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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Após morte de filha, mãe cria fundo para tratar crianças com câncer raro

 
Altos custos impedem que menores tenham acesso ao tratamento de algumas doenças

Depois que sua filha de três anos morreu de um tipo raro de câncer em 2009, Emma Knighton e seu marido Andy criaram uma entidade não governamental na Grã-Bretanha para ajudar famílias com o mesmo problema a levantar fundos para o tratamento.

Chelsea sofria de neuroblastoma, câncer raro, para o qual não há tratamento no país. A doença atinge principalmente crianças e é localizado na glândula supra-renal.

Os custos médicos nos Estados Unidos eram de 450 mil libras (mais de R$ 1,4 milhão ou cerca de US$ 700 mil) em média. A família de Chelsea estava tentando levantar a quantia quando a filha morreu.

"Essas crianças não têm tempo", diz Emma, explicando que muitas famílias não conseguem arrecadar a quantia rápido o suficiente. "Depois de diagnosticadas, ou quando as famílias percebem que não há tratamento no país, muitas começam a arrecadar dinheiro para chegar aos US$ 700 mil necessários para o tratamento nos EUA."

"Sabemos que existem alguns testes disponíveis, mas a menos que o paciente se enquadre exatamente no que desejam os pesquisadores, ele não é disponibilizado. Não havia nada para a Chelsea, portanto começamos a levantar dinheiro", conta.

Ela faz um apelo para que haj amais doações. "Esses podem ser os últimos meses da vida do seu filho e lá está você, correndo freneticamente para levantar dinheiro para uma operação que pode salvar sua vida. É errado. Criança nenhuma deveria morrer porque não foi arrecadado dinheiro o bastante", desabafa.

O Departamento Nacional de Saúde, equivalente ao Ministério da Saúde, diz que neste ano deve aumentar o número de tratamentos experimentais para casos adiantados de neuroblastoma. No entanto, o órgão ressalta a decisão de disponibilizar grátis o tratamento nos hospitais locais.

Fonte Estadão

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