Examinar pintas, manchas e lesões após o período de exposição mais intensa ao sol ajuda a prevenir o câncer de pele
Prestar atenção em pintas, manchas e pequenas lesões de pele deveria ser uma preocupação constante em quem vive em regiões tropicais, especialmente em países com verões ensolarados e de calor intenso.
Na prática, o que ocorre é justamente o contrário: muita gente “torra” no calor e no sol sem se preocupar com os efeitos prejudiciais cumulativos dos raios ultravioleta sobre a pele.
Mesmo para quem tem por hábito não se expor nos horários mais intensos e proteger a pele usando filtro solar, o calor invariavelmente acaba gerando uma exposição maior aos raios UVA e UVB.
Justamente por conta dess exposição mais intensa ao longo dos meses de calor, o fim do verão é uma época mais do que propícia para fazer uma avaliação da pele. Com a ajuda de um aparelho chamado dermatoscópio, o médico tem condições de observar lesões, manchas e sinais em busca de alterações que possam indicar problemas mais sérios, como o melanoma – a forma mais agressiva e letal de câncer de pele.
Quem tem a pele clara ou mais de 50 anos deve fazer revisão da pele uma vez por ano, alertam os especialistas, e precisa estar sempre atento a pintas ou manchas que mudam de tamanho, cor e forma, ou a lesões que não cicatrizam.
Também é importante dar atenção a sinais que aparecem em áreas de atrito constante, como as plantas das mãos e dos pés, e as unhas. Pouca gente sabe, mas melanoma também aparece nesses locais.
“Unhas com manchas verticais escuras, sem que tenha havido nenhum tipo de trauma recente no local, pedem investigação, pois pode se tratar de um melanoma” alerta a dermatologista Daniela Landim.
Outra área frequentemente esquecida é o couro cabeludo. Quem tem cabelos não passa filtro solar e a maioria se esquece de proteger a cabeça com boné ou chapéu. Escondida em meio aos cabelos, qualquer lesão pode passar meses crescendo sem ser detectada.
“No caso do câncer de pele, o quanto antes for feito o diagnóstico, melhores e maiores serão as chances de cura” diz o cirurgião plástico Marcelo Olivan, que atua diretamente envolvido com a doença no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP).
A seguir, Olivan ensina como você pode observar a própria pele, com a ajuda de dois espelhos, um secador de cabelos (ou ventilador), um local para sentar e muita luz no ambiente:
1) Examine o rosto, especialmente nariz, lábios, boca e orelhas – frente e verso. Se necessário, use um ou os dois espelhos para obter uma visão clara
2) Inspecione o couro cabeludo usando um secador de cabelos ou um ventilador e um espelho. Peça ajuda para alguém se não conseguir observar algumas áreas sozinho
3) Verifique cuidadosamente as palmas e o dorso das mãos, as áreas entre os dedos e sob as unhas, e siga até os pulsos, para examinar a parte da frente e de trás dos antebraços
4) Na frente do espelho, cheque todos os lados dos dois braços. Não esqueça as axilas
5) Depois observe o pescoço, o peito e o dorso. As mulheres devem levantar os seios para ver todos os lados
6) De costas para um espelho grande, use um espelho de mão para inspecionar a parte de trás do pescoço e dos ombros, a parte superior das costas, e outras áreas dos braços que ainda não tenha conseguido examinar
7) Ainda usando os dois espelhos, observe a região inferior das costas e nádegas e também a parte de trás das duas pernas
8) Sente-se, separe as pernas e examine os órgãos genitais. Verifique as partes da frente e os lados das duas pernas, da coxa até a canela. Cheque o tornozelo, o topo dos pés, as áreas entre os dedos e sob as unhas, terminando com as os calcanhares e as solas dos pés
Fonte iG
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