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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Bebê recebe menor coração artificial do mundo com 11 gramas

Equipe médica durante transplante do menor coração do mundo bombeia 1,5 litro de sangue por minuto
Equipe médica durante transplante do menor coração
do mundo bombeia 1,5 litro de sangue por minuto
Médicos italianos salvaram a vida de um menino de um ano e meio de idade graças à implantação do menor coração artificial do mundo para manter o bebê vivo até que um doador fosse encontrado para um transplante.

Os médicos do Hospital Bambino Gesu de Roma disseram que a operação foi realizada em abril e tornada pública nesta semana

O bebê, cuja identidade não foi revelada, foi mantido vivo por 13 dias antes do transplante e agora está bem.

O bebê sofria de miocardiopatia dilatada, uma doença em que os ventrículos se dilatam, sendo incapazes de bombear um volume de sangue suficiente.

A doença gradualmente torna o coração mais fraco, parando a sua capacidade de bombear o sangue de forma eficaz.

"Este é um marco", afirmou o cirurgião Antonio Amodeo, à Reuters TV, acrescentando que, embora o dispositivo seja agora usado como ponte até um transplante, no futuro poderia ser permanente.

Antes do implante, a criança também teve uma infecção grave em torno de uma bomba mecânica que tinha sido colocada anteriormente para ajudar o funcionamento do seu coração natural.

"Do ponto de vista cirúrgico, isto não era realmente difícil. A única dificuldade que encontramos é que a criança foi operada várias vezes antes", disse ele.

A pequena bomba de titânio pesa apenas 11 gramas e pode lidar com um fluxo de sangue de 1,5 litro por minuto. Um coração artificial para adultos pesa 900 gramas.

Amodeo disse que o bebê havia se tornado parte da família e sua equipe queria fazer de tudo para ajudá-lo.

"O paciente estava em nossa unidade de terapia intensiva desde um mês de idade. Então ele era um mascote para nós, ele era um de nós", afirmou o médico.

"Todo dia, toda hora, por mais de um ano, ele estava conosco. Então, quando nós tivemos um problema, não podíamos fazer nada mais do que o nosso melhor", disse ele.

Os médicos disseram que o aparelho, inventado pelo médico norte-americano Robert Jarvik, tinha sido previamente testado apenas em animais.

O hospital precisava de autorização especial de Jarvik e do Ministério da Saúde italiano antes de seguir adiante com o procedimento.

Fonte Folhaonline

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