outros adultos, palavras que as levam a se preocuparem com o corpo precocemente. No intuito de se tentar preservar o filho contra a obesidade, muito cedo vêem a mãe se preocupar de forma excessiva com o corpo ou mesmo com a alimentação.

Essas medidas devem ser tomadas de forma cautelosa, cuidando do que o filho come, sem enfatizar o objetivo final. "Veja aquela mulher como está fora de forma", ou mesmo "veja que criança gordinha, será que não cuidam dela?" são comentários aleatórios que podem causar um impacto na cabecinha de nossas crianças, ainda mais quando percebem as perdas que terão, ou mesmo comentários que ouvirão ao seu respeito se estiverem mais cheinhas.

Anorexia precoce
Cerca de 1,5 mil adolescentes de 13 a 15 anos também foram tratados por anorexia. Estes dados podem ser subestimados, já que vários centros não quiseram divulgar seus dados. As informações foram publicadas meses depois de especialistas pedirem uma rápida intervenção para prevenir os distúrbios alimentares das crianças. De acordo com pesquisa publicada no mês de abril pelo Instituto de Saúde Infantil da Universidade de Londres (UCL), cerca de três crianças em cada 100 mil com menos de 13 anos sofrem transtornos alimentares no Reino Unido e na Irlanda.

Além dos problemas de anorexia infantil, a Grã-Bretanha também tem o nível de obesidade mais alto da Europa, com 24,5% da população adulta considerada obesa, segundo um informe divulgado em 2010 pela União Européia e pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O importante é deixar claro que várias são as causas para o desenvolvimento de transtornos alimentares em crianças e adolescentes, porém com a conduta adequada da família, orientando e esclarecendo as informações que chegam aos seus filhos, estarão contribuindo muito para evitar o aparecimento da anorexia e outros transtornos dentro de sua família.

Fonte Minha Vida

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