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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

SP ganha ambulatório para tratar alterações ósseas em pacientes com Aids

Estima-se que 52% dos soropositivos desenvolvam osteopenia e 15%, osteoporose

A cidade de São Paulo acaba de ganhar um serviço ambulatorial especializado em tratamento de alterações ósseas em pacientes infectados pelo vírus HIV. Fica no Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, unidade da Secretaria de Estado da Saúde na zona sul da capital paulista.

Segundo a infectologista Gisele Gosuen, responsável pelo ambulatório, estima-se que 15% dos soropositivos apresentam perda de resistência óssea (osteoporose) e 52% desenvolvem diminuição da densidade mineral óssea (osteopenia).

Além disso, em virtude de um processo de desmineralização por deficiência de vitamina D, observa-se também entre os pacientes a incidência de casos de perda de consistência óssea (osteomalácia).

“Vários fatores estão envolvidos na ocorrência de alterações ósseas em pacientes infectados pelo HIV, tais como o tempo de infecção, idade avançada, baixo peso, tabagismo, raça branca, sexo feminino, valor da carga viral, além de usos de medicamentos, como inibidores de protease, análogos nucleosídeos – entre eles estavudina e tenovofir – e corticoides”, ressalta Gisele.

Segundo a especialista, mulheres em menopausa e homens com idade igual ou superior aos 50 anos e com história prévia de fratura têm risco mais elevado para apresentação de fraturas.

Pacientes com este perfil serão submetidos alguns exames para investigação e prescrição de tratamento, entre os quais a realização da densitometria óssea (radiografia) e medições das taxas de ureia, creatinina e cálcio total.

“Para prevenir a ocorrência de problemas ósseos, é necessário que os pacientes portadores de HIV promovam mudanças de hábitos de vidas, como parar com o tabagismo e a ingestão de álcool, realizar atividades físicas regulares, se expor ao sol e realizar uma dieta nutricional adequada”, finaliza a infectologista.

O novo ambulatório fica na rua Santa Cruz, 81, Vila Mariana, zona sul da capital.

Fonte SaudeWeb

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