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domingo, 6 de maio de 2012

Venda de antibióticos cresce no país, mesmo com exigência de receita

A proibição de vender antibiótico sem receita não fez com que as vendas do medicamento diminuísse no país. Ao contrário, em março deste ano voltou ao mesmo patamar de outubro de 2010, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a exigir a retenção da receita. Ao ser lançada, a medida provocou a queda imediata nas vendas.

Entretanto, nos últimos meses o crescimento da saída de antibióticos foi maior que o total do mercado, diz estudo do sindicato de indústrias do ramo. Em outubro de 2010, com o anúncio na nova regra, foram vendidas 8,7 milhões de caixas de antibiótico. Após queda de quase 31% nas vendas, registrada entre o mês do anúncio e fevereiro de 2011, elas voltaram a crescer, chegando a 8,65 milhões de caixas em março de 2012.

A saída de antibióticos desde fevereiro de 2011 cresceu 43,4%, contra 35,5% do mercado total de medicamentos. Estes dados do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) são referentes somente aos produtos vendidos nas farmácias, excluindo o que é vendido para hospitais e governos.

A obrigatoriedade da retenção de receita foi defendida pelo governo e por médicos como uma forma de reprimir o uso indiscriminado. Mas, os dados surpreendem, diz o presidente da Associação Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri. Para ele, a percepção que se tinha é que esse controle geraria a redução do uso indiscriminado.

Para o epidemiologista Pedro Tauil, da Universidade de Brasília (UnB), os números também são uma surpresa. Ou há fornecimento de antibióticos sem receita ou está havendo aumento das prescrições, declara o médico. E completa: a medida partiu para atacar o abuso que gerou maior possibilidade de resistência [bacteriana aos remédios], já que o uso incorreto dos medicamentos acaba selecionando bactérias mais resistentes.

Os farmacêuticos estimavam que as pessoas trocariam os antibióticos por anti-inflamatórios para fugirem da necessidade de receita, fato que não se confirmou nesse estudo. Após o anúncio da Anvisa, nos dois primeiros meses, houve um aumento da venda de anti-inflamatórios ligeiramente superior ao do mercado, mas não se manteve.

Fonte Corposaun

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