Equipe médica durante transplante do menor coração do mundo bombeia 1,5 litro de sangue por minuto |
Médicos italianos salvaram a vida de um menino de um ano e meio de idade graças à implantação do menor coração artificial do mundo para manter o bebê vivo até que um doador fosse encontrado para um transplante.
Os médicos do Hospital Bambino Gesu de Roma disseram que a operação foi realizada em abril e tornada pública nesta semana
O bebê, cuja identidade não foi revelada, foi mantido vivo por 13 dias antes do transplante e agora está bem.
O bebê sofria de miocardiopatia dilatada, uma doença em que os ventrículos se dilatam, sendo incapazes de bombear um volume de sangue suficiente.
A doença gradualmente torna o coração mais fraco, parando a sua capacidade de bombear o sangue de forma eficaz.
"Este é um marco", afirmou o cirurgião Antonio Amodeo, à Reuters TV, acrescentando que, embora o dispositivo seja agora usado como ponte até um transplante, no futuro poderia ser permanente.
Antes do implante, a criança também teve uma infecção grave em torno de uma bomba mecânica que tinha sido colocada anteriormente para ajudar o funcionamento do seu coração natural.
"Do ponto de vista cirúrgico, isto não era realmente difícil. A única dificuldade que encontramos é que a criança foi operada várias vezes antes", disse ele.
A pequena bomba de titânio pesa apenas 11 gramas e pode lidar com um fluxo de sangue de 1,5 litro por minuto. Um coração artificial para adultos pesa 900 gramas.
Amodeo disse que o bebê havia se tornado parte da família e sua equipe queria fazer de tudo para ajudá-lo.
"O paciente estava em nossa unidade de terapia intensiva desde um mês de idade. Então ele era um mascote para nós, ele era um de nós", afirmou o médico.
"Todo dia, toda hora, por mais de um ano, ele estava conosco. Então, quando nós tivemos um problema, não podíamos fazer nada mais do que o nosso melhor", disse ele.
Os médicos disseram que o aparelho, inventado pelo médico norte-americano Robert Jarvik, tinha sido previamente testado apenas em animais.
O hospital precisava de autorização especial de Jarvik e do Ministério da Saúde italiano antes de seguir adiante com o procedimento.
Fonte Folhaonline
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