Uma ex-amazona que perdeu o movimento das pernas após um acidente com um cavalo há cinco anos completou neste domingo o primeiro terço da Maratona de Londres após caminhar por uma semana com a ajuda de "calças robóticas".
Claire Lomas, de 32 anos, começou a testar o equipamento especial, chamado ReWalk, há apenas quatro meses, e até algumas semanas atrás conseguia dar apenas 30 passos de cada vez.
Mas com um progresso rápido, ela espera terminar em mais duas semanas o percurso de 42 quilômetros da maratona, concluído em pouco mais de duas horas pelos competidores de ponta no domingo passado.
Durante uma competição em maio de 2007, o cavalo que Lomas montava colidiu com uma árvore, deixando-a com fraturas em seu pescoço, na coluna e nas costelas.
A fratura na coluna a deixou sem movimentos nas pernas, e os médicos a alertaram que ela nunca mais poderia andar e passaria o resto da vida em uma cadeira de rodas. Mas ela não se deixou abater e diz fazer o possível para recuperar a independência.
Calças trocadas
O equipamento utilizado por Lomas, comparado por ela às "Calças Trocadas" usadas pelo personagem da série Wallace & Gromit na animação de mesmo nome, custou 43 mil libras (cerca de R$ 132 mil), pagas com a ajuda da família e de amigos.
Ela afirma, porém, que o uso de seu equipamento não é tão simples como o usado por Wallace no desenho animado. "Não sentir meu corpo torna tudo mais difícil. Não sei o que meus pés estão fazendo", disse ela à BBC.
Lomas depende de sensores de movimento para ajudá-la a movimentar e levantar as pernas. Segundo ela, uma das partes mais difíceis foi reaprender a se apoiar novamente sobre os dois pés. "No começo tinha que redescobrir meu balanço", diz.
Ela está aproveitando sua participação na Maratona de Londres para pedir doações para a organização de pesquisas sobre paralisia Spinal Research. Até a tarde deste domingo, ela já havia arrecadado 42,3 mil libras (R$ 130 mil).
"Há muita gente que está em uma situação pior do que a minha e não tem o apoio que eu tive, então quero arrecadar o máximo de doações possível para ajudá-las", disse.
Fonte Folhaonline
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