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domingo, 6 de maio de 2012

Famílias brasileiras recusam doação de órgãos, afirma Associação Brasileira de Transplante de Órgãos

A Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) divulgou que quase metade das famílias consultadas no ano passado não autorizou a doação de órgãos de parentes. E das 1.915 famílias questionadas por equipes médicas, 929 – ou 48,5% - não autorizaram a doação. Este é o primeiro ano em que a ABTO divulga o dado, com base na informação dos estados.

De acordo com o presidente da associação, José Osmar Medina Pestana, a maioria das negativas ocorre por falta de conhecimento da família sobre a vontade do parente. Ele explica que se a pessoa não fala nada, a família fica na dúvida e não autoriza a doação. Ainda segundo José Medina, há também as famílias que não autorizam a doação por crenças religiosas.

No Brasil, não é preciso deixar a autorização por escrito, apenas informar aos parentes que é doador. As autorizações em documentos de identidade e carteiras de habilitação perderam validade.

Os Estados em que houve mais negativas familiares, proporcionalmente, foram Maranhão (86,8%) e Bahia (64,4%). A menor resistência familiar às doações foi registrada em Mato Grosso (25%). São Paulo não informou o total de famílias entrevistadas no ano passado.

Outros motivos que impedem a doação são a contraindicação médica, casos de parada cardiorrespiratória e morte encefálica não confirmada e falta de infraestrutura.

Os traumas, muitas vezes causados por armas de fogo e acidentes de trânsito, são a segunda principal causa de morte entre doadores, atrás apenas do Acidente Vascular Cerebral ( AVC). Em alguns estados, esse tipo de morte é maioria entre os doadores.

Para José Osmar Medina Pestana, o índice de negativas familiares nesses casos – violentos e emocionalmente mais complicados – não é maior que em outros tipos de morte. Eles exigem, porém, uma abordagem mais sensível da equipe de transplantes.

Na Espanha, líder mundial em transplantes de órgãos, a recusa familiar é de apenas 15%. O país investe num modelo profissional de captação e contato com as famílias de possíveis doadores.
A taxa de doadores chega a 35 por milhão de pessoas. É quase o dobro da União Europeia.

De acordo com a lei espanhola, qualquer paciente com morte cerebral, se não tiver se manifestado contrário, é um doador em potencial. A autorização dos familiares é dispensada.

Fonte Corposaun

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